28 março 2015

Porque hoje é sábado (525)

Anais Mitchell
& Jefferson Hamer


A sugestão musical de hoje vai para o duo
folk norte-americano
Anais Mitchell e Jefferson Hamer.




26 março 2015

Nenhum problema, também me acontece

As traições da memória

Na peça que o i publicou com o título acima, atribui-se a dado passo e com as aspas a seguinte afirmação a Henrique Neto:“Fui do PCP entre 1967 e 1975 e saí numa madrugada, às cinco da manhã… Eu estava no MDP mas era do PCP… quando se discutiram os SUV. Achei que aquilo era de doidos, porque podia dar uma guerra civil. Dar armas aos soldados, sem oficiais sem nada, achei aquilo uma coisa de loucos! De maneira que disse: ‘Comigo não.’ E aí desiludi-me mesmo”, contou ao i há dois meses. »

Devo esclarecer que tenho estima e consideração pessoal por Henrique Neto, além do mais por memória dos anos, antes e depois do 25 de Abril, que lutámos juntos e também porque o considero uma pessoa séria e que se move por convicções ainda que ache muitas delas equivocadas.

Dito isto, sublinho que, a respeito daquela sua afirmação, não o pretendo propriamente desmentir mas, dado que ele estava como eu no MDP, apenas informar do seguinte:

1.Não sei a que tipo ou nível de reunião Henrique Neto se refere mas o que sei é que nunca na direcção do MDP se discutou nenhuma entrega de armas aos SUV («Soldados Unidos Vencerão»).

2. Durante o tempo em representei o MDP na FUR, no final de 1975 e meses seguintes, por várias vezes, sempre que por lá aparecia o então célebre capitão Fernandes a querer falar de armas, eu logo avisava que, se esse tipo de conversa continuasse, a delegação do MDP abandonaria imediatamente a reunião.

3.Finalmente e ponto mais importante, parece-me saltar à vista ser estranhíssimo que fosse numa reunião de civis que se estivesse a tratar de entregar armas aos SUV pois estes é que estavam nos quartéis onde elas estavam e também me parece de uma grande vacuidade e fantasia a ideia de «dar armas aos soldados» sem para isso contar com os oficiais.

25 março 2015

Fim do dia com

Matthew E. White




A canção de Matthew E. White inspirada
 na morte de Phillip Seymour Hoffman

Estórias da História

Andrei Gromiko
ficou com a fama e...

Durante tempos infindos eu e outros da minha geração vimos, ouvimos e lemos chamar a Andrei Gromiko, ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS, de «senhor Niet» por causa dos vetos do seu país a propostas de decisão do Conselho de Segurança da ONU.

... os EUA com o proveito !

Agora, por acaso, acabo de ler na página 5 do El País de 21 de Março o seguinte:

Decisiones de veto

> Estados Unidos es el miembro del Consejo de Seguridad de la ONU que más a menudo ha ejercido su derecho de veto. Lo ha hecho en 79 ocasiones frente a las 10 de China.

En 41 ocasiones, la resolución vetada por EE UU estaba relacionada con Israel. Washington usó elk veto por última vez en febrero de 2011 respecto a un texto que consideraba ilegales los asentamientos construidos desde 1967 por Israel.
                                     
E agora pergunto:
quem me indemniza por um
tão prolongado engano ?