17 outubro 2020

Falta de memória

 A hostilidade de
 Cavaco em 2015 reabilitada
por Ana Gomes


Ana Gomes e outros que tenho visto a defender a mesma ideia esquecem-se que em Novembro de 2015 quando Cavaco Silva exigiu os papéis escritos foi em nítida ultrapassagem das suas competências, por ressabiamento pelo chumbo do novo governo de Passos Coelho no Parlamento e por ter a esperança que não fossem possíveis as «posições conjuntas*» entre PS, PCP, BE e PEV.
Acresce que toda a gente sabia (incluindo o BE) que, a seguir às últimas legislativas, uma vez quase esgotadas as reversões do pesadelo Passos Coelho/Portas, dificilmente seria possível encontrar uma base de entendimento estável à esquerda. E, mesmo que isso por milagre dos deuses tivesse sido possível, o mais certo é que esses acordos viessem a ser postos em causa pelas gravíssimas consequências sociais e económicas da posterior pandemia. E estariamos então no mesmo ponto em que estamos hoje.
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*E, por falar em «posições conjuntas» lembre-se algo que está muito esquecido: é que elas não obrigavam nenhum partido a votar favoravelmente os Orçamentos

Porque hoje e sábado ( )

 Helena Deland



15 outubro 2020

Vem aí mais um bloco central ?

Sobre a mentalidade
de Rui Rio estamos conversados
(há muito)



Para a breve história da parvoice

 E no dia 15 de
Outubro de 2020 um
jornal português
publicou este título


Como é bom de perceber, quem andou mal não foi o jornal mas o governo.


Bom senso precisa-se !

Assino por baixo

«(...) Mas pedir ao Parlamento que faça uma lei para tornar obrigatória a instalação da aplicação StayAway Covid em largos segmentos da população como os “trabalhadores”, “estudantes” e “forças de segurança” vai para lá do admissível — e vai contra tudo aquilo que o Governo, até agora, defendeu. A Comissão de Protecção de Dados já avisou que tornar obrigatório o uso da app “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”. O que se passa na cabeça dos governantes?

 Imaginemos que esta obrigação era constitucional, o que não deverá ser.Está o Orçamento do Estado preparado para financiar a compra de smartphones para os tais segmentos da população que o executivo identifica? Ou o Governo acha que toda a gente tem smartphones compatíveis com a dita app? Comprar um telemóvel com memória suficiente passa também a ser obrigatório, como descontar para a Segurança Social, pagar o imposto automóvel e as portagens? (...)».

Ana Sá Lopes
em editorial do «Público»

Entretanto a contradição
e a confusão

«A ferramenta de rastreio de contactos, lançada no final de Agosto, permite que os infectados com o novo coronavírus possam activar um alerta no telemóvel que avisa as pessoas de quem estiveram perto nos últimos 15 dias. Para isto funcionar bem, é preciso que as pessoas tenham a app instalada»

Público ontem 

Notícia corrigida às 11h50: O Governo quer tornar obrigatória a utilização da aplicação StayAway Covid, não a sua instalação

Pùblico hoje


12 outubro 2020

Eu bem disse

 Chega quer que PSD 
apanhe a sua boleia para
uma revisão da Constituição

















No passado dia 9 eu escrevi aqui  que «o que se impõe fazer agora é que nenhum partido aproveite a boleia {do Chega] para apresentar projectos de revisão porque esse é mesmo o maior perigo.». E agora acrescento que Ventura     n ão pode mesmo ter grande esperança em ver as suas propostas aprovadas, o que verdadeiramente quer é abrir um processo de revisão em que o PSD entre com as suas clássicas propostas de «limpeza» da Constituição.

11 outubro 2020

Ódios de estimação

 A amnésia de 
Miguel Sousa Tavares

«Ouvindo António Costa rastejar aos pés do PCP, mendigando o seu apoio no Orçamento, Mário Soares deve estar a torcer-se de furor lá no seu lugar além de todos nós. Ele sempre soube que o PCP não tem nada para dar ao PS nem ao país, a não ser um discurso repetitivo e museológico, sejam quais forem os tempos e as circunstâncias, e a chantagem de uma paz sindical que um Governo com coragem pode enfrentar e vencer.»
- Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 10.10.2020

Deixando de lado rastejos que eu não vejo e muito mais, cabe dizer tão secamente quanto possível que :
-MST se esquece de quanto o PCP deu não tanto ao PS mas aos portugueses na última legislatura, para abreviar dos passes sociais mais baratas e com coroas mais alargadas aos manuais escolares gratuitos;
- MST se esquece que Mário Soares não deve estar nada a torcer-se porque se lembrará que sem a contribuição decisiva do PCP não teria vencidfo Freitas do Amaral e não teria sido Presidente da República;
- MST se esquece da forma como me saudou na noite das presidenciais de 1980, à entrada da Gulbenkian, dizendo sorridente e satisfeito : « Vítor Dias, lá ganhámos» (Ramalho Eanes tinha derrotado Soares Carneiro também com uma contribuição decisiva do PCP).
Definitivamente Miguel Sousa Tavares não tem memória porque escreve para a babugem dos dias e porque o preconceito faz parte da sua maneira de ser e de pensar.

Para o seu domingo o guitarrista

 Eddie Van Halen
(1955-2020)

10 outubro 2020

Cegueira e preconceito

 Quando a
ignorância é atrevida

Uma colaboradora em artigos de opinião do «Público» perpetrou este tweet :

Mas bastava-lhe ter ido ao sitio da CGTP na Net e teria encontrado dezenas e dezenas de referências ao salário igual para trabalho igual. Como esta extraída de um folheto sobre o 8 de Março:
Valorização dos salários e igualdade salarial entre mulheres e homens. Salário igual para trabalho igual ou de valor igual 
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