30 abril 2020

No meio de tanto drama social e desgraça...

... talvez a única coisa boa
que a pandemia trouxe e...
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- Amílcar Correia, em editorial do «Público»


Nota : esclareço que toda a vida me recusei a usar a expressão «Estado-Providência». Com efeito, certamente por ignorância minha, nunca percebi porque é que «Welfare State» (Estado de Bem estar) foi traduzido para «Estado-Providência».


... o Estado
passou a ser óptimo

manchete do «Público» de 30.4

25 abril 2020

Um dia a menos de liberdade

Há 46 anos, o dia
vivido em Caxias



Há 46 anos, o 25 de Abril só chegou aos que estavam presos em Caxias cerca das 7 da manhã de dia 26. Não que não soubessem que algo de  estranho se estava a passar. Com efeito, a seguir ao almoço, o meu companheiro de cela esmurrou a porta com violência para reclamar pela falta do «recreio» e chegou o chefe dos guardas que, em estado de grande nervosismo, comunicou quase gaguejando que recreio não havia. Depois vimos a patrulha da GNR que vigiava o morro traseiro ser reforçada com mais um elemento, agora todos de capacete (o que não era habitual) e dupla cartucheira. Eu até tinha recebido no final de Março a informação de que o movimento dos capitães , apesar do 16 de Março, continuava com os seus projectos e tinha também, recebido a informação essencial sobre os principais pontos do Programa do MFA. Mas nem isso me ajudava porque também sabia dos riscos de um golpe do Kaúlza de Arriaga. O resto dia até à noite foi passado com grande troca de palavras entre os presos de toda aquela ala. E já ao fim da noite é que o José Tengarrinha gritou que havia uma mensagem exterior de claxon (soube depois que era o Carvalhas e outro economista de nome Ferreira)  que falava de «Governo» mas o resto ficou imperceptível. E assim chegou a pior noite da minha vida (a segunda foi em 28 de Setembro de 1974), dominada pelo terror de eventuais represálias da PIDE. O José Tengarrinha explicou uma vez que não se barricou porque não valia a pena dado que a porta da cela abria para fora. E era verdade mas, ainda assim, eu e o João Pedro barricámo-nos com o armário da cela. E, claro, o susto só terminou com a chegada de manhã cedo pelo lado exterior (voltado para o morro) da cela de dois fuzileiros. Aí não precisei de saber mais nada: com fuzileiros não podia ser golpe do Kaúlza. Era mesmo o 25 de Abril porque tinhamos lutado com o programa, mais coisa menos coisa. que me tinha sido comunicado. A liberdade definitiva e total só chegaria depois à uma damanhã de dia 27.
a

A nossa data

Marcha do MFA




Hoje, às 15 hs, cantar a
 Grândola e o Hino Nacional
nas varandas e janelas


Porque hoje é sábado ( )

Maya Keren

24 abril 2020

Não vás ao médico, não !

Dizem que é o Presidente
 de uma grande nação...
Público online
Trump : « primeiro eu vou injectar
desinfectante nos teus pulmões,
depois atingir o interior do teu corpo
 com raios ultra-violeta»
no papel da parede:  «Escola de Medina Trump»

Carlos Silva e UGT

Sempre um
 modelo de coerência