18 setembro 2013

A social-democracia e a defesa do Estado Social, olé !

Apenas três discretas observações



A primeira é que qualquer cidadão têm o inalienável direito a não querer saber, a fingir que não sabe ou a achar que isto não tem a mínima relação connosco portugueses; a segunda que deixo para os leitores as conjecturas, previsões ou alertas sobre o que isto nos pode ensinar sobre um futuro político pós-legislativas em Portugal; e a terceira é que até aposto que os sociais-democratas holandeses em qualquer reunião da Internacional Socialista e do Partido Socialista Europeu deverão certamente ter assinado veementes proclamações em defesa do Estado Social.

Eu nem digo nada, a palavra a uma deputada do PS

Com todo o respeito,
mesmo em campanha eleitoral
há sempre espaço para uma abstenção (violenta ou nem por isso ?) do PS


Hoje, aqui, no facebook de Isabel Moreira

Tantos «mea culpa» e nicles !

Mordam a cenoura (as palavras)
que o pau (as medidas) vem a seguir !



Costa Concordia ou...

... cá o governo faz
o contrário ao país




17 setembro 2013

Esta noite continua a «dinastia» dos Guthrie


aqui, no New York Times,
o álbum integral Wassaic
(10º álbum a contar de início)

Há 16 anos

Desabafo antigo sobre certos
desabafos sobre as autárquicas

Não estando hoje virado para grandes explicações, só quero sublinhar que, um pouco quase de boca aberta, vejo carradas de opinadores a falar destas autárquicas como se nunca antes tivessem ocorrido outras e, sem deixar de reconhecer que a overdose de outdors a nível também de freguesias  aumenta o grau de exposição de certos ridículos, não posso deixar de considerar que muito do que se está dizendo nos media é, em grande medida, filho de falta de memória, de superficialidade e de truques analíticos velhos como a Sé de Braga.

E, por isso, com a minha genética falta de modéstia, me permito recordar uma crónica que sobre este exacto tema escrevi no Avante! há 16 anos, mais precisamente no dia 11.12.1997 e que rezava assim:

Mata e esfola
Servindo como exemplos de toda uma vaga de comentários e opiniões, na passada segunda-feira, os editoriais do «Público» e do «DN» juntaram-se os dois à esquina, não a tocar a concertina, mas a arrasar a campanha autárquica.

Dentro da sequência mata e esfola, um sentenciava que «o espectáculo dado por candidatos, governantes e dirigentes da oposição nesta campanha eleitoral é pobre de ideias, rico de insultos e branqueador sobre o papel do poder local». E outro falava de «uma classe política que, neste ambiente pré-eleitoral, tem dado de si uma assustadora imagem de mediocridade» e opinava que «o grau de reflexão entre os partidos(...) sobre a forma como se vive nas áreas metropolitanas, nas cidades e vilas deste país, é um zero absoluto».
Para além do velho truque das generalizações abusivas e do premeditado assassinato das diferenças, o que mais impressiona neste tipo de comentários são os três equívocos básicos que os sustentam e explicam.
Na verdade, como bem se calcula, os autores destes juízos tão severos e definitivos apenas sabem da campanha o que lêem nos jornais, ouvem nas rádios e vêem nas televisões.
Mas, primeiro equívoco, não têm a humildade de admitir e assumir que os «media» estão muito longe de ser um espelho da realidade e que, por isso, quando emitem as suas sentenças globais sobre a campanha, em rigor o que estão a comentar são tão só os aspectos da campanha e o escasso número de protagonistas eleitorais que os «media» decidiram seleccionar ou privilegiar.
O segundo equívoco decorre naturalmente do primeiro e corresponde a exilar e segregar do balanço global da campanha a acção generosa e civicamente relevante de milhares de candidatos que, longe dos holofotes das televisões e do interesse dos outros «media», estão prestando contas do trabalho desenvolvido, debatendo os reais problemas das populações e apresentando propostas fundamentadas e em muitos casos inovadoras para a gestão autárquica.

Finalmente, o terceiro equívoco é o de, nestes termos, não quererem perceber que o que também devia entrar nestes balanços globais da campanha, não era apenas o que for da estrita responsabilidade de «candidatos, governantes e dirigentes da oposição» (mas quais?) mas também o que é insofismável responsabilidade de meios de comunicação social que, em regra, acham que uma bofetada, dois incidentes, três insultos, quatro «frases assassinas» e cinco tiradas demagógicas interessam incomparavelmente mais do que quaisquer propostas programáticas e quaisquer reflexões sérias sobre os reais problemas das populações.
Entendamo-nos : não se trata de negar, proteger ou absolver aspectos de degradação da vida política que somos os primeiros a combater e de que somos os primeiros a querer marcar uma distância e uma diferença que a generalidade dos «media» não quer ver mas que os eleitores podem e devem premiar.
Face a algum atrevimento e arrogância circulantes, do que se trata é de lembrar que boa parte dessa degradação não teria um curso tão grande se os critérios dominantes nos «media» a não tivesse erigido como a verdadeira e a única «política» que interessa ao público.

Na Festa do «Humanité»

Zebda e Manuel Garcia
homenagearam Victor Jara








16 setembro 2013

Quem me manda a mim acreditar

Há 23 anos que espero
por uma manchete assim


Porquê ? Porque acreditei, aquando do  desencadeamento da 1ª Guerra do Golfo (1990), nas palavras de José Manuel Fernandes, Vital Moreira e tantos outros que nos garantiam que essa guerra iria conduzir a uma democratização geral no Médio Oriente, incluindo na Arábia Saudita e nos Emiratos.