06 junho 2017

EDP e REN

Só para não ir mais atrás


(clicar para aumentar)
Jerónimo de Sousa
em 18 Março 2012,no Seixal

05 junho 2017

Ser palestino

Um testemunho
importante




Refugiados palestinianos transportam os seus pertences quando se preparam para atravessar a destruída Ponte Allenby sobre o Jordão vindos da zona ocupada por Israel após a Guerra dos Seis Dias, 22 de Junho de 1967

(...)
I came to America at age 22 and quickly found out how difficult it was to speak about Palestine and Palestinian rights in the United States. It was like speaking to President Trump nowadays about his sexism; the common response was complete denial, even in the face of overwhelming evidence. One of my graduate-school professors told me that I should not do my research on Palestine because a Palestinian writing about Palestine would be biased. When I asked another professor what I must do to get an A in her class, she responded by saying, “It depends on whether my children come home safe from Israel.”

(...)

Ler artigo integral aqui

Em 5 de Junho de 1967

Ler aqui em «os papéis de Alexandria» a útil resenha histórica de Dennis Suffert na última Politis.



Isto também tem 50 anos
 

04 junho 2017

Fim de domingo com a pianista e cantora britânica

Wendy Kirkland

O caso Maurice Audin

Elogio dos que não desistem

in Politis nº 1450

Tradução: «Faz muito tempo que ninguém tem qualquer dúvida  sobre a trágico destino de Maurice Audin, jovem matemático membro do Partido Comunista Argelino, preso na noite de 11 para 12 de Junho de 1957 por uma unidade de paraquedistas. Depois cinquenta e sete  anos de mentiras oficiais, o sinistro general Aussauresses tinha relatado num livro, em 2014, a ordem de assassinato que lhe tinha sido dada pelo general Massu. Agora, justamente 60 anos depois do crime, diversas personalidades, universitários, militantes dos direitos do homem, jornalistas reclamam de Emmanuel Macron que «toda a verdade relativa a este assassinato [seja] finalmente conhecida». Os signatários lembram ao novo Presidente que, durante a campanha, ele se comprometeu «a tomar actos fortes sobre este período da nossa história». Para os autores desta carta, é o momento de «concretizar este compromisso», nomeadamente recebendo Josette Audin, iúa do militante comunista»

02 junho 2017

Governo Macron

Primeira cavadela, minhoca !



«Eclairage
«Depuis le 24 mai, les soupçons de conflit d’intérêts s’accumulent sur Richard Ferrand. Pourtant le ministre de la cohésion des territoires assure n’avoir rien fait d’illégal. Opération immobilière lucrative, obtention de contrats pour des proches, assistants parlementaires non déclarés, conflit d’intérêts avec son activité de député… Résumé en trois minutes des soupçons qui pèsent aujourd’hui sur l’ex-secrétaire général d’En marche ! alors que le parquet de Brest vient d’ouvrir une enquête préliminaire.
LE MONDE

Não nos devemos distrair !

Post só para lembrar
quanto caminho falta percorrer



DN

01 junho 2017

1938-2017

Armando da Silva Carvalho :
cala-se a voz, ficam
belíssimos poemas


POEMA QUE FOI CURTO
Num poema curto a corrente do sangue corria
como um planeta levando no dorsal
a filosofia pública da hora,
e a luz nua e directa incidia sobre o corpo,
real, absoluta.

Hoje o poema teima sempre em ser maior,
e a história, o tempo, a memória e o verso porque é velho,
ocultam-lhe a idade nas curvas irreconhecíveis
dum vulto.
É sempre cada vez mais longa a maratona,
e as insistentes palavras
parecem desistir enquanto avançam.

in «A Sombra do Mar» 
(Assírio & Alvim)

Varanda de Pilatos

Não há tempo. Há o espaço. O sol e as nossas voltas.
Os bocejos da lua, o clã dos astros.
Os buracos negros.
Ó mãe! Para onde foram os seres vivos de ainda
Há pouco em todo o seu esplendor?
Mortos como tu, a natureza recebe-os.
A Terra, essa criança atroz, destrói os seus brinquedos
Numa rotina mecânica.
Quantas noites me faltam? Quantos beijos no escuro?
Quanta luz me cabe ainda nas pupilas?
Os anos não me matam, não me ferem os meses,
As horas não me guilhotinam.
As células vão ardendo nos seus mapas
De nervos, o sangue demora sempre mais um pouco
A chegar ao seu destino orgânico.
Devagar, devagar, a cabeça amolece.
Devagar no colo do sono.
Ó mãe. Um ninho. Uma cama macia no teu ventre.
Uma exposição de sinais. Uma geometria
Que me liga ao saber acumulado. 

 in 'Sol a Sol'