Uma investigação da Sábado revela que estão em causa nove cheques do Banco Espírito Santo e um do Barclays assinados em novembro e dezembro de 2010. Cada um destes donativos atingia o máximo permitido por lei: 25.560 euros. No total, foram transferidos para a campanha cerca de 250 mil euros.
Contudo, a lei eleitoral portuguesa não permite às empresas financiarem candidatos. Por isso, para contornar a situação, a ES Enterprises financiou indiretamente a campanha, tendo sido os administradores a passarem os cheques. Segundo a revista, o esquema usado não foi detetado por nenhuma autoridade (PJ, Ministério Público ou Entidade das Contas e Financiamentos Políticos).
No que diz respeito a Miguel Frasquilho, atual presidente da TAP, este dirigiu, entre 2009 e 2011, a Espírito Santo Research, uma corretora do BES. Todavia, houve dinheiro que lhe foi pago através de uma conta na Suíça titulada pela Espírito Santo Enterprises, a companhia offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas que funcionou como o "saco azul" do GES.»
Na acusação, pode ler-se que "entre 2008 e 2011, Miguel Frasquilho recebeu 68.950 euros, em contas de que é co-titular com irmão e pais”. Ao Expresso, em 2017, Miguel Frasquilho justificou o sucedido: tinha dívidas para com os familiares em causa, pelo que preferiu que o dinheiro fosse depositado em contas que tinha com eles, negando ter conhecimento da proveniência destes valores.» aqui