O que está por
detrás do «sem empecilhos»
«(...) Dê-se de barato em tal declaração a usurpadora pretensão do PS de se apoderar em exclusividade dos avanços de recuperação de direitos e rendimentos conseguidos nesta legislatura, mas é significativo e não pode passar em branco sem questionamento por todos aqueles que viram as suas vidas dar um passo em frente, por mais pequeno que seja, essa sua pretensão a “governar sem empecilhos”, porque ela é reveladora dos seus planos para frente.
Sim, camaradas, porque é que aspiram a “governar sem empecilhos”? Nós respondemos: - porque não queriam e ainda aceitam mal e resistem à reposição de direitos e rendimentos, porque não queriam e aceitam mal e resistem à valorização dos salários e das reformas, porque não queriam e aceitam mal e resistem em dar prioridade ao investimento para melhorar os serviços que o povo precisa, porque no centro das suas opções estão interesses dos grandes grupos económicos e não na vida das pessoas e do País. Estão os compromissos assumidos com Bruxelas de dar prioridade ao défice e aos acelerados ritmos de pagamento da dívida, mesmo que isso signifique continuar a andar para trás na vida das pessoas.
É por isso que o voto na CDU é tão importante e decisivo. Não para ser empecilho, mas sim o voto que conta para não deixar o PS de mãos livres para praticar a velha política, com ou sem PSD e CDS, o voto que decide a sério de uma outra política.(...)»
- Jerónimo de Sousa, no comicio de ontem na «Voz do Operário»