O pianista francês Laurent Coq
12 novembro 2017
11 novembro 2017
Traficâncias ideológicas
Quando uma «fonte
de inspiração» passa,
por artes mágicas, a «modelo»
de inspiração» passa,
por artes mágicas, a «modelo»
Em crónica no Público de hoje, referindo-se ao discurso de Jerónimo de Sousa no Coliseu de Lisboa, por duas vezes a jornalista São José Almeida atribui ao secretário-geral do PCP a ideia de que «a Revolução de Outubro» e o «regime soviético» são «um modelo a seguir » e «um modelo para a humanidade».
Bem pode o leitor ficar à espera que a jornalista apresente ao menos um única citação de Jerónimo de Sousa que confirme essa ideia de modelo desejável. Debalde porque o mais que ela arranja é uma afirmação de JS de que a Revolução de Outubro constitui uma «fonte de inspiração» e até que, quanto ao regime soviético, aludiu ao fracasso de «um modelo historicamente configurado de construção do socialismo».
Esta absurda e martelada identificação de «fonte de inspiração» com «modelo a seguir» na caso da autora em causa não pode ser vista como uma ligeireza ou lapso mas apenas por má-fé e truque malévolo. Com efeito, a autora não pode deixar de saber que :
1. A rejeição do seguimento de modelos de socialismo em textos do PCP e de Álvaro Cunhal é já até bastante anterior ao 25 de Abril de 1974;
2. O próprio Jerónimo de Sousa, na linha do Programa do PCP, enunciou no seu discurso no Coliseu um vasto conjunto de características do socialismo defendido pelo PCP para Portugal que ostensivamente o distinguem e distanciam do que historicamente se configurou no regime soiético. Não apenas isso e muito mais do que isso: foi dito da tribuna do Coliseu e estava no papel entregue a SJA esta afirmação : «Sim, o mundo precisa do socialismo! Ele é uma necessidade que emerge com
redobrada actualidade na solução dos problemas da humanidade. Uma
necessidade que exige ter em conta uma grande diversidade de soluções,
etapas e fases da luta revolucionária, certos de que não há “modelos” de
revoluções, nem “modelos” de socialismo, como sempre o PCP defendeu (...)».
Conclusão : quando não se quer ouvir ou não se quer saber ler, não há nada a fazer a certas almas.
Porque hoje é sábado ( )
The Strokes
A sugestão musical deste sábado vai para a banda nova-iorquina The Strokes.
10 novembro 2017
08 novembro 2017
Um dia será
Não, infelizmente
não está de partida
não está de partida
Há um ano foi eleito com menos 3 milhões de votos que a sua adversária mas numa «grande democracia» e para «grandes democratas» isso são pormenores insignificantes .
Um programa espectacular !
Museu de Arte
Contemporânea de Montreal homenageia Leonard Cohen
Contemporânea de Montreal homenageia Leonard Cohen
ver programa aqui
«(...)Una de las muestras más esperadas es la que albergará el Museo de Arte
Contemporáneo de Montreal, del 9 de noviembre al 9 de abril de 2018,
bajo el título Une brèche en toute chose (Una brecha en todo).
La muestra va más allá de un proyecto biográfico: el museo pidió a
músicos, cineastas y artistas visuales reflexionar y crear a partir del
amplio legado de Cohen. Las obras de artistas como la estadounidense
Jenny Holzer, la británica Tacita Dean, el alemán Kota Ezawa o el
hongkonés George Fok y la música de la belga Mélanie De Biasio, el
estadounidense Moby o la francesa Lou Doillon ocuparán seis salas, en un
ejercicio que va de lo local a lo universal. John Zeppetelli, director
general de este centro, describe a Cohen como “un hombre profundamente
montrealés y, a su vez, un icono planetario”. Por su parte, el Ballet
Jazz de Montreal está representando el espectáculo Dance Me/Leonard Cohen con canciones del canadiense. »
El País
07 novembro 2017
Se não fosse assim, só teriamos silêncio
Outubro vive no coração
e acção de milhões de homens e
mulheres de todo o mundo !
No túmulo dos livros,
versos como ossos,
se estas estrofes de aço
acaso descobrirdes,
vós as respeitareis,
como quem vê destroços
de um arsenal antigo,
se estas estrofes de aço
acaso descobrirdes,
vós as respeitareis,
como quem vê destroços
de um arsenal antigo,
mas terrível.
Ei-la,
a cavalaria do sarcasmo,
minha arma favorita,
alerta para a luta.
Rimas em riste,
sofrendo o entusiasmo,
eriça
suas lanças agudas.
E todo
este exército aguerrido,
vinte anos de combates,
não batido,
eu vos dôo,
proletários do planeta,
cada folha
até a última letra.
O inimigo
da colossal
classe obreira,
é também
meu inimigo
figadal.
Anos
de servidão e de miséria
comandavam
nossa bandeira vermelha.
Nós abríamos Marx
volume após volume,
janelas
de nossa casa
abertas amplamente,
mas ainda sem ler
saberíamos o rumo!
onde combater,
de que lado,
em que frente.
(A Plenos Pulmões, Maiakovsky 1928-1930)
(A Plenos Pulmões, Maiakovsky 1928-1930)
06 novembro 2017
Subscrever:
Mensagens (Atom)