29 setembro 2015

Por detrás das palavras, toda uma concepção

Os sonhos molhados de
Carlos César (Presidente do PS)


 (ouvir aos 2.2o m)

Tanto neste entrevista de rua como num comício ontem à noite nos Açores, Carlos César, Presidente do PS, afirmou que «votar no Bloco de Esquerda na CDU é o voto mais útil para a direita, a  seguir ao voto na própria coligação».

Para além de sublinhar, como repetidamente tenho feito, a falsidade política e numérica desta teoria de conveniência,acho que é tempo de desvendar que, por detrás destas palavas, o que está é o desejo de uma democracia amputada em que na AR só houvesse dois partidos -PS e PSD (ou talvez três, por favor ao CDS que pode ser sempre uma muleta não despicienda para o PS).

Conheça a coligação da «sensibilidade social»





DN de hoje

28 setembro 2015

Só coincidência, pois claro

Finalmente !

Perguntei ontem 



e leio hoje



Uma tarefa essencial : reavivar a memória (8)


ou de como o PS votou contra no Código
de Trabalho de Bagão Félix, depois
 aprovou no seu governo outro
ainda pior e, por fim, se absteve (violentamente, claro) noutro
do PSD-CDS !
(atenção às datas e clicar para aumentar)







27 setembro 2015

Faltava cá este!

Quando o PS dos
negócios entra na campanha




«Ou seja, o voto em formações como a CDU ou o BE poderão contribuir para que a direita ganhe. "Todos os portugueses que querem mudança têm de concentrar o seu voto no PS"» (António Vitorino aqui)

Face a isto, eu continuarei a repetir até às 24 hs. de dia 2 e de certeza que, como até aqui, ninguém dará o passo de me rebater:





Para o seu domingo, a jazzista romena

Ana-Cristina Leonte





Recordando o inesquecível

Novecento de 
Bernardo Bertolluci



filme agora reexibido na Argentina na sua
 versão integral de 5 horas



Ai de quem se deixar influenciar !

O que é demais já chateia !




A RTP e a Católica diziam aqui em 19/9: «O interesse deste tipo de sondagem (tracking poll) reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem de intenções de voto de cada um


Por outro lado, no inicio das diversas tracking polls todas as empresas explicaram  que diariamente saía da amostra um terço antigo de inquiridos e entrava um terço novo. É, ALIÁS, A DEFINIÇÃO QUE VEM NA WIKIPEDIA: «tracking poll is a poll repeated at intervals generally averaged over a trailing window.For example, a weekl tracking poll uses the data from the past week and   discard older data
Ora, para não despejar aqui toda a repulsa que esta história das tracking polls me causa como abastardamento da democracia, eu apenas pergunto ; porque é que a ficha técnica da «tracking poll» da RTP/Católica já não nos conta essa saída de amostra e entrada de outra e nos vêm dizer que obtiveram 936 inquéritos válidos ?
»

P.S.: E, já agora, perante tudo isto, porque é que a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social), a quem compete fiscalizar as sondagens publicadas, está caladinha que nem um rato ?

26 setembro 2015

Porque hoje é sábado ( )

Fernanda Cunha



A sugestão musical deste sábado  traz-vos
 a voz da cantora brasileira de jazz
 Fernanda Cunha.




Bofetada de luva branca ou ...

... palavras que
fazem a diferença




Não estou nada esquecido de muitas coisas detestáveis que Joaquim Vieira tem escrito mas não me importa de registar este seu sobressalto de bom-senso.

«(...) E perpetuar o statu quo significa dar predominância aos dois partidos que têm assegurado a alternância:entrão). PSD e PS (o centrão ). A prova é que as televisões (e de certo modo também as rádios) entenderam, do alto da sua potestade, que apenas os líderes desses partidos tinham direito a  debate em canais generalistas, os únicos a que toda a população tem acesso, ficando o resto, a existir, para o cabo, visto sobretudo pela classe média, mas só entre partidos com assento na legislatura cessante, sem inclusão sequer daqueles que as sondagens - tão acarinhadas pelos media - anunciam que entram no próximo parlamento.
Dizem que o critério é «jornalístico», porque só um daqueles líderes pode vir a chefiar o governo.Ora isso é uma perversão do acto eleitoral e da própria democracia. Do acto eleitoral porque as eleições não são para primeiro-ministro, mas sim para deputados. Da democracia, porque se deve considerar que, em qualquer eleição democrática,, à partida está tudo em aberto. A prova ? O actual primeiro-ministro dinamarquês não é o líder de um dos dois partidos mais votados nas eleições de Junho, mas sim do que ficou em terceiro lugar. Pelo critério dos media portugueses, ele não teria participado em nenhum debate pré-eleitoral para toda a audiência».

Joaquim Vieira é jornalista
e Presidente do Observatório da Imprensa