Mordam a cenoura (as palavras)
que o pau (as medidas) vem a seguir !
18 setembro 2013
17 setembro 2013
Há 16 anos
Desabafo antigo sobre certos
desabafos sobre as autárquicas
desabafos sobre as autárquicas
Não estando hoje virado para grandes explicações, só quero sublinhar que, um pouco quase de boca aberta, vejo carradas de opinadores a falar destas autárquicas como se nunca antes tivessem ocorrido outras e, sem deixar de reconhecer que a overdose de outdors a nível também de freguesias aumenta o grau de exposição de certos ridículos, não posso deixar de considerar que muito do que se está dizendo nos media é, em grande medida, filho de falta de memória, de superficialidade e de truques analíticos velhos como a Sé de Braga.
E, por isso, com a minha genética falta de modéstia, me permito recordar uma crónica que sobre este exacto tema escrevi no Avante! há 16 anos, mais precisamente no dia 11.12.1997 e que rezava assim:
Mata
e esfola
Servindo como exemplos de toda uma vaga de comentários e opiniões, na passada segunda-feira, os editoriais do «Público» e do «DN» juntaram-se os dois à esquina, não a tocar a concertina, mas a arrasar a campanha autárquica.
Servindo como exemplos de toda uma vaga de comentários e opiniões, na passada segunda-feira, os editoriais do «Público» e do «DN» juntaram-se os dois à esquina, não a tocar a concertina, mas a arrasar a campanha autárquica.
Dentro
da sequência mata e esfola, um sentenciava que «o
espectáculo dado por candidatos, governantes e dirigentes da
oposição nesta campanha eleitoral é pobre de ideias, rico de
insultos e branqueador sobre o papel do poder local».
E outro falava de «uma
classe política que, neste ambiente pré-eleitoral, tem dado de si
uma assustadora imagem de mediocridade» e
opinava que «o
grau de reflexão entre os partidos(...) sobre a forma como se vive
nas áreas metropolitanas, nas cidades e vilas deste país, é um
zero absoluto».
Para
além do velho truque das generalizações abusivas e do premeditado
assassinato das diferenças, o que mais impressiona neste tipo de
comentários são os três equívocos básicos que os sustentam e
explicam.
Na
verdade, como bem se calcula, os autores destes juízos tão severos
e definitivos apenas sabem da campanha o que lêem nos jornais, ouvem
nas rádios e vêem nas televisões.
Mas,
primeiro equívoco, não têm a humildade de admitir e assumir que
os «media» estão muito longe de ser um espelho da realidade e que,
por isso, quando emitem as suas sentenças globais sobre a campanha,
em rigor o que estão a comentar são tão só os aspectos da
campanha e o escasso número de protagonistas eleitorais que os
«media» decidiram seleccionar ou privilegiar.
O
segundo equívoco decorre naturalmente do primeiro e corresponde a
exilar e segregar do balanço global da campanha a acção generosa e
civicamente relevante de milhares de candidatos que, longe dos
holofotes das televisões e do interesse dos outros «media», estão
prestando contas do trabalho desenvolvido, debatendo os reais
problemas das populações e apresentando propostas fundamentadas e
em muitos casos inovadoras para a gestão autárquica.
Finalmente, o terceiro equívoco é o de, nestes termos, não quererem perceber que o que também devia entrar nestes balanços globais da campanha, não era apenas o que for da estrita responsabilidade de «candidatos, governantes e dirigentes da oposição» (mas quais?) mas também o que é insofismável responsabilidade de meios de comunicação social que, em regra, acham que uma bofetada, dois incidentes, três insultos, quatro «frases assassinas» e cinco tiradas demagógicas interessam incomparavelmente mais do que quaisquer propostas programáticas e quaisquer reflexões sérias sobre os reais problemas das populações.
Entendamo-nos
: não se trata de negar, proteger ou absolver aspectos de degradação
da vida política que somos os primeiros a combater e de que somos os
primeiros a querer marcar uma distância e uma diferença que a
generalidade dos «media» não quer ver mas que os eleitores podem e
devem premiar.
Face
a algum atrevimento e arrogância circulantes, do que se trata é de
lembrar que boa parte dessa degradação não teria um curso tão
grande se os critérios dominantes nos «media» a não tivesse
erigido como a verdadeira e a única «política» que interessa ao
público.
16 setembro 2013
Quem me manda a mim acreditar
Há 23 anos que espero
por uma manchete assim
por uma manchete assim
Porquê ? Porque acreditei, aquando do desencadeamento da 1ª Guerra do Golfo (1990), nas palavras de José Manuel Fernandes, Vital Moreira e tantos outros que nos garantiam que essa guerra iria conduzir a uma democratização geral no Médio Oriente, incluindo na Arábia Saudita e nos Emiratos.
Um livro estrangeiro por semana ( )
Napalm
an american biography
Edição da Belknap Press, $21,86
Apresentação:«Napalm, incendiary gel that sticks to skin and burns to the bone, came into the world on Valentine’s Day 1942 at a secret Harvard war research laboratory. On March 9, 1945, it created an inferno that killed over 87,500 people in Tokyo—more than died in the atomic explosions at Hiroshima or Nagasaki. It went on to incinerate sixty-four of Japan’s largest cities. The Bomb got the press, but napalm did the work.
After World War II, the incendiary held the line against communism in Greece and Korea—Napalm Day led the 1950 counter-attack from Inchon—and fought elsewhere under many flags. Americans generally applauded, until the Vietnam War. Today, napalm lives on as a pariah: a symbol of American cruelty and the misguided use of power, according to anti-war protesters in the 1960s and popular culture from Apocalypse Now to the punk band Napalm Death and British street artist Banksy. Its use by Serbia in 1994 and by the United States in Iraq in 2003 drew condemnation. United Nations delegates judged deployment against concentrations of civilians a war crime in 1980. After thirty-one years, America joined the global consensus, in 2011.
Robert Neer has written the first history of napalm, from its inaugural test on the Harvard College soccer field, to a Marine Corps plan to attack Japan with millions of bats armed with tiny napalm time bombs, to the reflections of Phan Thi Kim Phuc, a girl who knew firsthand about its power and its morality.» (Primeiras páginas aqui)
15 setembro 2013
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