18 março 2014

Um livro estrangeiro por semana ( )

Las Tres Bodas
de Manolita


 Edição da Tusquets, 22,90 E.


Fiesta de la Merced en la cárcel de Porlier,
el 28 de septiembre de 1940. / Efe / Cortés

»Almudena Grandes retoma en Las tres bodas de Manolita, el tercer volumen de sus Episodios de una guerra interminable, la fibra narrativa y el largo aliento galdosiano que atesoró el primero, Inés y la alegría (2010). En el segundo volumen, El lector de Julio Verne (2012), Grandes situaba el punto de vista de la narración en el corazón de la represión franquista contra el maquis. Una novela de aprendizaje entre las tinieblas de la clandestinidad y el miedo, un relato más lírico que épico. Ahora, el tercer volumen, cuyo subtítulo es ‘El cura de Porlier, el Patronato de Redención de penas y el nacimiento de la resistencia clandestina contra el franquismo, Madrid, 1940-1950’, abarca la descripción de una década de infamia física y moral bajo la etapa más cruel y vengativa del nacionalcatolicismo franquista.» (El País)

O 25 de Abril e...

... as reescritas da memória

Esclarecendo uma vez mais que nunca fui de amarrar ninguém ao seu passado mas o que, ao mesmo tempo, não tolero são as reescritas de histórias pessoais, encontrei ontem no DN, que tem em curso um inquérito que, em homenagem a Baptista-Bastos, pergunta a diversas personalidades «onde estava no 25 de Abril?», um José Miguel Júdice a contar o seu regozijo com esse dia histórico. Na sequência disso, também encontrei um antiga entrevista de J.M.J. em que declarava nunca ter tido nada a ver com a ditadura. Face a isto, só venho aqui acrescentar duas coisas: uma é que os seus colegas no seu tempo na Universidade de Coimbra muito se devem ter rido; e a outra é que se nunca teve «nada que ver com a ditadura» só se for do ponto de vista de que ainda estva mais à direita que o marcelismo. Como se pode ver por estas duas passagens de um ensaio de Riccardo Marchi na Análise Social:



(...)

Ilustração breve mas forte sobre...

... quem recebe e quem paga

 CM de ontem
JN de hoje

15 março 2014

Porque hoje é sábado ( 384 )

Angel Olsen

A sugestão musical deste sábado
vai para a cantora norte-americana
Angel Olsen, a quem o Ipsilon

do Público dedicou ontem um extenso texto.




14 março 2014

Uma grande figura de lutador

A ele, ao contrário de Blair,
nunca ninguém chamou "Tory" Benn


Em 1961 na Conferência do Partido Trabalhista
(mais fotos aqui

“We are not just here
to manage capitalism but
to change society and
to define its finer values.”

Paulo Rangel e Vital Moreira

Mais uma grande divergência:
um diz mata, outro diz esfola !

Para mim já sem a mínima surpresa, Vital Moreira veio dar aqui inteira  razão a Paulo Rangel quando este sustentou que há uma Constituição Europeia não escrita, acrescentando por suas palavras que « há uma verdadeira constituição europeia, que vincula os próprios tribunais constitucionais dos Estados-membros e que implica uma mudança substantiva no direito constitucional dos Estados-membros.». E proclamou que vai mesmo «mais além» de Rangel em dois pontos : um é que essa Constiuição é escrita (só pergunto porque é que então  quiseram impôr a derrotada Constituição Europeia); e o outro é que se verificou uma «forma de explícita autoderrogação constitucional com a revisão constitucional de 2004, que reconheceu a primazia do direito da União na ordem interna (CRP, art. 8º-4). Convém então ver o que diz, na Constituição Portuguesa,  o citado
Artigo 8.º
Direito internacional
(...)
4. As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas instituições, no exercício das respectivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático.

Lido este artigo, cabe-me agora dar alvíssaras a quem lá for capaz encontrar a ideia ou a palavra de «primazia» usada por Vital Moreira.
E também me cabe perguntar se Rangel ou Vital Moreira acham porventura que o artº 4º, nº 2 do Tratado de Lisboa não vale nada.
ARTIGO 4.º
(...)
2. A União respeita a igualdade dos Estados-Membros perante os Tratados, bem como a respectiva identidade nacional, reflectida nas estruturas políticas e constitucionais fundamentais de cada um deles, incluindo no que se refere à autonomia local e regional. 

Enfim, Deus nos protega destes eminentes juristas.

13 março 2014

Há 30 anos

A heróica greve de um ano
dos mineiros ingleses contra Thatcher



mais fotos aqui

The former coal mining communities in North East England form the subject of this elegant artists' film by American artist Bill Morrison. Their story is told entirely without words, yet the film is far from silent: it features a remarkable original score by Icelandic composer Jóhann Jóhannsson.
Focusing on the Durham coalfield, yet portraying a story of universal themes, The Miners’ Hymns depicts the hardship of pit work, increasing mechanisation, the role of trade unions in organising and fighting for workers’ rights, and the renowned annual Durham Miners’ Gala.
The Durham Coalfield extended from the River Tyne in the north, to Bishop Aukland in the South. Coal mining expanded rapidly across this area in throughout the 19th and 20th centuries and the population swelled. Much of the cultural and economic heritage of County Durham resulted from this growth in the mining industry which, at its height, employed almost all the non-agricultural population in over 300 mines.
The film cuts between archive footage from different eras spanning 100 years – from grainy footage of primitive conditions from early last century, through large scale mechanisation, and up to the historic year-long Miners’ Strike of 1984-5.
The Miners’ Hymns celebrates social, cultural, and political aspects of the now extinct industry providing a timely reminder of economic and political choices made a generation ago regarding the role of labour in a corporate-based economy – the repercussions of which continue to be felt today.







MI5 "counter-subversion"

Dame Stella Rimington (Director-General of MI5, 1992 – 1996) published an autobiography in 2001 in which she revealed MI5 'counter-subversion' exercises against the NUM and the striking miners, which included the tapping of union leaders' phones. However, she denied that the agency had informers in the NUM, specifically denying that then chief executive Roger Windsor had been an agent.[42]


Iron Hand
With all the clarity of dream
The sky so blue, the grass so green
The rank and file and the navy blue
The deep and strong, the straight and true
The blue line they got the given sign
The belts and boots march forward in time
The wood and the leather, the club and shield
Swept like a wave across the battlefield
Now with all the clarity of dream
The blood so red, the grass so green
The gleam of spur on Chestnut flank
The cavalry did burst upon the ranks
Oh, the iron will and iron hand
In England's green and pleasant land
No music for the shameful scene
That night they said it had even shocked the queen
Well alas, we've seen it all before
Knights in armour, days of yore
The same old fears and the same old crimes
We haven't changed since ancient times