05 junho 2019

Não vás ao médico, não

Cinco pazadas de terra na
ultima parvoíce de Rui Rio




Para além de sublinhar que esta proposta de Rui Rio representa de facto uma óbvia tentativa oportunista de se encostar à base social que pratica o antiparlamentarismo e grita contra tudo e todos para disfarçar as suas incapacidades de cidadania activa, o que eu quero dizer é sobretudo o seguinte:

1. Quanto à pressão para reduzir o número de deputados pode dizer-se que é quase tão velha como a Sé Braga e sempre esquece duas coisas: a primeira é que a redução passada de 250 deputados para 230 não afectou por igual todos os partidos pois afectou muito mais o PCP e o CDS em benefício do PS e PSD (quando tiver tempo vou procurar os papéis onde isso está demonstrado); a segunda é que, para os partidos mais pequenos isso representaria a incapacidade de, pela redução da sua representação, poderem desempenhar cabalmente as vastas e complexas atribuições de um grupo parlamentar.

2. Acontece que Rui Rio parece não perceber coisas tão elementares como a de um Parlamento é um lugar de representação dos eleitores e, como bem disse Daniel Oliveira esta manhã na  TSF representação baseada em escolhas e não em não escolhas.

3. Acresce que, sendo de facto algo de diferente dos brancos, os votos nulos em rigor quando muito exprimem na maior dos casos uma certa variedade de humores e idiossincrasias pessoais (alguns até de nulo bom gosto e educação, como bem sabe quem já esteve em mesas de voto) e de objectivos pouco ou nada decifráveis com segurança.

4. Além do mais, a turva proposta de Rui Rio ( que há-de andar de par com modificações do sistema eleitoral mas disso trataremos mais tarde quando essa batalha for a doer) tem um "pequeno" problema : é que em qualquer assembleia (e na AR por maioria de razão) há sempre a necessidade de saber que número de deputados são precisos para haver uma maioria  (na AR actualmemnte são 116). Ora, se no hemiciclo, passar a haver por exemplo 15 lugares desertos correspondentes aos brancos e nulos, diga-nos então Rui Rio se os lugares desocupados também entram para a definição do que á uma maioria.

5. E, para já, pronto, para mim triste sinal dos tempos é que hoje politólogos capazes de dar alguma corda a uma proposta tão estouvada, em vez de acompanhare, ainda que fosse ao de leve e com maior sofisticação intelectual, as pazadas de terra que aqui deixo.


Bilhete aberto para o director do «DN»

Sr. Ferreira Fernandes:
avise-me quando chegar a
 vez do «sindicato socialista»,
do «sindicato social-democrata»
 e do «sindicato centrista»
 chegarem a manchete online !
SE O ASSUNTO NÃO FOSSE DEMASIADO SÉRIO EU DIRIA QUE OS JORNALISTAS DO DN DEVIAM INVESTIGAR MELHOR POIS, SE «PROVOCA TERRAMOTO» , TALVEZ SEJA UM SINDICATO ANARQUISTA RESSUSCITADO DO PRINCÍPIO DO SÉC. XX.

03 junho 2019

Sondagem SIC/Expresso sobre populismo

Fiquem vocelências a
 saber que os políticos
 profissionais não são cidadãos
mas sim extraterrestres,
 autómatos ou bonecos
 feitos pelo Gepeto


Um legitimador do populismo

Por muito que doa a J.M.T,
não, não são todos iguais !

(João Miguel Tavares no «Público» de ontem )

É certo que, se JMT me lesse, logo invocaria um certo «caso». Mas o pior é que, em vez de o mandar para aquela parte, eu o mandaria consultar a deliberação unânime que sobre esse assunto foi tomada pela Assembleia Municipal de Loures e que reduziu a pó esse «caso».

SEM ÓDIO MAS COM MEMÓRIA

BREVE CONTRIBUTO
PARA "DIMENSÃO HISTÓRICA"
 DE JONAS SAVIMBI

«David Bernardino, médico pediatra, nasceu a 23 de Março de 1932 e morreu no Huambo, assassinado pela UNITA de Jonas Savimbi, a 4 de Dezembro de 1992. O assassinato já havia sido mandado a partir do topo da organização, e ele sabia-o, mas não quis abandonar o seu posto, o seu centro de saúde, onde sentia que era preciso. Foi lutador anti-fascista, foi presidente da Casa dos Estudantes do Império, fez um jornal que não agradou propriamente a nenhum poder e foi assassinado pela UNITA aos 60 anos. Plantou hortas, porque precisava de melhorar o estado nutricional dos seus doentes. Cantou no Coro Lopes Graça. Deu boleias sem fim aos putos do bairro na caixa aberta da sua carrinha. Correu com bebés nos braços pelas casas e jardins, "porque eles gostam", deixando os pais atordoados.  (...)» (Sandra Monteiro no Facebook)

01 junho 2019

Sim, há alcatruzes da nora

O estimado
(adjectivo sincero)
Daniel Oliveira há dias
 escreveu isto(*) no «Expresso»...




(clicar para aumentar) ´

...mas, em Maio de 2014,
não me passou pela
cabeça escrever algo assim :



(*)  Esclareço que não li todo o texto de Daniel Oliveira mas apenas a parte que está acessível no site online do «Expresso». E, para obstar a precipitações de comentários, esclareço também que, segundo me disseram, Daniel Oliveira não exprime qualquer satisfação pelo resultado da CDU mas sim preocupação.


Está-lhe na massa do sangue

Marcelo interrompeu
a Presidência e voltou
a ser comentador da TVI



"O Presidente da República disse esta sexta-feira que são preocupantes os sinais claros de crise no centro-direita em Portugal.
Num encontro promovido pela Fundação Luso-americana, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que, neste contexto, o papel do Presidente é fundamental para garantir o equilíbrio do poder."

(SIC Notícias, ontem)

Com mais uns pózinhos foi isto que (sem admiração) ouvi e vi ontem na SIC com o Presidente da República a falar inglês no famoso Clube Americano. E, nos tempos que correm, não é inútil ou inapropriado dizer que um PR não tem de pré-anunciar a crise partidária de ninguém e muito menos dizer algo que traduzido para português e trocado por miúdos quer dizer . « PSD e CDS estão fracos e tenho em Belém de  os substituir».

Porque hoje é sábado ( )

Christelle Bofale