06 fevereiro 2014

Desemprego ou...

... o admirável
mistério dos números




Segundo INE, e com vastos festejos do Governo, a taxa oficial (a real é outra coisa, está farto de ser demonstrado) teria baixado no último trimestre de 2013 de 15,6% para 15,3%, ou seja, teria baixado 0,3 pontos percentuais. Ora dois terços de 0,3 representam 0,2% pelo que se tem de concluir que, a ter havido quebra no desemprego, foi de 0,1 pontos. Como se vê, mais um grande "sinal positivo" sobretudo quando se sabe que, segundo os números oficiais os portugueses desempregad0s (cerca de metade sem qualquer subsídio) são

e, olhando estes números garrafais,
 façamos um esforço para ver pessoas
 e os seus dramas e amarguras.


aqui

05 fevereiro 2014

Só para quem tiver paciência

A ver se nos (des)entendemos



Alguns leitores estranharão porventura que, saindo dia sim dia não um artigo de alguma personalidade que vem mais uma vez lamentar ou criticar, em termos genéricos e sempre distribuindo equitativamente responsabilidades, a falta de «convergência» ou «unidade» à esquerda, eu esteja tão calado sobre o assunto. As razões desse meu silêncio conjuntural são graficamente exibidas lá mais para baixo. Entretanto, à parte isso, porque isto de ser velho e ter alguma memória as vezes estraga a «festa» de outros, por hoje só quero lembrar algo, no domínio da contextualização, que anda esquecidíssimo, a saber:

Durante cerca de 37 anos (e excluo os últimos três porque aí já mais gente parece ter acordado para o problema), o PCP defendeu infatigavelmente a necessidade da «unidade» ou «convergência» das «forças democráticas» ou «de esquerda» (com variações semânticas ao longo do tempo, como é natural) e, mesmo sem ter encontrado o mínimo eco designadamente no PS, não deixou de prestar à democracia, entre outros, o nobre e relevante serviço (em que pessoalmente mantenho o maior orgulho) de, pela sua orientação e indicações de voto, ter impedido a eleição como Presidentes da República do general Soares Carneiro (em 1980), de Freitas do Amaral (em 1986) e de Cavaco Silva (em 1996).

Durante esse longuíssimo período, esse apelo do PCP (sempre associado à premência de uma diferente política) foi, em regra, sempre tratado pela generalidade dos «media», comentadores e outras forças políticas como uma insuportável cassete comunista que não merecia qualquer ponderação razoável ou séria.

Isto significa mais concretamente que, tanto durante as governações da direita como das governações do PS (mesmo quando em minoria parlamentar) como ainda nas governações do PS com a direita, praticamente nunca houve qualquer sobressalto exterior ao PCP a favor da «convergência» das «forças democráticas» ou «de esquerda» e se é certo que algumas das personalidades referenciadas no início deste post sempre poderão dizer que não tinham idade para se ralarem com essas coisas, a verdade é que há muitas outras que viram o que eu vi e viveram o que eu vivi.

Finalmente, se não estou enganado e pode ser que seja um mero acaso, a verdade é que, nos dias de hoje, tenho a sensação de que, quando o assunto do dia é uma grave convergência do PS com a direita governante (aprovação do Tratado Orçamental, privatizações feitas por este governo mas que foi o PS que preparou, diminuição das indemnizações por despedimento, - etc.,etc. porque para não prejudicar a unidade não quer cometer a crueldade política de fazer uma lista exaustiva- não é publicado nenhum dos artigos a que me reporto - e nos termos que os têm caracterizado - sobre a «unidade das esquerdas».

E agora...





aqui em 16 de Maio de 2012







mais, muito mais, sobre estes temas
pode ser encontrado neste blogue
 pesquisando no canto superior esquerdo
 por temos como «alternativa»,
«plataforma», «convergência» etc.



Tenham dó, senhores dos "media"



JN
i

Estados Unidos da América

Aumento das
desigualdades reconhecido


aqui




03 fevereiro 2014

Perplexidades de um cidadão comum

Fica abaixo, não fica,
em que ficamos ?



Expresso de 25.1.2014
jornal «i»

Eu não duvido nem por um segundo que, comparando estas duas notícias separadas apenas por uma semana, os economistas tenham carradas de explicações até eventualmente simples para esta discrepância. Acontece que os cidadãos comuns não têm nenhuma  obrigação de ter cursado no ISEG ou em Economia da Católica e disto tudo só podem ficar comn a sensação de que alguém anda a enganar alguém (eu tenho opinião sobre quem engana). E talvez seja tempo de dizer que coisas destas também abandalham e degradam a democracia e ofendem e desrespeitam os cidadãos.

Custou mas foi


DN de hoje