19 julho 2016

Quando as purgas não são golpe

Pelos vistos, as listas
estavam prontinhas


Quatre jours après la tentative de putsch, la purge menée d’une main de fer par le président Erdogan s’amplifie. Après l’armée et la justice, elle touche désormais le monde de l’enseignement.


Le ministère de l’éducation turc a annoncé mardi 19 juillet la suspension de plus de 15 000 de ses employés soupçonnés d’être liés au prédicateur Fethullah Gülen, accusé d’être derrière le putsch manqué et dont Ankara veut demander l’extradition aux Etats-Unis. Le ministère a annoncé dans un communiqué :
« 15 200 fonctionnaires du ministère de l’éducation (...) ont été suspendus, une enquête à été ouverte au sujet de ces individus »
Le Conseil de l’enseignement supérieur (YÖK) – l’organisme étatique qui supervise l’organisation des universités – a pour sa part demandé la démission de plus de 1 500 recteurs et doyens d’université, rapporte l’agence de presse gouvernementale Anatolie. Cette décision concerne les 1 577 recteurs et doyens des universités publiques et celles rattachées à des fondations privées, selon l’agence.

Em Le Monde


17 julho 2016

De 17 para 18 de Julho

Há 80 anos,
o criminoso e sanguinário
levantamento franquista
contra a República espanhola





A despedida das Brigadas Internacionais

Quanto a mim, entre tantos outros, há um dado maior que basta para ilustrar o levantamento militar franquista como uma cruzada de extermínio e "purificação": 
o facto de, já depois da sua vitória militar em Abril de 1939, o franquismo ter executado cerca de 200.000 
republicanos.
Na sua obra «Autobiografia do General Franco», o escritor Vasquez Montalban declarava recusar-me terminantemente a baixar esse número.

um poema de Miguel Hernandez


LAS CÁRCELES
I 
Las cárceles se arrastran por la humedad del mundo,
van por la tenebrosa vía de los juzgados:
buscan a un hombre, buscan a un pueblo, lo persiguen,
lo absorben, se lo tragan.
No se ve, no se escucha la pena de metal, 
el sollozo del hierro que atropellan y escupen:
el llanto de la espada puesta sobre los jueces
de cemento fangoso.
Allí, bajo la cárcel, la fábrica del llanto,
el telar de la lágrima que no ha de ser estéril,
el casco de los odios y de las esperanzas,
fabrican, tejen, hunden.
Cuando están las perdices más roncas y acopladas,
y el azul amoroso de las fuerzas expansivas,
un hombre hace memoria de la luz, de la tierra,
húmedamente negro.
Se da contra las piedras la libertad, el día,
el paso galopante de un hombre, la cabeza,
la boca con espuma, con decisión de espuma,
la libertad, un hombre.
Un hombre que cosecha y arroja todo el viento
desde su corazón donde crece un plumaje:
un hombre que es el mismo dentro de cada frío,
de cada calabozo.
Un hombre que ha soñado con las aguas del mar,
y destroza sus alas como un rayo amarrado,
y estremece las rejas, y se clava los dientes
en los dientes del trueno.
                      II Aquí no se pelea por un buey desmayado,
sino por un caballo que ve pudrir sus crines,
y siente sus galopes debajo de los cascos
pudrirse airadamente.
Limpiad el salivazo que lleva en la mejilla,
y desencadenad el corazón del mundo, 
y detened las fauces de las voraces cárceles
donde el sol retrocede.
La libertad se pudre desplumada en la lengua
de quienes son sus siervos más que sus poseedores.
Romped esas cadenas, y las otras que escucho
detrás de esos esclavos.
Esos que sólo buscan abandonar su cárcel,
su rincón, su cadena, no la de los demás.
Y en cuanto lo consiguen, descienden pluma a pluma,
en mohecen, se arrastran.
Son los encadenados por siempre desde siempre.
Ser libre es una cosa que sólo un hombre sabe:
sólo el hombre que advierto dentro de esa mazmorra
como si yo estuviera.
Cierra las puertas, echa la aldaba, carcelero.
Ata duro a ese hombre: no le atarás el alma.
Son muchas llaves, muchos cerrojos, injusticias:
no le atarás el alma.
Cadenas, sí: cadenas de sangre necesita.
Hierros venenosos, cálidos, sanguíneos eslabones,
nudos que no rechacen a los nudos siguientes
humanamente atados.
Un hombre aguarda dentro de un pozo sin remedio,
Porque un pueblo ha gritado ¡libertad!, vuela el cielo.
Y las cárceles vuelan.


Turquia

E Erdogan nas 
suas sete quintas



16 julho 2016

Porque hoje é sábado (...)

Soledad Vélez


 A sugestão musical deste sábado vai para a 
cantora espanhola Soledad Vélez.


15 julho 2016

Atentado bárbaro em Nice

Sei das causas e antecedentes profundos mas hoje é dia de uma simples pergunta: e se fosse connosco ?

14 julho 2016

Finalmente a «silly season» !

PSD afasta perigo
terrível e iminente !


Se bem me lembro, a mais significativa aliança pré-eleitoral entre o PSD e o PS foi há 31 anos, em 1985quando os dois partidos se entenderam, já com Cavaco a liderar o PSD e o Governo, para tentar derrotar a APU em mais de 40 Câmaras, numa operação que saldou por um significativo fracasso. E juridicamente essas alianças nem se puderam chamar de coligações porque uma irregulariedade processual obrigou o PS e o PSD a terem de optar pelo sistema de um concorrer para a Câmara (com «independentes» do PSD) e outro para a Assembleia Municipal (com «independentes» do PS).

E sabendo-se que só os órgãos de direcção nacional dos partidos é que têm capacidade jurídica para apresentar listas, ainda menos se percebe este aviso à navegação da direcção do PSD. 

13 julho 2016

Sanções

Para Rui Tavares,
não se tem passado nada !

Criticando a quantidade de vezes que na imprensa portuguesa já se escreveu que foram confirmadas as sanções a Portugal,Rui Tavares pergunta hoje no Público : «Quais sanções ?Aquelas que foram decididas na semana passada? Quais ? As da semana antes dessa. As do mês passado. E as do mês antes desse».

Logo de seguida, tão rápido como o Lucky Luke, ensina-nos (será ironia mal enjorcada ?) que «é muito fácil» saber o que decidiu o Ecofin. «Até podemos citar na íntegra: a decisão propriamente dita tem apenas dois artigos: Artigo 1º: Portugal não tomou medidas eficazes em resposta à recomendação do Conselho de 2013; Artigo 2º: Desta decisão informa-se a República Portuguesa ».
E, mais à frente dá o arriscadíssimo passo de dizer que na decisão do Ecofin «não há nenhuma referência a sanções».

Ora acontece que, talvez por azelhice minha, não consigo encontrar o que Rui Tavares cita mas, em feliz contrapartida, publico sim o comunicado (ou o seu resumo) que está na página oficial do Ecofin e que reza assim (comparem com o que diz Tavares):



Por fim, e para além de tantas outras coisas, parece deduzir-de desta crónica de Rui Tavares que foi exageradíssima a reacção de desagrado do governo português e de vários quadrantes políticos face à decisão do Ecofin que bem podia ter posto um pedra em cima do assunto mas preferiu, depois de uma centena de violações do défice das «regras», atirar-se a Portugal e à Espanha.

E, cheios de boa vontade, cumpre-nos por fim dar o generoso passo de concluir que foi  só por falta de espaço que Rui Tavares não se referiu às múltiplas declarações e atitudes de personalidades do «aparelho» europeu que mostram claramente que o que os faz correr é o propósito de ajustar contas com a solução política encontrada no pós 4 de Outubro e a política de rectificações desde então empreendida.

12 julho 2016

Não à política de vingança

As vozes da razão e do
bom senso que Bruxelas
não quer ouvir


Le choix de l'austérité envers et contre tous

"C'EST UN PROBLÈME LORSQUE L'UE FAIT DU DÉFICIT LA VALEUR SUPRÊME"
"Je suis effaré que dans un moment aussi particulier, avec le Brexit et la montée des mouvement europhobes, la seule réponse de l'Union européenne, au lieu de mettre en oeuvre plus de solidarité soit plus d'austérité",dénonce auprès de Marianne Yannick Jadot, député européenn EELV. Et de dénoncer ce "dogmatisme des 3%, alors même que depuis cinq ans, nous voyons bien que ces politiques d'austérité ne marchent pas. C'est un problème lorsque l'UE fait de la maîtrise des déficits la valeur suprême, élevée au-dessus de la démocratie et de la solidarité". 

Une annonce qui tombe bien mal. Après le Brexit,  - l'ancien président de la Commission européenne ayant choisi de s'offrir une retraite dorée chez les banquiers de Goldman Sachs - et les récentes révélations sur les pratiques d'évasions fiscales dans l'Union européenne, "le sentiment de rejet à l'égard de l'idée même d'Europe ne risque pas de s'estomper", regrette encore Jadot. Une variable qui, lorsqu'on ne scrute que des tableaux comptables, ne saute pas aux yeux. Sauf lorsque les peuples européens sont appelés à s'exprimer dans les urnes. Mais à ce moment-là, il est déjà trop tard.»

Na hora da verdade...

... os apoios a Portugal
 deram em «consenso»
contra Portugal


«(...) Mas, os ministros não foram sensíveis à argumentação de Mário Centeno. A decisão foi adotada por um consenso político entre os ministros, sem ter sido colocada a votação.
O Ecofin confirma que Portugal e Espanha "não vão reduzir os défices abaixo de 3% do PIB (...) dentro do prazo recomendado". Com esta decisão do Ecofin, desencadeia-se o processo de sanções, no âmbito do procedimento dos défices excessivos.
A Comissão tem agora 20 dias para recomendar uma nova decisão ao Conselho, nomeadamente a aplicação de uma multa aos dois países que pode atingir os 0,2 por cento do PIB. No caso de Portugal pode ultrapassar os 350 milhões de euros.
Mas, a partir de hoje, os dois governos têm dez dias para contestar a decisão e apresentarem argumentos, de modo a reduzir os valores da multa, que pode mesmo ser a chamada multa zero.Quando Bruxelas apresentar nova decisão e formalizar as sanções, os fundos estruturais relativos ao próximo ano são automaticamente congelados. O governo espera, porém, que seja possível travar o congelamento de fundos, antes da medida ter aplicação prática.(...)

Em 2003 foi assim :