15 outubro 2020

Para a breve história da parvoice

 E no dia 15 de
Outubro de 2020 um
jornal português
publicou este título


Como é bom de perceber, quem andou mal não foi o jornal mas o governo.


Bom senso precisa-se !

Assino por baixo

«(...) Mas pedir ao Parlamento que faça uma lei para tornar obrigatória a instalação da aplicação StayAway Covid em largos segmentos da população como os “trabalhadores”, “estudantes” e “forças de segurança” vai para lá do admissível — e vai contra tudo aquilo que o Governo, até agora, defendeu. A Comissão de Protecção de Dados já avisou que tornar obrigatório o uso da app “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”. O que se passa na cabeça dos governantes?

 Imaginemos que esta obrigação era constitucional, o que não deverá ser.Está o Orçamento do Estado preparado para financiar a compra de smartphones para os tais segmentos da população que o executivo identifica? Ou o Governo acha que toda a gente tem smartphones compatíveis com a dita app? Comprar um telemóvel com memória suficiente passa também a ser obrigatório, como descontar para a Segurança Social, pagar o imposto automóvel e as portagens? (...)».

Ana Sá Lopes
em editorial do «Público»

Entretanto a contradição
e a confusão

«A ferramenta de rastreio de contactos, lançada no final de Agosto, permite que os infectados com o novo coronavírus possam activar um alerta no telemóvel que avisa as pessoas de quem estiveram perto nos últimos 15 dias. Para isto funcionar bem, é preciso que as pessoas tenham a app instalada»

Público ontem 

Notícia corrigida às 11h50: O Governo quer tornar obrigatória a utilização da aplicação StayAway Covid, não a sua instalação

Pùblico hoje


12 outubro 2020

Eu bem disse

 Chega quer que PSD 
apanhe a sua boleia para
uma revisão da Constituição

















No passado dia 9 eu escrevi aqui  que «o que se impõe fazer agora é que nenhum partido aproveite a boleia {do Chega] para apresentar projectos de revisão porque esse é mesmo o maior perigo.». E agora acrescento que Ventura     n ão pode mesmo ter grande esperança em ver as suas propostas aprovadas, o que verdadeiramente quer é abrir um processo de revisão em que o PSD entre com as suas clássicas propostas de «limpeza» da Constituição.

11 outubro 2020

Ódios de estimação

 A amnésia de 
Miguel Sousa Tavares

«Ouvindo António Costa rastejar aos pés do PCP, mendigando o seu apoio no Orçamento, Mário Soares deve estar a torcer-se de furor lá no seu lugar além de todos nós. Ele sempre soube que o PCP não tem nada para dar ao PS nem ao país, a não ser um discurso repetitivo e museológico, sejam quais forem os tempos e as circunstâncias, e a chantagem de uma paz sindical que um Governo com coragem pode enfrentar e vencer.»
- Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 10.10.2020

Deixando de lado rastejos que eu não vejo e muito mais, cabe dizer tão secamente quanto possível que :
-MST se esquece de quanto o PCP deu não tanto ao PS mas aos portugueses na última legislatura, para abreviar dos passes sociais mais baratas e com coroas mais alargadas aos manuais escolares gratuitos;
- MST se esquece que Mário Soares não deve estar nada a torcer-se porque se lembrará que sem a contribuição decisiva do PCP não teria vencidfo Freitas do Amaral e não teria sido Presidente da República;
- MST se esquece da forma como me saudou na noite das presidenciais de 1980, à entrada da Gulbenkian, dizendo sorridente e satisfeito : « Vítor Dias, lá ganhámos» (Ramalho Eanes tinha derrotado Soares Carneiro também com uma contribuição decisiva do PCP).
Definitivamente Miguel Sousa Tavares não tem memória porque escreve para a babugem dos dias e porque o preconceito faz parte da sua maneira de ser e de pensar.

Para o seu domingo o guitarrista

 Eddie Van Halen
(1955-2020)

10 outubro 2020

Cegueira e preconceito

 Quando a
ignorância é atrevida

Uma colaboradora em artigos de opinião do «Público» perpetrou este tweet :

Mas bastava-lhe ter ido ao sitio da CGTP na Net e teria encontrado dezenas e dezenas de referências ao salário igual para trabalho igual. Como esta extraída de um folheto sobre o 8 de Março:
Valorização dos salários e igualdade salarial entre mulheres e homens. Salário igual para trabalho igual ou de valor igual 
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Fraca compensação

 Uma teimosia absurda

clicar para aumentar
ou
 ler aqui

Uma indemnização de 8 dias não apaga a brutalidade de um período experimental de 180 dias. E se há lugar a uma pequena indemnização é porque já há contrato de trabalho. A única solução decente é voltar-se ao periodo experimental de três meses. Esta resistência do governo PS a tal exigência é absurda mas altamente significativa.

Porque hoje é sábado ( )

 Future Islands



09 outubro 2020

O que se impõe fazer agora

 Uma decisão 
muito controversa

O que se impõe fazer agora é que nenhum partido aproveite a boleia para apresentar projectos de revisão porque esse é mesmo o maior perigo.. E que, sendo criada uma Comissão eventual de revisão, todos os partidos deixem o André Ventura a falar sózinho.

Um testemunho de Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista do PSD:«(...)A seriedade do tema é de fazer subir ao patamar mais elevado da dignidade parlamentar um projeto com soluções de “subversão constitucional”, com as quais a Assembleia da República se tornará conivente por cada pequeno ato procedimental praticado no decurso da sua apreciação.Ora, é para isto que servem os limites materiais de revisão constitucional, que no caso do projeto do Chega foram “furados até ao centro da Terra”.A leitura dessas propostas não põe unicamente em crise os alicerces da ordem jurídica portuguesa que nos rege no seu Verfassungskern e que foi legitimamente sufragada pelos portugueses que elegeram uma assembleia constituinte para a sua redação em 1975.Há outras propostas que estão mesmo acima da força couraçada de um Direito Constitucional Positivo que esses limites representam, derrubando os valores superiores indisponíveis que comandam a nossa ordem coletiva. »Há alterações e alterações à Constituição: elas não são todas iguais na sua substância.»
«E é aqui que se regista a necessidade de ter havido o “golpe de asa” para que a proposta do Chega tivesse sido logo “morta à nascença”»(no «Público»)