21 outubro 2015

E esta noite

Jason Boland 
& The Stragglers




Saem umas orelhas de burro para a mesa do canto

Que grande calão !
Em furibundo artigo no Público de hoje contra a actual orientação da direcção do PS, o ex-deputado do PS, Victor Baptista, escreve a dado passo: 

Ou seja, o figurão esteve 12 anos na AR e ainda hoje não sabe distinguir uma moção de rejeição do programa e uma moção de censura. É obra !

É para já !

Consagrar o 20 de Outubro como
o Dia da Imprensa Portuguesa



Brincar é bom e eu gosto. Mas desta vez a coisa fia mais fino porque se percebe claramente  que, em outra conjuntura política, o DN não teria erguido esta soberba catedral da patetice jornalística. Sim, isto tem um arrepiante significado político e cultural que deve ser levado muito a sério.

20 outubro 2015

Dois pesos, duas medidas

Ora aqui está um ponto que 
pode ser muito importante ou talvez não


Na sua crónica de hoje no «Público», João Miguel Tavares, depois de defender à outrance o direito de Passos Coelho a ser o primeiro indigitado para formar governo sem que entretanto formule para tanto quaisquer exigências, requisitos ou garantias, já quanto a uma solução alternativa à esquerda, escreve o seguinte:
«O passo nebuloso de Cavaco Silva, e onde a sua intervenção se pode revelar decisiva, é este: se o governo PSD-CDS cair no Parlamento e António Costa vier a ser convidado pelo Presidente para formar governo, deverá ele ser indigitado sem um acordo sólido nas mãos? E se a única coisa que o líder socialista conseguir sacar ao PCP e ao Bloco for uma promessa de viabilização de um governo socialista e nada mais? Deverá, mesmo assim, Cavaco arriscar a indigitação de um primeiro-ministro que se armou em Popeye mas que foi perdendo todas as latas de espinafres pelo caminho?
Neste ponto, a resposta é tudo menos óbvia. Entre ter um governo de gestão desprovido de qualquer poder ou um governo abaixo de cão desprovido de qualquer legitimidade, venha o diabo e escolha. Cavaco tem de usar o seu peso político para impedir que tal aconteça. Desde logo, explicando a António Costa, ao PCP e ao Bloco que não podem continuar a negociar como se os ponteiros do relógio estivessem parados.
Se até ao final da ronda pelos partidos não houver frente de esquerda à vista, Cavaco tem mais é que encostar Costa às cordas, aconselhá-lo a ter juízo e pedir o óbvio: a viabilização de um governo de direita (...)».
E, assim, chegamos verdadeiramente a um espantoso suco da barbatana: ou seja, João Miguel Tavares defende que deve ser exigido ao PS tudo mas tudo o que não foi exigido 
a Passos Coelho e à PaF (e, de facto, não valia a pena pedir porque a coligação não tem com falar ou negociar e não pode garantir nada, nadica de nada).

Para que continuem

O que andam a soterrar


19 outubro 2015

Três à esquina a tocar a concertina ou...

... péssimo 
comunista me confesso



P.S. : O Observador atribui a Jaime Gama ou adianta ele próprio a ideia de que «Um dos momentos em que esta forma de actuar [dos comunistas] foi levada mais longe foi por Luís Carlos Prestes, dirigente máximo dos comunistas brasileiros, que em função de prioridades táticas, chegou a participar no governo que tinha prendido a sua mulher para a deportar para a Alemanha, entregando-a aos nazis.
Ora, sendo verdade que Prestes apoiou naturalmente o processo de democratização a que o ditador Getúlio Vargas foi obrigado a seguir à guerra, não tenho ideia nenhuma de que alguma vez Luiz Carlos Prestes tivesse sido ministro , como alías se infere da Wikipédia:
«Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado, elegendo-se Senador. Foi Senador de 1946 a 1948.[2]
Assumiu a secretaria geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), mas o registro do partido foi cassado, e novamente Prestes foi perseguido e voltou à clandestinidade.
Na Assembleia Constituinte de 1946, Prestes liderava a bancada comunista de 14 deputados composta por, entre outros, Jorge Amado, eleito pelos paulistas,Carlos Marighella, pelos baianos, João Amazonas, o mais votado do país, escolha de 18.379 eleitores do Rio, e o sindicalista Claudino Silva, único constituinte negro, também eleito pelo Rio.