07 março 2016

É costume mas não me conformo !

Para a edição impressa do
Público, 
o comício dos 95 anos
do PCP não existiu !



Não terá sido a primeira vez nem será certamente a última mas já dizia o poeta francês Guillevic que «é mau hábito a gente habituar-se».

Muito gostam eles deste viciado dilema

Eu diria mesmo mais:
mais vale passar fome
do que estar morto


Reparem também no desenho

Uma capa que diz muito



06 março 2016

Talvez mais do que tudo



«Aqui estamos a celebrar os noventa e cinco anos da criação do nosso Partido
Comunista Português, com a consciência da nossa própria razão de ser, com a
convicção dos nossos ideais e objectivos, num ambiente de grande confiança,
vitalidade e esperança no futuro.

Comemoramos, por isso, o nonagésimo quinto aniversário do nosso Partido com a alegria que nos é própria e que resulta de pertencermos a um Partido com uma história ímpar no panorama dos partidos políticos portugueses – um Partido com uma longa vida ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País.
Comemoramos o aniversário do nosso Partido no meio de uma intensa actividade e num quadro político complexo e exigente, como exigente foi sempre a luta que os comunistas portugueses travaram, ao lado dos trabalhadores e do povo, desde esse longínquo ano de 1921 que viu nascer este Partido quase secular e dar um novo salto qualitativo no processo de desenvolvimento do movimento operário português.
Um Partido que nascia, por vontade e decisão da classe operária e dos trabalhadores portugueses, e como corolário da sua luta, do seu amadurecimento social e político e materializar o milenar sonho de emancipação dos trabalhadores e de libertação dos oprimidos.
Nascia para ser uma organização diferente e afirmar um projecto político distinto e oposto ao das classes dominantes.
Nascia para concretizar uma intervenção autónoma da classe operária como sujeito histórico de transformação social e construir uma sociedade nova liberta da exploração do homem por outro homem – o socialismo e o comunismo.
Nascia e honrou no percurso da sua vida esses desígnios fundadores, mantendo e defendendo o seu traço distintivo, a sua identidade, firme no seu ideal, que não abandona os seus princípios, que assenta a sua intervenção e acção na sua ideologia – o marxismo-leninismo – sempre enriquecido pela experiência e pela vida, que não abdica da perspectiva e do objectivo da construção dessa sociedade nova.
Nove décadas e meia que nos separam e olhando para o percurso percorrido vemos um Partido com uma história notável, uma trajectória sem paralelo em defesa da liberdade, da democracia, por um projecto de futuro, ligando gerações de intrépidos combatentes, travando pequenas e grandes lutas e sempre presente nos momentos decisivos da vida do nosso País.
Partido da resistência anti-fascista. Partido da Revolução de Abril e das suas conquistas. Partido da resistência contra a política de direita e de recuperação capitalista. O Partido das grandes causas e de todos os combates contra a exploração, a opressão e as desigualdades, sempre presente nos momentos de resistência, transformação e avanço.
Partido que desde a sua criação foi sempre capaz, com os trabalhadores, com o povo e a sua luta, de ultrapassar os mais sérios obstáculos, as mais perigosas conjunturas, os mais sérios desafios e de colocar todas as suas forças, o saber e a dedicação dos seus militantes na concretização dos objectivos que melhor serviam o nosso povo e o nosso país.
Um Partido que é o resultado do sacrifício e abnegação dos seus heróis caídos na luta, dos camaradas que ao longo de décadas enfrentaram a repressão e dos muitos milhares que, com uma intensa e dedicada militância, foram suporte de uma excepcional intervenção e que se projecta hoje na vitalidade e força do PCP.
A todos eles a nossa homenagem e a determinação deste grande colectivo que é o PCP de assumir com honra o seu passado e a herança revolucionária!»

Jerónimo de Sousa hoje na Aula Magna
na íntegra aqui

95 ANOS

Parabéns, PCP!

AO ENCONTRO DO ENCONTRO

para que eu pudesse fazer o meu caminho pelo
caminho comum e partilhar o tempo
a invenção, o desejo, o trabalho e a luta por

uma terra sem amos


para que nas histórias lidas desde a infância
eu aprendesse a descobrir os meus
a articular aquelas palavras
sobre as quais o confronto ainda não terminou
e assim nos movem
para que eu pudesse sentir-me esperado sobre
esta terra tão dilacerantemente bela
e tão insuportavelmente devastada

para que tendo aprendido a falar eu tivesse
podido encontrar os outros na minha língua
para que eu pudesse olhar, estender as mãos
e encontrar o corpo do mundo
como a minha tarefa comum

para que eu viesse e pudesse chegar a esta reunião contínua
esta assembleia de homens
explorados e livres, oprimidos e
livres

foi necessário que a convocatória chegasse até mim
foi necessário que eles continuassem reunidos e me esperassem
foi necessário que tu tivesses vindo e chegado antes
que te tivessem acolhido e te tivessem transformado o nome próprio
em nome comum

Manuel Gusmão
(Via Maria Gusmão e Teresa Carvalho no Facebook)

05 março 2016

Porque hoje é sábado ( )

Marquis Hill



A sugestão musical de hoje traz até vós
 o trompete do norte-americano
Marquis Hill






03 março 2016

Contra a corrente

Deviamos estar-lhe agradecidos:
ela mostra-nos a grandeza da
sua ética e o mundo a que pertence


 
«Tenho de ganhar a vida, tenho três filhos para criar, o ordenado de deputada não me chega, o que é que querem, seus invejosos ?»

02 março 2016

O que é demais enjoa

D. Miguel II,
O Vaidoso


No último Expresso, começando por se referir a Eduardo Cabrita, escreve Miguel Sousa Tavares: «Ele foi um dos principais promotores do projecto de regionalização - defendido por todo o establishment partidário, sindical e autárquico e, mesmo assim, exuberantemente derrotado em referendo por um movimento de cidadãos de que tive a honra de ser co-fundador e participante activo».

Pois é, os mais altos píncaros da vaidade levam a isto: Miguel Sousa Tavares esquece-se, pura e simplesmente, que PSD e CDS fizeram campanha pelo «não», o que, como está bom de ver, pesou muito mais no resultado do que o movimento de que ele foi co-fundador.

Sob o governo do sr. Hollande

França : a ofensiva contra os
trabalhadores desmontada
ponto por ponto

aqui



O MEDEF é a confederação
 patronal francesa


29 fevereiro 2016