01 novembro 2017

Festejos do fim da URSS

Uma leitura
completamente ao contrário


No quadro das peças que tem vindo a publicar sobre o Centenário da Revolução de Outubro, perdão sobre o fim da URSS, um texto de Manuel Carvalho termina hoje assim de uma forma que me parece bastante estranha : «A Rússia, de acordo com um relatório do banco Credit Suisse de 2015 é, entre as economias desenvolvidas, a mais desigual do mundo, na qual os 10% mais influentes dominam 87% de toda a riqueza nacional. Para quem procura lições na Revolução para projectar o futuro, talvez este facto seja um bom começo

A questão é que posso estar a ser pouco inteligente mas parece-me antes que «este facto» é um «bom começo» mas é para quem «procurar lições» na contra-revolução para «projectar o futuro ».

31 outubro 2017

Um livro estrangeiro por semana ( )

Reckless Daughter -
A
portrait of Joni Mitchell

19,25 $

Apresentação :"She was like a storm." ―Leonard Cohen

Joni Mitchell may be the most influential female recording artist and composer of the late twentieth century. In Reckless Daughter, the music critic David Yaffe tells the remarkable, heart-wrenching story of how the blond girl with the guitar became a superstar of folk music in the 1960s, a key figure in the Laurel Canyon music scene of the 1970s, and the songwriter who spoke resonantly to, and for, audiences across the country.
A Canadian prairie girl, a free-spirited artist, Mitchell never wanted to be a pop star. She was nothing more than “a painter derailed by circumstances,” she would explain. And yet, she went on to become a talented self-taught musician and a brilliant bandleader, releasing album after album, each distinctly experimental, challenging, and revealing. Her lyrics captivated listeners with their perceptive language and naked emotion, born out of Mitchell’s life, loves, complaints, and prophecies. As an artist whose work deftly balances narrative and musical complexity, she has been admired by such legendary lyricists as Bob Dylan and Leonard Cohen and beloved by such groundbreaking jazz musicians as Jaco Pastorius, Wayne Shorter, and Herbie Hancock. Her hits―from “Big Yellow Taxi” to “Both Sides, Now” to “A Case of You”―endure as timeless favorites, and her influence on the generations of singer-songwriters who would follow her, from her devoted fan Prince to Björk, is undeniable.
In this intimate biography, drawing on dozens of unprecedented in-person interviews with Mitchell, her childhood friends, and a cast of famous characters, Yaffe reveals the backstory behind the famous songs―from Mitchell’s youth in Canada, her bout with polio at age nine, and her early marriage and the child she gave up for adoption, through the love affairs that inspired masterpieces, and up to the present―and shows us why Mitchell has so enthralled her listeners, her lovers, and her friends. Reckless Daughter is the story of an artist and an era that have left an indelible mark on American music.

Oito mortos

The New York Times em cima do acontecimento
A bystander’s video appears to show the suspect trying to flee the scene of the attack before being stopped by the police.

30 outubro 2017

Imprensa de «referência», pois então !

Um título de página
inteira no Público


Eu bem me parecia que, nisto do Trump, a mão russa já era antiga. Mas também se pode perguntar : porque não Ramsés II, Alexandre, o Grande, Carlos Magno ou Randolph Hearst ?

Há 52 anos

Cúmplices em meio
milhão de mortos


Ler aqui


 

28 outubro 2017

27 outubro 2017

Eles bem nos avisam

Assis ou Belém
não diria melhor




Em artigo no Público de hoje, Francisco Assis  festeja as recentes atitudes de Marcelo Rebelo de Sousa e vislumbra exaltantes amanhãs que cantam para as suas ideias.
Conhecido o percurso e ideias do autor ,não preciso de gastar grandes argumentos, basta dar-lhe a palavra:

«(...)»Uma coisa é certa: Marcelo está para ficar e é preciso saber conviver com ele. As condições dessa convivência vão-se naturalmente alterando em função da evolução da própria realidade política, económica e social. Ora, essas condições modificaram-se substancialmente nas últimas semanas, quer pelos efeitos induzidos pelos resultados das eleições autárquicas, quer pelas consequências institucionais e políticas decorrentes da última tragédia dos fogos florestais. Essas transformações são de tal grandeza que nos levam a perspectivar o início de uma nova fase da vida política portuguesa. (...)»

«(...) Por estranho que neste momento possa parecer, poderemos estar prestes a assistir ao surgimento de uma nova e ainda mais original e sofisticada “geringonça” na vida política nacional. Marcelo Rebelo de Sousa ocupará, no contexto dessa novíssima “geringonça”, um lugar absolutamente central na nossa vida política. Beneficiando enormemente do amplo apoio popular de que dispõe, estará em condições de impor ao Governo e aos partidos da oposição uma agenda pública resultante de uma consensualização prévia de preocupações comuns aos principais agentes políticos portugueses. Foi já o que aconteceu agora, na gestão do período pós-incêndios. Essa autoridade presidencial, exercida nos limites das competências constitucionais, contrariará a tendência para uma excessiva polarização do confronto político, abrirá espaço para entendimentos parlamentares de geometria variável e terá, desde logo, dois efeitos benignos, um no Partido Socialista e no Governo que dele emana e outro no principal partido da oposição, o PSD — libertará o PS de uma excessiva dependência da extrema-esquerda parlamentar e desacorrentará o PSD de uma parte significativa do seu passado mais recente.(...)»

«(...) Se tudo correr bem, a novíssima “geringonça” absorverá a velha sem a eliminar, recuperará o chamado arco da governação em torno dos assuntos de maior incidência europeia e económica, contribuirá para uma real valorização da vida parlamentar e permitirá a superação parcial do ambiente algo atávico e anti-reformista que tem prevalecido no decorrer da presente legislatura.(...)»


Embora com um conteúdo diferente, há uma coisa em que estou de acordo com Francisco Assis. É quando ele diz que « Para que tudo suceda desta forma há naturalmente alguns requisitos que precisam de ser preenchidos». Na verdade, eu até sei que é possível modificar um regime por palavras e actos sem necessidade de mexer na Constituição. Mas, para isso, são precisos de facto dois requisitos : um que alguém queira e outro que alguém deixe. Eu estou de acordo com os que não deixarem.

P.S 1: Passados 10 dias, na página oficial da Presidência da República, continua lá o vídeo mas continua a não haver o texto da declaração lida pelo PR em Oliveira do Hospital em 17.10.2017. Marcelo perdeu o papel ?

PS 2 : Para mais tarde recordar, registe-se que, no seu «Tabu» na SIC Notícias, Francisco Louçã classificou o conflito velado entre o PR e o goerno como «guerras de alecrim e mangerona». Prefiro acreditar que são as limitações de um Conselheiro de Estado.