E assim escreveu um 
ex-assessor para assuntos constitucionais de Cavaco Silva
«(...) O segundo eixo estratégico, centrado nas aventuras armadas de 
democratização do mundo islâmico, também fracassou. As “primaveras 
árabes” terminaram num flop, com um total roll back no
 Egito e a disseminação de guerras civis que, provocando centenas de 
milhares de mortos, destruíram o Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, 
convertendo-os em “fábricas de terroristas”. A par de um êxodo “bíblico”
 de refugiados e imigrantes que inundaram a Europa, os EUA alimentaram 
“ninhos de vespas” jihadistas nesses teatros de guerra, armando grupos 
salafistas pró-sauditas. Nasceu neste melting pot um novo tipo 
de terrorismo islâmico, de uma crueldade inédita desde os tempos de 
Tamerlão que migrou de um Levante em chamas para explodir nas ruas do 
Ocidente. (...)
 Alepo é o símbolo da derrota desses obscuros jogos de poder, em que os 
EUA e a UE estiveram ao lado de jihadistas e da filial síria da Al-Qaeda
 para combater Putin, esquecendo que, sem a intervenção russa, a 
bandeira do ISIS flutuaria em Dama» (...)
P.S. Carlos Blanco de Morais é Professor na Faculdade de Direito de Lisboa, foi juiz do TC e assessor de Cavaco Silva para assuntos constitucionais. 
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