18 abril 2020

Atenção aos factos

Sobre
o 25 de Abril na AR
Não, não venho dizer que toda a contestação que por aí vai à celebração do 25 de Abril na AR seja fruto de ódio ao 25 de Abril pela simples razão de que infelizmente já encontrei nas redes sociais muitos democratas a partilharem dessa hostilidade à celebração.

Prefiro antes pensar que estamos perante um daqueles casos um pouco inexplicáveis de fuga aos factos.

Porque a verdade é que, no dia 25 de Abril, tirando os cravos e um número muito limitado de convidados, a AR vai estar exactamente como tem estado nos dias em que tem reunido ou, para ser mais exemplificativo, quando decidiu os estados de emergência, sem que ninguém tivesse contestado o seu funcionamento nos novos moldes.

Os oponentes da celebração só têm duas hipóteses: ou contestam com fundamentos a verdade do parágrafo anterior ou, não a contestando, reconhecem que a sua oposição não tem nenhuma justificação. Assobiar para o lado é que não 
vale.

E, neste contexto que ponho à honesta consideração de todos os oponentes da celebração, só venho dizer que feio sinal seria que a AR não comemorasse o 25 de Abril data maior e incomparável da nossa vida como povo e nação.

Adenda : as comemorações do 25 de Abril serão mais pobres este ano ? Sem dúvida que serão ! Mas não é porque a AR vai estar meio vazia, é porque, dadas as circunstâncias, não vai haver os desfiles populares que são uma incomparável marca de água das raízes poderosas do 25 de Abril no imaginário colectivo. É deles que vou sentir falta.


Já agora. reparem no 
desplante deste mercenário

Há uma coisa que estes novembristas nunca fizeram nem fazem : convocar uma manifestação no 25 de Novembro. Por alguma razão.

Porque hoje é sábado ( )

Benjamin Deschamps

A sugestão musical deste sábado vai para o
saxofonista canadiano
Benjamin Deschamps

17 abril 2020

1º de Maio

Ler é o melhor remédio

De Paulo Portas na TVI, armado em grande epidemiologista, a não sei quantos maduros nas redes sociais não falta quem ande a levantar fantasmas e suspeições sobre a CGTP e o 1º de Maio. Mas bastava ler o comunicado da CGTP para concluirem que era melhor ficarem quietos e calados :

«É nesse sentido que a CGTP-IN apela à mobilização dos trabalhadores para uma grande Jornada Nacional de Luta, com o lema: DEFENDER A SAÚDE E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES – GARANTIR EMPREGO / SALÁRIOS / SERVIÇOS PÚBLICOS.
Esta Jornada Nacional de Luta terá um vasto conjunto de componentes de informação, denúncia e reivindicação, nos locais de trabalho e nas ruas, com muito ampla divulgação digital.
E, não sendo possível realizar as manifestações e concentrações que juntariam muitos milhares de trabalhadores em todo o País, iremos dar expressão à indignação, protesto e reivindicações dos trabalhadores nas mais diversas formas. Estaremos na rua, garantindo as necessárias medidas de protecção e distanciamento.»

16 abril 2020

Donald Trump

Era uma vez um fala-barato
 que deu em queixinhas


Trump - «É tudo uma farsa ! O coronavirus
vai desaparecer magicamente!»

-senhor, as pessoas estão a morrer,
 é preciso fazer alguma coisa
.
Trump - « precisamos de confinar o país
 para segurança de todos os americanos !»

- senhor, as suas empresas estão fechadas
 e a perder milhões !»

Trump - «como eu estava a dizer, é preciso
abrir todos os negócios e colocar a
 América de volta ao trabalho !»



Certidão de óbito por coronavírus
Trump: «Não, não, não, eu disse
aasinatura «nos cheques de estimulo»

(ter em conta que Trump forçou que os
 cheques a serem entregues a cada
cidadão levassem a sua assinatura)



-« sim. governador, eu tenho 30.000 ventiladores
para si ... mas não posso enviá-los até pôr neles
a assinatura do Presidente...»

Vítima do Covid 19

In memoriam
de
Luís Sepúlveda
(1949-2020)

Morreu um escritor talentoso e um antigo e apaixonado combatente da Unidade Popular do Chile. «o tempo das cerejas» publicou em 2019, por ocasião do 11 de Setembro, extractos do seu belo artigo «Memorial de los Dias Felices» (de 2003) que agora se reproduzem de novo.

«(...) A treinta años del crimen, hay miserables que interpretan el suicidio de Allende como una derrota. No entienden las razones de un hombre leal, que en el fragor del combate entendió que su último sacrificio evitaría a su pueblo la máxima de las humillaciones; ver a su dirigente, a su líder, encadenado y a merced de los tiranos.

Queridas compañeras, queridos Compañeros: no hay honor más grande que el haber sido compañeros de lucha y de sueños de un hombre como Salvador Allende. No hay orgullo mayor que esos mil días liderados por el Compañero Presidente.

No somos víctimas ni del destino ni de la ira de un dios enloquecido. La historia oficial, la mentira como razón de Estado nos presenta como a responsables de un crimen que, cada vez que intentan explicar, las palabras huyen de sus bocas pues no quieren ser parte del vocabulario de la vergüenza. Si nuestro intento por hacer de Chile un país justo, feliz y digno nos hace culpables, entonces asumimos la culpa con orgullo. La cárcel, la tortura, las desapariciones, el robo, el exilio, el no tener un país al que volver, el dolor, si todo eso era el precio a pagar por nuestro esfuerzo justiciero, entonces sépase que lo hemos pagado con el orgullo de los que no renunciaron a su dignidad, de los que resistieron en los interrogatorios, de los que murieron en el exilio, de los que regresaron a luchar contra la dictadura, de los que todavía sueñan y se organizan, de los que no participan de la farsa pseudo democrática de los administradores del legado de la dictadura.

Junto a Salvador Allende fuimos protagonistas de los mil días más plenos, bellos e intensos de la historia de Chile. Sobre nosotros dejaron caer todo el horror, pero no consiguieron ni conseguirán borrar de nuestros corazones el Memorial de los Años más Felices.

Cuando en los momentos más duros de nuestros mil días, la provocación del fascismo, de la derecha, del imperialismo yanqui, hacía que la ira se instalara peligrosamente en nuestros ánimos, el Compañero Presidente nos aconsejaba: "Vayan a sus casas, besen a sus mujeres, acaricien a sus hijos". Ahora, a treinta años de la gran traición, que la cercanía de los nuestros, que el recuerdo de los que nos faltan, y el orgullo de todo lo que hicimos sean los grandes convocantes de lo que debemos recordar. Que las palabras Compañera y Compañero suenen como una caricia, y bebamos con orgullo el vino digno de las mujeres y los hombres que lo dieron todo, que lo dieron todo y pensaron que no era suficiente.»


Agosto 2003

15 abril 2020

Valha-nos Deus

Uma sondagem que explica
 muita coisa sobre os EUA


«Metade dos americanos dizem que a Bíblia deve influenciar as leis dos EUA, incluindo 28% que acham que a Biblia deve prevalecer sobre a vontade do povo»

azul escuro  - grande influência
azul claro - alguma influência

14 abril 2020

Toda a atenção para o mundo do trabalho

Desarmados
face aos abusos

«Em Março houve 3000 denúncias à ACT, um aumento de 50% face a Fevereiro. Faltam carros, protecção e poder . “Não poderemos ajudar quem nos procura”, diz sindicato`( dos Inspectores do Trabalho,)
ler aqui 

A propósito de qualquer coisa

El área de Italia más devastada por la Covid-19 es un gran polo industrial. No se declaró nunca zona roja debido a las presiones de los empresarios. El coste en vidas humanas ha sido catastrófico

«(...)¿Por qué no se hizo lo mismo en Val Seriana? Porque en este valle del río Serio se concentra uno de los polos industriales más importantes de Italia, y la patronal industrial presionó a todas las instituciones para evitar cerrar sus fábricas y perder dinero. Y así, por increíble que parezca, la zona con más muertos por coronavirus por habitante de Italia –y de Europa– nunca ha sido declarada zona roja, a pesar del estupor de los alcaldes que lo reclamaban, y de los ciudadanos, que ahora exigen responsabilidades. Los médicos de cabecera de la Val Seriana son los primeros en hablar claro: si se hubiera declarado zona roja, como aconsejaban todos los expertos, se habrían salvado centenares de personas, aseguran, impotentes. 
La historia es aún más turbia: quienes tienen intereses en mantener las fábricas abiertas son, en algunos casos, los mismos que tienen intereses en las clínicas privadas. La Lombardía es la región italiana que más representa el modelo de mercantilización de la sanidad y ha sido víctima de un sistema corrupto a gran escala liderado por el que fue su gobernador durante 18 años (del 1995 al 2013), Roberto Formigoni, miembro destacado de Comunión y Liberación (CyL). Era del partido de Berlusconi, quien le definía como “gobernador vitalicio de la Lombardía”, pero contó siempre con el apoyo de la Liga, que gobierna la región desde que Formigoni se fue, acusado –y luego condenado– por corrupción en la sanidad. Su sucesor, Roberto Maroni, inició en 2017 una reforma de la sanidad que recortó aún más las inversiones en la pública y que prácticamente ha abolido la figura del médico de familia, sustituyéndolo por la del “gestor”. “Es verdad, en los próximos 5 años desaparecerán 45.000 médicos de cabecera, pero ¿quién va todavía al médico de cabecera?”, dijo impertérrito en agosto del año pasado el político de la Liga Giancarlo Giorgetti, entonces vicesecretario de Estado del Gobierno Conte-Salvini.(...)»
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13 abril 2020

Algo não está bem

Notícia sobre o aumento
 do custo de vida em pandemia

Apesar disto, desconfio que a taxa oficial de inflação em Abril vai ser baixa, como de costume. Acreditará quem quiser.

Os novos vira-casacas

Os surpreendentes
efeitos da pandemia

«Inacreditável, mas verdadeiro: Soberanismo, o fim da austeridade: quando o Covid-19 transforma Glucksmann, Dati e Bertrand em "coronaconvertidos"»

«Outrora defensores da União Europeia, do fim das fronteiras ou ainda da austeridade descabelada Raphael Glucksmann, Xavier Bertrand ou ainda Rachida Dati parecem, diante da crise, ter virado a casaca. É uma consequência  constrangedora da epidemia de coronavírus: os longos dias passados enclausurados dentro das paredes das suas casas oferecem um espaço propício  à reflexão e ao questionamento. Entre alguns responsáveis políticos, o confinamento  parece ter perturbado as certezas mais entrincheiradas. Até no Palácio do Eliseu, onde o presidente Emmanuel Macron de repente redescobriu as virtudes do Estado face aos acontecimentos. Mas não só: nos últimos dias, tanto à direita quanto à esquerda, vacilou seriamente a defesa de dogmas que, contra ventos e marés,  se pensava serem inultrapassáveis.. ».

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