15 abril 2014

Nova sondagem de Março

Futuro da Europa: opiniões
divididas, pontos em comum




aqui

Ouça o novo álbum

Carlene - mais uma da família
Carter a dar cartas na «country»


Aqui, no NYT, terceiro artista
a contar do principio da página

14 abril 2014

"...M'espanto às vezes, outras m'avergonho " (Sá de Miranda)

Rui Tavares e a sua inovadora
e deslumbrante aritmética



A crónica de Rui Tavares hoje no Público arranca assim (sublinhados meus):«Há uns meses ouvi a historiadora Luísa Tiago de Oliveira resumir as teses do Congresso da Oposição Democrática de 1973, em Aveiro. O pormenor que mais chamou a minha atenção foi este: nas conclusões daquele encontro, a um ano do fim da ditadura, a existência de partidos políticos foi apenas mencionada uma vez, num parágrafo que também incluía cineclubes e sociedades recreativas. Entretanto, 44 linhas mais à frente, Rui Tavares já sentencia :  «Com a ditadura a durar bem mais do que uma geração, os laços de memória perderam-se e com eles a cultura partidária e parlamentar na grande maioria da população. Talvez por isso em Aveiro, em 1973, o caderno de encargos da oposição democrática se tenha esquecido dos partidos.».

Sublinhando que, por clássica desarrumação, não encontro agora o volume das conclusões do 3º COD na parte referente à situação política e por isso nem me importo de  dar como boa a descrição inicial de Rui Tavares, sinto-me na obrigação política e moral de anotar o seguinte:

1. Nem quero comentar que curtos-circuitos se estabelecem na cabeça de alguém que num sítio reconhece que as conclusões daquele Congresso de referem «uma vez» aos partidos políticos e noutro sítio já conclui que o «caderno de encargos  da oposição democrática se tenha esquecido dos partidos». 

2. Também não quero, por delicadeza pessoal e piedade política, demorar-me nesta tese implicita de Rui Tavares segundo a qual o que conta é o número de vezes que uma reivindicação política crucial é formulada e que leva o autor a considerar que uma vez é pouco e igual a zero, sem ter a caridade de nos explicar qantas vezes é que já estaria bem.

3. Quero sim dizer sobretudo que me parece muito penoso, desgostante e desagradável ver alguém que até é historiador a não perceber que, para além de tudo o mais, com todo o património de décadas da oposição democrática, quer de denúncia da ausência de liberdade (incluindo a proibição de partidos) quer de reivindicações políticas  como «a conquista da liberdade» e, concretamente, da liberdade «de organização política» (constantemente referida em teses ao 3º COD) , a livre formação e existência de partidos políticos fazia obviamente parte do programa da oposição democrática, como os fascistas alías muito bem sabiam e temiam.

Adenda em 15/4:
Na caixa de comentários, munido da documentação do 3º Congresso da Oposição Democrátiva, o leitor Victor Nogueira presta algumas relevantes esclarecimentos de que destaco o seguinte:



Haja respeito por estes pequenos dramas

Carta de um leitor entalado
pela pergunta de uma sondagem


Caro Vítor Dias:
Temendo que a comunicação social não acolhesse o desabafo que agora lhe remeto, venho pedir a atenção do seu blogue para a situação que acabo de viver como inquirido da sondagem da Pitagórica que hoje é publicada pelo jornal «i».
Com efeito, há alguns dias fui contactado por um entevistador para responder às perguntas dessa sondagem, entre as quais se incluia aquela que consta da imagem com os resultados em anexo. [à esquerda]
Para maior clareza tentarei, e por aí me ficarei, reproduzir o diálogo que o entrevistador e eu como inquirido da sondagem travámos de forma amena e cordial (tenho sempre respeito por quem está a ganhar a sua vida):

- entrevistador faz a pergunta sobre «os políticos» da ditadura e «os políticos» da democracia;

eu: desculpe se atrapalho mas eu só nasci em 1976 e se respondesse uma coisa ou outra seria mais por "ouvir dizer";

entrevistador: o «por ouvir dizer» é natural mas se não quiser escolher entre as duas opções pode sempre responder que «não sabe/não responde»

eu : mas olhe que, segundo li, tanto em ditadura como em democracia, por vezes acontece que os governantes são pessoalmente honestos  mas deixam os amigos roubar que se fartam;

entrevistador: terá de ter paciência mas isso agora não vem ao caso;

eu: seja, mas compreenda a minha situação: o senhor fala.-me dos «políticos » da democracia e eu pergunto-lhe: quais ? É que o meu pai sempre me disse, e eu acredito nele, que, entre outros, o Vasco Gonçalves era de uma honestidade à prova de bala e de uma poderosa grandeza moral mas eu não posso, só por causa dele, dar uma resposta que absolva a caterfa de corruptos que já vi nos governos posteriores;

entrevistador: está visto que não nos entendemos, será melhor pôr que «não sabe/não responde». Obrigado pela atenção; 

eu: obrigado ia sendo eu a escolher só o que vocês queriam.  
Receba as minhas cordiais saudações 

José Santiago Ramos 

Morreu em 12 de Abril

Fred Ho



Momento recreativo e autocrítico

Se é homem, certifique-se que
o seu penteado não parou no tempo


13 abril 2014

Sempre igual a si própria

Adivinhe o que
Teresa de Sousa se esqueceu
de contar sobre «o desfecho»



Não, não vou comentar em detalhe o quase infame artigo que Teresa de Sousa dá hoje à estampa no Público sob o título «O 25 de Abril e os seus capitães» e muito menos ainda as referências objectivamente caluniosas que dirige ao PCP. Gramo-a há tantos e tantos anos que julgo com isso já ter ganho o direito a essa dispensa. Mas aproveito uma parte do seu texto para criar uma certa interactividade neste blogue

Assim, já que ela escreve isto

eu convido os leitores a, na caixa de comentários, adivinharem  o que é ela sobre esta história convenientemente se  esqueceu de contar.

E pronto, o Audi vai para o
leitor Manuel Caetano que 
acertou ao dizer que Teresa de
Sousa se esqueceu de contar que,
na 2ª volta, Mário Soares só foi
eleito PR porque os eleitores
comunistas resolveram
derrotar Freitas do Amaral

Cambada de trampolineiros

O homem, coitado, não sabia
como se dizia Bruxelas em latim



Público hoje
Público há 4 dias

Portanto, agora já sabemos que, quando o secretário de Estado disse que «Roma falou», não se estava a  referir ao desmentido de Passos Coelho mas sim ao documento da UE que tem data de oito dias antes do famoso briefing «não digam que fui eu, digam só que foi uma fonte oficial». Ele disse Roma mas estava a pensar em Bruxelas.

Para o seu domingo, a brasileira

Giana Viscardi







12 abril 2014

Nesta gente, há algo que vem sempre ao de cima

Desculpem mas nem me dou ao
trabalho de explicar porque é que esta afirmação releva da reaccionarice,

do esquematismo, do elitismo e da consideração da liberdade como
um valor secundário


aqui
 Só gostava é que Barroso me fosse
capaz de explicar qual era a
«cultura de excelência» quando eu
era obrigado a estudar história
pelos livros do Mattoso pai.