Já nem disfarçam, o lado
do PS é o do costume !
na capa do i
Entretanto, o Comité Central
do PCP declarou ontem:
«(...)O Comité Central condena o processo de ingerência e chantagem da
União Europeia e do FMI contra o povo grego e as suas opções, que
procura impor o prosseguimento e intensificação da política ao serviço
do grande capital e do directório de potências da UE, política que está
na origem da catastrófica situação económica e social daquele país.
O Comité Central condena a inaceitável postura de alinhamento do
governo PSD/CDS e do Presidente da República no processo de pressão
contra o povo grego, que é contrária aos interesses do povo e do país.
Face aos desenvolvimentos da situação, quando se anuncia a realização
de um referendo na Grécia no dia 5 de Julho e se multiplicam factores
de desestabilização, o PCP reafirma a sua firme condenação das manobras
da União Europeia e do FMI contra este país.
Este processo vem confirmar que a “União Europeia da coesão e da
solidariedade” não existe. Nas chamadas “negociações” e nas decisões do
Eurogrupo, a UE e o FMI nunca estiveram interessados em solucionar os
graves problemas do povo e da economia, mas sim impor uma maior e mais
brutal exploração dos trabalhadores e do povo gregos e uma nova extorsão
dos recursos daquele país. Tendo o euro como um dos seus principais
instrumentos de domínio económico e político pelo grande capital, a
União Europeia não hesita em espezinhar valores fundamentais
hipocritamente proclamados - como a democracia – para, humilhando e
esmagando a vontade soberana de um povo, tentar eternizar as políticas
de exploração dos trabalhadores e de favorecimento do grande capital.
O PCP reafirma a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo
gregos, que resistem e lutam contra as imposições da União Europeia e do
FMI, exigindo respeito pelo seu direito a tomar opções soberanas em
defesa dos seus direitos e interesses.
O PCP reafirma que a gravidade da situação e a violência da ofensiva
contra os povos exige uma posição firme de defesa da soberania face aos
instrumentos de dominação da União Europeia e do grande capital. (...)»