Clarifica tu que a
mim não me convém
Em artigo ontem no Público, Francisco Assis arruma melhorias reais na vida de milhões de portugueses sob a fórmula « a "geringonça" consumiu-se e exauriu-se num programa assaz ligeiro de reversões e devoluções» [será que queria mais ?] e, em coerência, já quase no fim, sentencia que «a "geringonça aparenta caminhar rapidamente para um estado agónico».
vai daí remata, do alto da sua cátedra, que « ou estou muito enganado ou este é o tempo certo para uyma clarificação na vida política portuguesa. Creio que António Costa ainda está a tempo de eitar o pântano.»
Curioso e de algum modo sintomático é que o artigo de Assis termine assim sem que ele tenha sentido a necessidade de explicar aos leitores o que é que ele entende por «clarificação na vida política portuguesa».
Conhecendo de ginjeira as ideias e antecedentes da personagem bem se pode imaginar que coisa boa não será mas, em castigo por não ter tido o franqueza e a coragem de o dizer, não amos ser nós a contar do que se tratará.