As vistas curtas e ouvidos tapados de um director de jornal
Não tem mistério que, em termos gerais, seja sempre mais impressivo o «homem que mordeu o cão» do que «o cão que mordeu o homem». Entretanto, pensava eu que o exercício da profissão de jornalista e, por maioria de razão, de director de jornal obrigassem a um esforço de distanciamento, equilíbrio e isenção nas descrições que se escrevem. Mas não. Para David Dinis, não houve as dezenas de declarações de profissionais do táxi firmes mas serenas que eu vi, não houve os argumentos estruturados que que representantes do sector apresentaram no «Prós e Contras», em sequer houve a indignação genuína que os manifestantes exibiam e que, mesmo discordando deles, deviam merecer algum respeito.Nada, zero, nicles. Apesar disso, não vou passar a dizer que todos os jornalistas portugueses são do calibre de David Dinis.