05 agosto 2014

Dois blogues para os «favoritos»

Lembrando muitos daqueles
a quem devemos a liberdade


Um blogue do Prof. João Esteves
aqui

Confiando no sentido de ironia dos leitores


«Os signatários, todos cidadãos com uma apreciável e por vezes longa intervenção na vida pública designadamente na defesa da economia de mercado e em oposição a intervenções do Estado que lesem o direito fundamental à propriedade privada, não podem deixar de manifestar a sua incredulidade e até indignação com os recentes desenvolvimentos verificados a propósito da situação do BES.

Com efeito, entre outras estranhas coisas, acabam de descobrir que o Banco de Portugal, obviamente espaldado na opinião do governo, pode impôr um Presidente para um banco, afastar gestores sem conclusão de qualquer inquériito ou processo legal, criar um novo banco e transferir para outro já existente alegados activos tóxicos, e tudo isto sem que tenha reunido qualquer Assembleia-Geral de accionistas que, à face da lei, são os legítimos e insubstituiveis titulares de direitos de propriedade sobre o BES.

Os signatários entendem recordar a este propósito que até o nefando e horrível gonçalvismo se deu ao cuidado de primeiro nacionalizar a banca e só depois adoptar as regras e procedimentos que, à época, entendeu convenientes.

Os signatários expressam por fim a sua firme convicção de que há nas decisões do Banco de Portugal e do governo matéria susceptível de eficaz impugnação jurídica com vista ao restabelecimento de principios essenciais do Estado de Direito e da confiança na economia de mercado. »

04 agosto 2014

Continuam a tratar-nos como parvos

Engenharias financeiras
e habilidades semânticas




Extracto da
comunicação de Carlos Costa:

Aqui chegados, é hora de reparar que o governador do Banco de Portugal nem sequer  se deu ao trabalho de responder a uma pergunta que instantaneamente muitos portugueses terão feito: «tá bem, tá, mas onde vai o Estado buscar o dinheiro para emprestar ao Fundo de Resolução ?».

É o Jornal de Negócios que nem toda a gente lê que, no parágrafo final abaixo, nos deixa uma pista sobre esta insignificante questão.


Sendo quase desnecessário salientar que é o Estado português o responsável e o garante por esta linha de crédito da troika cuja utilização obviamente não sai à borla.

Por fim, eu não posso deixar de gabar os méritos de prestidigitação que o pessoal do governo e do Banco de Portugal demonstraram no sentido de que as soluções adoptadas não custam nada nem ao Estado nem aos portugueses.

Mas foi pena que não me tivessem consultado porque, neste contexto de enganar a malta, eu tinha uma ideia interessante: publicava-se um decreto-lei a determinar que, durante cinco anos, os primeiros prémios prémios das raspadinhas, da lotaria, do totobola e do totoloto (e o 2º do Euromilhões depois de acordo com a UE) iam directamente para o BES e, com idêntica desfaçatez, passava-se a declarar que isto não envolvia nenhum sacrifício para os contribuintes.


03 agosto 2014

Estava na cara


Crónica de um
assalto anunciado...



E agora é só comparar com isto !

... entretanto, um tal senhor Costa,
sabendo que o Estado é que vai dar
esta «pipa de massa» ao Fundo de Compensação, tem a coragem
de dizer isto !


... e não foram os comunistas
que inventaram este termo



Para o seu domingo

Javier Alcántara



Words, words, words ?

Palpita-me que hoje é bom 
um dia para lembrar isto