A troika não pode fazer horas extraordinárias, é?

E, de Norte a Sul, passando
pelas ilhas, atingidos por uma
estival epidemia de ingenuidade,
milhões de portugueses perguntam:

No DN de hoje

Uma mostruosidade com culpas alargadas

Volto a repetir: até já era uma
empresa pública no tempo do fascismo

Na foto  está um secretário de Estado qualquer a dar notícia de uma das mais criminosas e absurdas privatizações de que há memória. Mas podem nela imaginar antes a cara de Passos Coelho ou de Paulo Portas, para já não falar dos governantes de outro partido que abriram primeiro que ninguém caminho para isto. (sobre este assalto, anteriormente neste blogue, por exemplo, aqui, aqui e aqui).

E esta noite, na íntegra, o novo álbum

Night Still Comes
de Neko Case

e agora o novo álbum

<

para ouvir aqui

Não confundir opiniões de conjuntura com estrutura ideológica

As críticas dele ao governo
podem dar-nos jeito,
os disparates reaccionários não !

Na 1ª página do DE de ontem

Entretanto, tendo caído em pequenino

no caldeirão do espírito construtivo,
aqui deixo a minha sugestão para
a Constituição mais actualizada
e mais curta do mundo:

Adenda em 22/8: espero que esta proposta encha as medidas a João Miguel Tavares , o engraçadinho de serviço à última página do Público, que hoje, no quadro dos argumentos  de  vulgata  anti-Constituição portuguesa, vêm mesmo lembrar   que ela  é «oito vezes maior  (a sério) que aConstituição americana». O que o pobre do João Miguel Tavares se esqueceu de contar aos seus leitores é que a  Constituição americana foi aprovada há 226-anos-226 e que, embora ele não deva ter dado por nada, nos entretantos, se passou muita coisa na história da humanidade.

A história do estranho caminho para o êxito de

Sixto Rodriguez

Ler tudo aqui em El País

Mais «sinais positivos» !

Um senhor murro
nos distraídos e nos trapaceiros

Solidariedade europeia

Deutschland über alles...

... ou arqueólogos que não
procuram no país ao lado

Autor: António Pedro Santos do «i»

O Dia Mundial
da Fotografia foi ontem mas
foi hoje que eu gostei desta

Entendamo-nos: hoje não quero saber para nada das opiniões constitucionais da personalidade, só acho que a fotografia é extraordinariamente eloquente.

Fim de dia com o violino da norte-americana

Lindsey Stirling

A grossa questão está...

... quando, a golpes de psicologia
barata, se quer escamotear os
problemas de fundo

Não, não foi no «Blasfémias» mas sim num blogue de uma pessoa de esquerda que estimo que acabo de  ler o seguinte post: «Se, e quando, se verificar uma retoma económica em Portugal podemos falar de um milagre.E porquê ?Porque muito boa gente, por acção ou por omissão, norteada pelo fanatismo partidário, se esforçou e esbracejou para que tal nunca viesse a acontecer. Ao longo dos últimos anos temos assistido a um cortejo de premonições catastróficas, razias de descrédito e campanhas de descrença, capazes de vergar o mais optimista dos cidadãos.Se, e quando, se verificar uma retoma económica em Portugal há uma data de gente que vai ter um enorme desgosto.»

Acontece porém que uma prosa destas me impõe as seguintes observações:

1. Juro por tudo o que fôr mais sagrado que não ando a fazer esforços nenhuns para que não haja retoma e que até estou certo que mínima, pequena ou média algum dia ela acabará por acontecer,    sendo entretanto que isso,  só por si, não será tudo, como adiante tentarei explicar ao de leve.

2.  O que eu e muitos outros nos estamos recusando é a, conhecendo os condicionalismos e condicionantes estruturais da situação do país, embarcar na cruzada de optimismo  e cavalgar ondas artificiais de «sinais positivos»que parecem basear-se na ideia de que «a confiança» ou as «expectativas postivas», sendo importantes, são a chave decisiva para a inversdão da situação em  que Portugal caiu.

3. É esta atitude que, depois do enviesado tratamento noticioso  que foi dado ao comunicado do INE, parece voltar a revelar-se por exemplo na notícia  (ver imagem à esquerda)

de que a taxa de desemprego no Algarve  caiu 6,8% no Algarve em Junho» (olha a extraordinária admiração !). Ora peço desculpa se isto é pessimismo ou catastrofismo mas eu não posso ignorar que a mesma notícia me explica que a descida do desemprego no Algarve foi apenas de 1,4%  em relação há um ano e que, no conjunto do país, com o mesmo termo de comparação o desemprego subiu 5% e ainda que «o desemprego de longa duração continua a evidenciar-se como um dos piores flagelos, registando-se uma subida tanto em comparação com Junho (mais 1,1%) como o período homólogo de 2012 (mais 27,1%)».

4. Convém ainda não esquecer que se é verdade que,  fora de uma rota de significativo crescimento da economia, não há nenhuma perspectiva de alívio na situação nacional, também não deixa de ser verdade que até pode ocorrer crescimento e isso não travar o processo de empobrecimento dos portugueses e muito menos restituir-lhes o que lhes foi selvaticamente roubado nem resolver o problema crucial da insustentabilidade da dívida nacional.

5. Por fim, não descartando eu que a realidade possa surpreender até as mais assentes doutrinas económicas, o que seria mais urgente é que todos os «optimistas», a começar pelo pessoal do governo, nos explicasse como é que um corte próximo seja de 2  mil ou quatro mil milhões de euros favorece a recuperação e o crescimento económico.