Francisco Assis (agora apoiante de A.J. Seguro)
em artigo no Público de hoje
em artigo no Público de hoje
Feita merecidamente a notável citação (que representa a defesa de uma legislatura inteira de «abstenções violentas» do PS), à cautela convirá chamar a atenção para que basta este anterior post aqui para que ninguém imagine que ando a formular preferências sobre a disputa interna no PS. Não, não e não, não me passa pela cabeça imitar o Prof. Boaventura Sousa Santos que, certamente a pensar no radioso horizonte de uma alternativa e de uma política de esquerda, entre outras pomposas inanidades, vem hoje defender na Visão (segundo reprodução no facebook de A.P. Vargas) que «Os portugueses, sobretudo os que simpatizam com o PS, (...) Temem que o aparelho não veja o que todos os portugueses veem: Seguro perdeu a confiança dos portugueses antes de a ganhar. Justa ou injusta, esta é a decisão dos portugueses. E como em política a reabilitação dos líderes passa obrigatoriamente pela travessia do deserto, um luxo que o PS não se pode hoje permitir, Seguro deve ser prontamente substituído se o PS quer voltar a governar o país. Estará o PS à altura do momento? Pelos sinais que vamos tendo, se Seguro for substituído, não o será prontamente, o que, sendo um mal menor, pode ser devastador para o futuro da esquerda portuguesa. A primeira fase do processo de luta interna foi dominada pelo aparelho, como seria de esperar. Seguro tem a seu favor, não só a lei de ferro, como interesses internacionais e seus think tanks apostados na continuação das políticas neoliberais.(...)».
E só volto a acrescentar, olhando como exemplo os resultados das europeias, que na actualidade política nacional há hoje o insondável mistério de ver pessoas que, habitualmente, se declaram à esquerda do PS a desejarem muito um grande crescimento eleitoral do PS sem nunca se darem ao trabalho de explicar, tendo em conta que PSD+CDS devem estar no osso, à custa de quem é que isso se faria e com as consequências opostas às que verbalmente dizem desejar.