29 junho 2015

Recordando

Carlos Santana em 1970




ver aqui

Vale tudo incluindo tirar olhos

Mais dois para
as paletes de estupores




Especialmente...

... para os comentadores económicos
que povoam a nossa comunicação social

Ler aqui em Publico.es

Ninguém diga que não sabia

Já nem disfarçam, o lado
do PS é o do costume !


na capa do i

Entretanto, o Comité Central
do PCP declarou ontem:


«(...)O Comité Central condena o processo de ingerência e chantagem da União Europeia e do FMI contra o povo grego e as suas opções, que procura impor o prosseguimento e intensificação da política ao serviço do grande capital e do directório de potências da UE, política que está na origem da catastrófica situação económica e social daquele país. O Comité Central condena a inaceitável postura de alinhamento do governo PSD/CDS e do Presidente da República no processo de pressão contra o povo grego, que é contrária aos interesses do povo e do país.
Face aos desenvolvimentos da situação, quando se anuncia a realização de um referendo na Grécia no dia 5 de Julho e se multiplicam factores de desestabilização, o PCP reafirma a sua firme condenação das manobras da União Europeia e do FMI contra este país.
Este processo vem confirmar que a “União Europeia da coesão e da solidariedade” não existe. Nas chamadas “negociações” e nas decisões do Eurogrupo, a UE e o FMI nunca estiveram interessados em solucionar os graves problemas do povo e da economia, mas sim impor uma maior e mais brutal exploração dos trabalhadores e do povo gregos e uma nova extorsão dos recursos daquele país. Tendo o euro como um dos seus principais instrumentos de domínio económico e político pelo grande capital, a União Europeia não hesita em espezinhar valores fundamentais hipocritamente proclamados - como a democracia – para, humilhando e esmagando a vontade soberana de um povo, tentar eternizar as políticas de exploração dos trabalhadores e de favorecimento do grande capital.
O PCP reafirma a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo gregos, que resistem e lutam contra as imposições da União Europeia e do FMI, exigindo respeito pelo seu direito a tomar opções soberanas em defesa dos seus direitos e interesses.
O PCP reafirma que a gravidade da situação e a violência da ofensiva contra os povos exige uma posição firme de defesa da soberania face aos instrumentos de dominação da União Europeia e do grande capital. (...)»

27 junho 2015

Porque hoje é sábado ( )

James Taylor

A sugestão musical deste sábado vai para
o cantor norte-americano James Taylor




Em "The New York Times"

Krugman sobre a Grécia

«Tenho estado bastante calado sobre a Grécia, por não querer gritar Grexit num auditório cheio de gente. Mas ao ouvir os relatos das negociações em Bruxelas, algo tem de ser dito – nomeadamente, o que é que os credores, em especial o FMI, julgam que estão a fazer?

Esta devia ser uma negociação sobre metas para os excedentes orçamentais, e depois sobre o perdão da dívida que previne futuras crises intermináveis. E o governo grego concordou com metas que são até bastante altas, sobretudo considerando que o orçamento teria excedentes enormes se a economia não estivesse tão deprimida. Mas os credores continuam a rejeitar as propostas gregas com o argumento de que dependem muito dos impostos e não o suficiente em cortes na despesa. Continuamos ainda no ramo de ditar a política interna.

A suposta razão para a rejeição de uma resposta com base em impostos é que irá prejudicar o crescimento. A resposta óbvia é, estão a gozar connosco? Os mesmos que falharam redondamente em prever os estragos que a austeridade causou – vejam o gráfico, que compara as previsões no memorando de 2010 com a realidade – estão agora a dar lições aos outros sobre crescimento? Mais ainda, as preocupações sobre crescimento estão todas do lado da oferta, numa economia a funcionar pelo menos 20% abaixo da sua capacidade.
Previsões do FMI em 2010 para o crescimento da economia grega (a azul) e a realidade (a vermelho).
Previsões do FMI em 2010 para o crescimento da economia
grega (a azul) e a realidade (a vermelho).
Falem com as pessoas do FMI e elas vão falar da impossibilidade de lidar com o Syriza, a sua irritação com o exibicionismo, e por aí adiante. Mas aqui não estamos na escola secundária. E neste momento são os credores, muito mais que o Syriza, que estão a mudar as balizas de sítio. Afinal o que se passa? O objetivo é partir o Syriza? É obrigar a Grécia a uma bancarrota presumivelmente desastrosa, para dar força aos outros?
Nesta altura é preciso deixar de falar sobre o “Graccident”; se acontecer o “Grexit” será porque os credores, ou pelo menos o FMI, quis que isso acontecesse.»

 Traduzido por infoGrécia