Quando uma vitória "à tangente"
significa mais 3 milhões e tal de votos
editorial do Público de hoje
Entendamo-nos: a mim, não me passa pela cabeça negar que Dilma Roussef tem agora menos votos do que há quatro anos ou que do conjunto das eleições agora realizadas no Brasil (designadamente para a Câmara) resultam consideráveis dificuldades políticas posteriores para Dilma e o PT e seus aliados mais próximos. Não, o que me chateia é esta mania de alguns media de só verem gravíssimas divisões num país e pequenas diferenças em percentagem se tratar da Venezuela e do Brasil e nunca repararem que, nos EUA, em 1992, Clinton é eleito com 43% dos votos, em 2004, Bush vence Kerry por 50,7% a 48,3%, isto para já não falar daquele momento de grande edificação democrática quando, em 2000, Bush é eleito com 47,9% quando Gore tinha tido 48,4%.