01 dezembro 2015

Fim dos exames da 4ª classe



No Público de hoje sentencia Paulo Rangel(...) Como se tudo isto não bastasse, a nova maioria — espelhando a precipitação inerente às contingências de um ajuntamento de minorias muito diversas — não se preocupou, nem por uns segundos, com a estabilidade dos sistemas de avaliação. Pior do que um modelo de avaliação que se possa haver por menos adequado é a constante mudança de modelos de avaliação. Não há aluno, nem professor, nem encarregado de educação que resista ao ritmo frenético das alterações de modelo de avaliação. Num ano, há prova de aferição, no outro, há exame. Num ano há exame, no outro, não há. Num ano, conta só a avaliação contínua, no outro, tem de ser ponderada com outras variáveis. Não é possível comparar avaliações, se os modelos respectivos mudam anualmente. Não é possível estabilizar métodos pedagógicos e estratégias educativas, se os sistemas de avaliação se alteram constantemente. Nada resiste à aluvião do radicalismo de esquerda selado nesta nova aliança.(...).

A tantas linhas, e tão generosamente aqui publicadas , respondo apenas com uma pergunta: 

Paulo Rangel  escreveu algo de semelhante quando, em 2013, o seu querido governo decidiu de supetão isto ?

30 novembro 2015

Reportagem de Paulo Moura no «Público» de domingo

Mesmo a não perder
a ler aqui

Ontem no «Público»

Entre carradas, duas pérolas 
da inefável Teresa de Sousa


A já antiga jornalista deve achar que o PS nunca «serviu» a direita quando fez um governo com o CDS e outro com o PSD ou quando Jaime Gama proclamava da sua bancada na AR que o PS tinha privatizado muito mais que a direita. E também deve estar conveniente esquecida que o PS sempre que foi chamado a formar governo minoritário ou maioritario (salvo uma vez para uma conversa puramente formalista para inglês ver) nunca consultou o PCP.

Quando qualquer pessoa com tino diz «a minha geração» seria suposto que se estivesse a referir às outras pessoas com uma idade próxima da sua (salvo erro, no caso T. de S., 63 anos) e, nunca por nunca ser, aos que tinham ideias semelhantes ou próximas das suas suas. Teresa de Sousa não é da minha geração, porque se fosse aqui estava um exemplo de carne e osso de alguém da sua geração que lutou bastante contra o fascismo mas não lutou contra o (fantasiado)«golpe comunista depois do 25 de Abril.» De qualquer modo, conheço umas boas dezenas de pessoas da geração de Teresa de Sousa que também não alinharam nesse combate dela. O que, se houvesse mais senso e menos ego, deveria fazer Teresa de Sousa perceber que não é dona da sua «geração».não haja um jornalista ou comentador que se lembre disto.

P.S.: é impressionante que, quando falam de 40 anos de relações (desavenças) entre o PCP e o PS, não haja um jornalista ou comentador que se lembre disto.

29 novembro 2015

Como o tempo passou...

Nos 50 anos 
dos Grateful Dead

Os Grateful Dead em 1970




Pacheco Pereira no «Público»

Palavras luminosas





(clicar para aumentar)

Um livro estrangeiro por semana ( )

La historia secreta de
las bombas de Palomares



Ed. Crítica, 20,90 E.


Apresentação: Em 17 de Janeiro de 1966, faz agora 50 anos, quatro bombas atómicas, 75 vezes mais destruidoras que as de Hiroshima, caíram numa povoado de Almeria que a partir de então ficou estigmatizado: Palomares. Afortunadamente, as bombas não produziram uma explosão nuclear em cadeia mas duas rasgaram-se contaminando um ampla zona, enquanto outra caiu ao mar e provocou uma massiva operação de busca e resgate da Marinha americana, no meio de  da censura mais estrita imposta pelo Pentágono e e pela ditadura de Franco. Os detalhes e consequências do acidente, um dos mais dramáticos da Guerra Fria, foram apagados e deformados até ao extremo de terem desaparecido os arquivos da Junta de Energia Nuclear. Esta obra revela a verdade silenciada durante décadas. Rafael Moreno  recuperou e descobriu centenas de documentos que foram mantidos ocultos ou secretos em arquivos espanhóis e norte-americanos e que permitem reconstruir a historia definitiva de porque aconteceu, o que se passou, o que realmente então ocorreu e qual foi a atitude das autoridades espanholas e norte-americanas durante todos estes anos de silêncio e desinformação.»

Chile, 42 anos depois...

Abre a exposição dos
muralistas mexicanos
cancelada pelo golpe de Pinochet



"La ruta a México es: Antofagasta, Lima, Panamá, México y escala técnica en esos lugares. Comuníquenlo al canciller Rabasa y díganle que cruce los dedos".

El texto corresponde a un telegrama enviado en septiembre de 1973 por Gonzalo Martínez Corbalá, embajador de México en Chile, antes de subir al avión que lo trasladó a su país junto a 180 obras de la exposición que se suspendió antes de su inauguración programada para el 13 de septiembre de 1973, en el Museo Nacional de Bellas Artes de Chile. Junto a él viajaban los familiares del presidente Salvador Allende.

La cancelación de la exposición se produjo en medio de la convulsión del golpe militar y sin que muchos se enteraran. La muestra Orozco Rivera Siqueiros. Pintura Mexicana presentaría al público chileno una de las colecciones de arte moderno más importantes del continente.
Cuarenta y dos años después y para celebrar el 25° aniversario del restablecimiento de relaciones diplomáticas entre México y Chile, ambos gobiernos han realizado un esfuerzo conjunto para reeditar esta muestra con una selección de las 76 obras originales y pertenecientes al Museo de Arte Carrillo Gil.»


28 novembro 2015

Porque hoje é sábado ( )

Ethel Central


A sugestão musical deste sábado é
dedicada ao quarteto norte-americano
Ethel Central




Para melhor perceber o «caso TAP»

Pare, olhe e leia !


«(...) Para além dos argumentos por mim enumerados nesse post [de 25.10], este acordo e o anexo aprovado em Conselho de Ministros parecem-me graves porque:
1. O Governo cancelou o primeiro processo de privatização da TAP alegando que o comprador não apresentou as necessárias garantias bancárias para a dívida da TAP. Agora, não só esquece essa condição como, na prática, mesmo que de forma implícita e indirecta, garante essa dívida ao comprador  sem quaisquer custos para este.
2. O caderno de encargos do concurso  para a privatização da TAP determinava que que a dívida da TAP teria de ser assumida pelos compradores.
3. No passado, o governo ofereceu garantias explícitas em relação à dívida da banca portuguesa, mas a banca foi obrigada uma comissão de pelo menos 0,4% do montante do ano. Além disso, essas garantias eram enquadradas por lei e por portaria próprias e a sua dimensão máxima aprovada pela Assembleia da República.
4. E interrogo-me como pôde o XIX Governo Constitucional, a 22 de Outubro de 2015,  comprometer o Estado com 766,7 milhões de euros de dívida contingente da TAP, sem autorização prévia da Assembleia da República ?
O contraste não podia ser maior: a Lei do Orçamento de Estado de 205 (artigo 145º), aprovada pelos partidos que suportavam o XIX Governo Constitucional, determina e bem que todos os actos e contratos superiores a E 350 000 têm de ser previamente fiscalizados pelo Tribunal de Contas.
Mas a assumpção pelo Estado de 766,7 milhões de euros de dívida contingente é feita em menos de 24 horas e sem qualquer controlo prévio ?
Assim não há contas públicas que resistam... »

As famosíssimas PPP

É sempre a aviar, 
perdão, a facturar!



no Público de hoje