04 agosto 2014

Continuam a tratar-nos como parvos

Engenharias financeiras
e habilidades semânticas




Extracto da
comunicação de Carlos Costa:

Aqui chegados, é hora de reparar que o governador do Banco de Portugal nem sequer  se deu ao trabalho de responder a uma pergunta que instantaneamente muitos portugueses terão feito: «tá bem, tá, mas onde vai o Estado buscar o dinheiro para emprestar ao Fundo de Resolução ?».

É o Jornal de Negócios que nem toda a gente lê que, no parágrafo final abaixo, nos deixa uma pista sobre esta insignificante questão.


Sendo quase desnecessário salientar que é o Estado português o responsável e o garante por esta linha de crédito da troika cuja utilização obviamente não sai à borla.

Por fim, eu não posso deixar de gabar os méritos de prestidigitação que o pessoal do governo e do Banco de Portugal demonstraram no sentido de que as soluções adoptadas não custam nada nem ao Estado nem aos portugueses.

Mas foi pena que não me tivessem consultado porque, neste contexto de enganar a malta, eu tinha uma ideia interessante: publicava-se um decreto-lei a determinar que, durante cinco anos, os primeiros prémios prémios das raspadinhas, da lotaria, do totobola e do totoloto (e o 2º do Euromilhões depois de acordo com a UE) iam directamente para o BES e, com idêntica desfaçatez, passava-se a declarar que isto não envolvia nenhum sacrifício para os contribuintes.


03 agosto 2014

Estava na cara


Crónica de um
assalto anunciado...



E agora é só comparar com isto !

... entretanto, um tal senhor Costa,
sabendo que o Estado é que vai dar
esta «pipa de massa» ao Fundo de Compensação, tem a coragem
de dizer isto !


... e não foram os comunistas
que inventaram este termo



Para o seu domingo

Javier Alcántara



Words, words, words ?

Palpita-me que hoje é bom 
um dia para lembrar isto




01 agosto 2014

Afinidades de classe

Em 40 anos não faltaram
oportunidades em que se justificava
mas nunca o ouvi dizer isto


Eu até o compreendi quando afirmou que, por razão de ligações familiares, ficaria calado sobre este caso. Mas afinal falou.

Dois pesos, duas medidas

Lembram-se quando não se podia
dizer nada de esquerda não fossem os
"mercados" enervarem-se ?
"Atão" e agora ?