15 outubro 2015

Este pessoal sabe muito pouco

Um pressentimento
que se confirmou



Quando, esta madrugada, vi online esta chamada de primeira página do «i», juro-vos que, para além das entorses do costume, dos comunistas como «os maus da fita», das citações e selecções de conveniência, logo tive o pressentimento de que, na respectiva peça, haveria de faltar um elemento muito importante.

É que o seu autor, Luís Marinho, escamoteia completamente que, em Janeiro de 1978, depois da queda do 1º governo de Mário Soares ( não por aprovação de uma moção de rejeição do PCP mas por rejeição de uma moção de confiança insensatamente colocada por Mário Soares), se realizaram intensas e afincadas negociações de carácter público entre o PS e o PCP com vista a um acordo de incidência parlamentar que viabilizasse um novo governo do PS. Esse acordo viria a falhar por causa da célebre página em branco do PS sobre a Reforma Agrária e sobretudo porque, como se veio a saber, o PS andava já a negociar com o CDS, com quem de seguida formaria o 2º governo constitucional.  É isto que não pode e deve ser esquecido quando de sobrevaloriza as chamadas «feridas de 1975».

E para que não se pense que estou a sonhar com ladrões garanto que, no arquivo fotográfico de um jornal como o «DN», há certamente fotos das declarações â imprensa após essas reuniões na António Serpa, em que, entre outros, figurarão Carlos Costa e Domingos Abrantes, pelo PCP e Jaime Gama pelo PS.

P.S. 1 : O autro da peça  cita como contribuição do PCP  a eleição de Mário Soares na 2ª volta das presidenciais de 1986 mas, para ser mais rigoroso e completo, deveria ter também citado a contribuição do PCP para a eleição de Ramalho Eanes na 1ª volta das presidenciais de 1980, ao lado do Secretariado Nacional do PS e com a hostilidade aberta de Mário Soares; e ainda a eleição de Jorge Sampaio logo na 1ª volta das presidenciais de  1995, derrotando Cavaco Silva.

P.S.2: de momento, não estou em condições de fazer prova documental do que afirmo mas, a propósito das tais «feridas de 1975», juro que para aí  uns dias depois dos incidentes do 1º de Maio de 1975, houve uma reunião entre o PCP e o PS que produziu um comunicado conjunto muito sereno e cordial.

Adenda: en
tretanto um leitor conseguiu  encontrar na página do PCP o referido comunicado (o que, melhor lembrado, não é de estranhar  pois tive algum papel na colocação online de muitos comunicados de 74 e 75).Dispõe assim e está aqui :


clicar para ler melhor

Sobre isto...

... faço minhas as palavras
de José Manuel Correia Pinto


notícia aqui

Barro à parede ou não...

... é necessário dizê-lo : isto seria uma escandalosa abdicação das funções
elementares do PR e uma objectiva 

vacatura do cargo


Nunca esquecer a Palestina




ler aqui em The Nation

14 outubro 2015

O velho volta ao ataque

Repetição para todos os que
pensam que tudo começou anteontem

Rui Tavares
hoje no Público : «o sucesso e o insucesso medem-se um ao outro: fizemos primárias, e o PS fez primárias; insistimos na convergência, e o BE começou a falar de convergência. Isso foi bom embora nos tenha ocupado o pouco espaço que tínhamos e impedido de levar a transformação que queríamos à Assembleia da República.»


Sobre isto, convém ter em conta isto no Programa Eleitoral do PCP para as eleições de 2015:«A alternativa é possível com o significativo reforço da influência do PCP e dos seus aliados na CDU. É possível com a ampliação da convergência das forças e sectores sociais, de todos os democratas e patriotas empenhados em romper com o rumo imposto pela política de direita. (...) Hoje, como sempre, o PCP assumirá as suas responsabilidades na procura de espaços e caminhos que agreguem vontades, libertem energias e potenciem a acção de todos aqueles, homens, mulheres e jovens, empenhados na concretização de uma política patriótica e de esquerda. 

E já agora recapitulação 
de Fevereiro de 2014:







Aqui 

13 outubro 2015

Melody Gardot

Ela volta sempre aqui

Paulo Portas em 2 de Maio de 2011

Reparem como ele fez 
campanha "descoligado" em 2011


"Eu sei que há muita gente que está indecisa. Há muita gente que sabe que não é possível votar no PS, porque nos trouxe ao ponto a que nós chegámos, e também muita gente que sabe que o PSD não é convincente e que não merece o prémio de um voto", frisou.

A epidemia de Outubro de 2015

Ó Raposinho, olha que, por detrás
dos números (800 mil votos perdidos 
pela PAF) há outras tantas pessoas !



Desde o dia 4, sem condições para o registar aqui, lá fui assistindo à mais alta concentração de mentiras, fantasias e javardices políticas de que tinha memória em tão curto espaço tempo. E, pronto, isto não acrescenta nada mas é só para que a história de «o tempo das cerejas» não passe ao lado da epidemia de raiva e trafulhice que atingiu a direita portuguesa.