21 abril 2020

Está tudo bem assim

A pandemia secou a
 criatividade dos publicitários


Novo slogan do Pingo Doce
Slogan da campanha 
de Luís Montenegro no PSD

20 abril 2020

Mais sobre o 25 de Abril na AR

Tão criativos que eles são !

(...)

(...)
- André Lamas Leite no «Público»
Como se vê, entre os que fazem campanha contra a celebração do 25 de Abril na AR, há os que sentem a necessidade de oferecer soluções alternativas debaixo daquele principio de que há que ser criativo e que a situação da pandemia é a mais indicada (?) para isso.

Curioso é que todos o façam sem nunca se darem ao trabalho de contestarem de forma fundamentada e séria a evidência de que o modelo proposto para este ano garante perfeitamente regras de contenção e distanciamento (*). E sem que nos expliquem porque é que a AR pode reunir para decretar estados de emergência ou discutir projectos de lei sobre a pandemia e já não pode reunir para homenagear o 25 de Abril.

Nesse âmbito, vem agora por exemplo André Lamas Leite defender o modelo alternativo da salinha televisionada (não o Plenário) em que só usariam da palavra o PR e o Presidente da AR. Por mim, sentencio que as soluções ditas «criativas» raramente são inocentes. É que a AR é muito mais que o seu Presidente, é a representação nacional, por isso é plural e sobre o 25 de Abril há visões plurais pelo que impedir os discursos dos partidos seria uma intolerável amputação e deturpação. 

Dito isto, não ignoro que. no essencial, nesta polémica sobre o 25 de Abril na AR o filme está feito com  emoções e embirrações (fruto do longo confinamento ?) a prevalecerem sobre uma argumentação que, apelando à racionalidade, apela sobretudo ao respeito pelo lugar que o 25 de Abril deve ocupar na vida das instituições, do povo e do país.

(*) Deputados e convidados estarão a uma distância entre si porventura superior a que têm, nos seus locais de trabalho e transporte, as centenas de milhar de portugueses que vão trabalhar todos os dias.

19 abril 2020

Para o seu domingo...



... a música mais inadequada
 aos tempos que vivemos


A resposta é negativa

"O novelista Douglas Kennedy denuncia a gestão de Trump neste “crepúsculo virulógico dos deuses» e vaticina  um pesadelo para milhões de norte-americanos"


«(...) Desde las reaganomics de los ochenta [la política económica de inspiración neoliberal del entonces presidente], la otrora próspera y estable clase media americana ha sido destruida. Manhattan, mi isla natal, estuvo habitada en su día por familias de clase obrera. En mi familia éramos cuatro y vivíamos en un apartamento de 60 metros cuadrados. Ahora mismo, Manhattan solo es accesible para los ricos. Hoy, para vivir como un joven artista en cualquier ciudad importante de América, tienes que vivir de rentas o tener dos o tres trabajos a la vez. Y, en lo más profundo de Estados Unidos, la lucha por la supervivencia económica es dura en el contexto del monocultivo hipermercantil. ¿Se derrumbará el capitalismo estadounidense como un castillo de naipes cuando sea atenuado el Covid-19? Mis amigos de la izquierda estadounidense ven una esperanza en la inminente carnicería; la esperanza que puede provocar un cambio radical, un New Deal para sacar al país de una inmensa depresión. Por supuesto, a mí también me encantaría ver semejante cambio de rumbo a nivel nacional, igual que vi con consternación cómo la mayoría republicana en el Senado trató de torcer el plan de rescate de las grandes multinacionales a expensas de los trabajadores que ahora están en plena caída libre económica. (...) »

ler artigo integral aqui no «El País»

18 abril 2020

Atenção aos factos

Sobre
o 25 de Abril na AR
Não, não venho dizer que toda a contestação que por aí vai à celebração do 25 de Abril na AR seja fruto de ódio ao 25 de Abril pela simples razão de que infelizmente já encontrei nas redes sociais muitos democratas a partilharem dessa hostilidade à celebração.

Prefiro antes pensar que estamos perante um daqueles casos um pouco inexplicáveis de fuga aos factos.

Porque a verdade é que, no dia 25 de Abril, tirando os cravos e um número muito limitado de convidados, a AR vai estar exactamente como tem estado nos dias em que tem reunido ou, para ser mais exemplificativo, quando decidiu os estados de emergência, sem que ninguém tivesse contestado o seu funcionamento nos novos moldes.

Os oponentes da celebração só têm duas hipóteses: ou contestam com fundamentos a verdade do parágrafo anterior ou, não a contestando, reconhecem que a sua oposição não tem nenhuma justificação. Assobiar para o lado é que não 
vale.

E, neste contexto que ponho à honesta consideração de todos os oponentes da celebração, só venho dizer que feio sinal seria que a AR não comemorasse o 25 de Abril data maior e incomparável da nossa vida como povo e nação.

Adenda : as comemorações do 25 de Abril serão mais pobres este ano ? Sem dúvida que serão ! Mas não é porque a AR vai estar meio vazia, é porque, dadas as circunstâncias, não vai haver os desfiles populares que são uma incomparável marca de água das raízes poderosas do 25 de Abril no imaginário colectivo. É deles que vou sentir falta.


Já agora. reparem no 
desplante deste mercenário

Há uma coisa que estes novembristas nunca fizeram nem fazem : convocar uma manifestação no 25 de Novembro. Por alguma razão.

Porque hoje é sábado ( )

Benjamin Deschamps

A sugestão musical deste sábado vai para o
saxofonista canadiano
Benjamin Deschamps

17 abril 2020

1º de Maio

Ler é o melhor remédio

De Paulo Portas na TVI, armado em grande epidemiologista, a não sei quantos maduros nas redes sociais não falta quem ande a levantar fantasmas e suspeições sobre a CGTP e o 1º de Maio. Mas bastava ler o comunicado da CGTP para concluirem que era melhor ficarem quietos e calados :

«É nesse sentido que a CGTP-IN apela à mobilização dos trabalhadores para uma grande Jornada Nacional de Luta, com o lema: DEFENDER A SAÚDE E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES – GARANTIR EMPREGO / SALÁRIOS / SERVIÇOS PÚBLICOS.
Esta Jornada Nacional de Luta terá um vasto conjunto de componentes de informação, denúncia e reivindicação, nos locais de trabalho e nas ruas, com muito ampla divulgação digital.
E, não sendo possível realizar as manifestações e concentrações que juntariam muitos milhares de trabalhadores em todo o País, iremos dar expressão à indignação, protesto e reivindicações dos trabalhadores nas mais diversas formas. Estaremos na rua, garantindo as necessárias medidas de protecção e distanciamento.»

16 abril 2020

Donald Trump

Era uma vez um fala-barato
 que deu em queixinhas


Trump - «É tudo uma farsa ! O coronavirus
vai desaparecer magicamente!»

-senhor, as pessoas estão a morrer,
 é preciso fazer alguma coisa
.
Trump - « precisamos de confinar o país
 para segurança de todos os americanos !»

- senhor, as suas empresas estão fechadas
 e a perder milhões !»

Trump - «como eu estava a dizer, é preciso
abrir todos os negócios e colocar a
 América de volta ao trabalho !»



Certidão de óbito por coronavírus
Trump: «Não, não, não, eu disse
aasinatura «nos cheques de estimulo»

(ter em conta que Trump forçou que os
 cheques a serem entregues a cada
cidadão levassem a sua assinatura)



-« sim. governador, eu tenho 30.000 ventiladores
para si ... mas não posso enviá-los até pôr neles
a assinatura do Presidente...»

Vítima do Covid 19

In memoriam
de
Luís Sepúlveda
(1949-2020)

Morreu um escritor talentoso e um antigo e apaixonado combatente da Unidade Popular do Chile. «o tempo das cerejas» publicou em 2019, por ocasião do 11 de Setembro, extractos do seu belo artigo «Memorial de los Dias Felices» (de 2003) que agora se reproduzem de novo.

«(...) A treinta años del crimen, hay miserables que interpretan el suicidio de Allende como una derrota. No entienden las razones de un hombre leal, que en el fragor del combate entendió que su último sacrificio evitaría a su pueblo la máxima de las humillaciones; ver a su dirigente, a su líder, encadenado y a merced de los tiranos.

Queridas compañeras, queridos Compañeros: no hay honor más grande que el haber sido compañeros de lucha y de sueños de un hombre como Salvador Allende. No hay orgullo mayor que esos mil días liderados por el Compañero Presidente.

No somos víctimas ni del destino ni de la ira de un dios enloquecido. La historia oficial, la mentira como razón de Estado nos presenta como a responsables de un crimen que, cada vez que intentan explicar, las palabras huyen de sus bocas pues no quieren ser parte del vocabulario de la vergüenza. Si nuestro intento por hacer de Chile un país justo, feliz y digno nos hace culpables, entonces asumimos la culpa con orgullo. La cárcel, la tortura, las desapariciones, el robo, el exilio, el no tener un país al que volver, el dolor, si todo eso era el precio a pagar por nuestro esfuerzo justiciero, entonces sépase que lo hemos pagado con el orgullo de los que no renunciaron a su dignidad, de los que resistieron en los interrogatorios, de los que murieron en el exilio, de los que regresaron a luchar contra la dictadura, de los que todavía sueñan y se organizan, de los que no participan de la farsa pseudo democrática de los administradores del legado de la dictadura.

Junto a Salvador Allende fuimos protagonistas de los mil días más plenos, bellos e intensos de la historia de Chile. Sobre nosotros dejaron caer todo el horror, pero no consiguieron ni conseguirán borrar de nuestros corazones el Memorial de los Años más Felices.

Cuando en los momentos más duros de nuestros mil días, la provocación del fascismo, de la derecha, del imperialismo yanqui, hacía que la ira se instalara peligrosamente en nuestros ánimos, el Compañero Presidente nos aconsejaba: "Vayan a sus casas, besen a sus mujeres, acaricien a sus hijos". Ahora, a treinta años de la gran traición, que la cercanía de los nuestros, que el recuerdo de los que nos faltan, y el orgullo de todo lo que hicimos sean los grandes convocantes de lo que debemos recordar. Que las palabras Compañera y Compañero suenen como una caricia, y bebamos con orgullo el vino digno de las mujeres y los hombres que lo dieron todo, que lo dieron todo y pensaron que no era suficiente.»


Agosto 2003

15 abril 2020

Valha-nos Deus

Uma sondagem que explica
 muita coisa sobre os EUA


«Metade dos americanos dizem que a Bíblia deve influenciar as leis dos EUA, incluindo 28% que acham que a Biblia deve prevalecer sobre a vontade do povo»

azul escuro  - grande influência
azul claro - alguma influência