A frase do debate
«Os afectos presidenciais são
como a riqueza nacional. Existem
mas estão muito mal distribuidos»
- João Ferreira
A frase do debate
«Os afectos presidenciais são
como a riqueza nacional. Existem
mas estão muito mal distribuidos»
- João Ferreira
Um post obrigatório
sobre « Os imigrantes, esses
malandros que contribuem
mais do que recebem»
A não perder aqui no «ladrões de bicicletas»
Em defesa da verdade
e da minha honra
No último «Expresso», a pretexto de uma alegado diálogo entre Carlos do Carmo e Álvaro Cunhal, Miguel Sousa Tavares gasta mais de metade da sua página para praticar um dos seus desportos favoritos: atacar, caricaturar e caluniar os comunistas (não por acaso atingindo também sem nenhum fundamento João Ferreira).
Acontece que nessa sua digressão M.S.T. acaba por meter ao barulho o meu nome (já o havia feito em 2013) a propósito de um suposto episódio que consistia em que, após uma sua entrevista televisiva a Álvaro Cunhal, eu o teria desancado à frente do secretário-geral do PCP e que depois, na minha ausência,Álvaro Cunhal lhe teria dito que a sua entrevista tinha sido «muito bem preparada e muito séria».
Faltando-me a paciência para desmontar todas as fantasias, confusões e sofismas que M.S.T. semeia pelo seu texto, só me resta republicar a resposta que aqui lhe dei no dia 21 de Maio de 2013.
Apenas com um conselho muito cordial: era bom que Miguel Sousa Tavares não confundisse a redacção de um artigo de opinião com a escrita de «Equador».
(clicar nas imagens para ler melhor)
Chama-se a isto
perder tempo e saliva
com uma impossibilidade
A SIC Notícias dedicou ontem todo o seu «Expresso da Meia Noite» a debater o adiamento das eleições presidenciais. O programa contou com a participação de uma jornalista bem informada, de dois direitolas encartados e de um notório apoiante de Ana Gomes que aproveitou gulosamente para fazer descarada propaganda da sua candidata.
Mal empregado tempo e que desperdício de saliva ! Na verdade, dispõe o artigo Artigo 125.º da Constituição:
Data da eleição
1. O Presidente da República será eleito nos sessenta dias anteriores ao termo do mandato do seu antecessor ou nos sessenta dias posteriores à vagatura do cargo.
Acresce que, aberto um processo de revisão constitucional, dispõe a Constituição que os partidos têm 30 dias para apresentar projectos de recvisão. E acresce também que, debaixo de estado de emergência, não é possíovel haver revisões constitucionais.
Tudo visto, era mais apropriado e produtivo discutir o sexo dos anjos.
Nem mais.
José Pacheco Pereira no «Público» de hoje :«(...) Agora estão caladinhos. Em blogues de extrema-direita como o Blasfémias, ou da ala da direita radical nostálgica do PàF, ou em particular no Observador, não faltam artigos em defesa de Trump, das suas políticas, muitas vezes aparecendo apenas como comentários contra os democratas, e o Black Lives Matter. Trump é demasiado histriónico e pouco educado para os nossos direitistas, que se classificam como conservadores e que não gostavam da propensão do homem para o insulto soez. Mas gostavam das suas políticas, projectavam-nas para os projectos políticos nacionais, a começar pelo Chega, mas indo mais significativamente para os think tanks que têm vido a proliferar na direita radical portuguesa, influenciando o CDS e o PSD, mas acima de tudo os mecanismos comunicacionais. Aí, numa linguagem mais educada, o elogio a Trump foi evidente, manifestado nas opções de voto em Novembro de 2020, nas análises geoestratégicas, no elogio à redução dos impostos, na cobertura pró-sionista e pró-Arábia Saudita no Médio Oriente e na sistemática desculpa dos excessos de Trump.
Trumpinhos e trumpões vão continuar por cá. Sofreram uma derrota importante, mas a deslocação à direita e o populismo são a sua única esperança eleitoral e representam uma política que lhes agrada. É por isso que a procissão ainda está no adro, não da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, mas do clube de golfe de Mar-a-Lago. Isto, se o homem não for preso.»