19 agosto 2013
A grossa questão está...
... quando, a golpes de psicologia
barata, se quer escamotear os
problemas de fundo
barata, se quer escamotear os
problemas de fundo
Não, não foi no «Blasfémias» mas sim num blogue de uma pessoa de esquerda que estimo que acabo de ler o seguinte post: «Se, e quando, se verificar uma retoma económica em Portugal podemos falar de um milagre.E porquê ?Porque muito boa gente, por acção ou por omissão, norteada pelo fanatismo partidário, se esforçou e esbracejou para que tal nunca viesse a acontecer. Ao
longo dos últimos anos temos assistido a um cortejo de premonições
catastróficas, razias de descrédito e campanhas de descrença, capazes de
vergar o mais optimista dos cidadãos.Se, e quando, se verificar uma retoma económica em Portugal há uma data de gente que vai ter um enorme desgosto.»
Acontece porém que uma prosa destas me impõe as seguintes observações:
1. Juro por tudo o que fôr mais sagrado que não ando a fazer esforços nenhuns para que não haja retoma e que até estou certo que mínima, pequena ou média algum dia ela acabará por acontecer, sendo entretanto que isso, só por si, não será tudo, como adiante tentarei explicar ao de leve.
2. O que eu e muitos outros nos estamos recusando é a, conhecendo os condicionalismos e condicionantes estruturais da situação do país, embarcar na cruzada de optimismo e cavalgar ondas artificiais de «sinais positivos»que parecem basear-se na ideia de que «a confiança» ou as «expectativas postivas», sendo importantes, são a chave decisiva para a inversdão da situação em que Portugal caiu.
3. É esta atitude que, depois do enviesado tratamento noticioso que foi dado ao comunicado do INE, parece voltar a revelar-se por exemplo na notícia (ver imagem à esquerda)
de que a taxa de desemprego no Algarve caiu 6,8% no Algarve em Junho» (olha a extraordinária admiração !). Ora peço desculpa se isto é pessimismo ou catastrofismo mas eu não posso ignorar que a mesma notícia me explica que a descida do desemprego no Algarve foi apenas de 1,4% em relação há um ano e que, no conjunto do país, com o mesmo termo de comparação o desemprego subiu 5% e ainda que «o desemprego de longa duração continua a evidenciar-se como um dos piores flagelos, registando-se uma subida tanto em comparação com Junho (mais 1,1%) como o período homólogo de 2012 (mais 27,1%)».
4. Convém ainda não esquecer que se é verdade que, fora de uma rota de significativo crescimento da economia, não há nenhuma perspectiva de alívio na situação nacional, também não deixa de ser verdade que até pode ocorrer crescimento e isso não travar o processo de empobrecimento dos portugueses e muito menos restituir-lhes o que lhes foi selvaticamente roubado nem resolver o problema crucial da insustentabilidade da dívida nacional.
5. Por fim, não descartando eu que a realidade possa surpreender até as mais assentes doutrinas económicas, o que seria mais urgente é que todos os «optimistas», a começar pelo pessoal do governo, nos explicasse como é que um corte próximo seja de 2 mil ou quatro mil milhões de euros favorece a recuperação e o crescimento económico.
5. Por fim, não descartando eu que a realidade possa surpreender até as mais assentes doutrinas económicas, o que seria mais urgente é que todos os «optimistas», a começar pelo pessoal do governo, nos explicasse como é que um corte próximo seja de 2 mil ou quatro mil milhões de euros favorece a recuperação e o crescimento económico.
Em Agosto pode-se perder tempo com palermas destes
Sai um Tribunal Plenário para a
mesa do Abominável César das Neves ?
mesa do Abominável César das Neves ?
(...)
(...)
João César das Neves, no DN de hoje
P.S. muito importante:
P.S. muito importante:
Como, cheínho de medo, não quero ficar no lugar do Óscar Mascarenhas, apresso-me a chamar a atenção para que o título deste post termina com um ponto de interrogação. E declaro que, com a mesma sinceridade e tranquilidade com que em 1963, para efeitos do exercício de funções públicas, assinei a célebre declaração de «activo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas» também agora estou pronto a assinar qualquer declaração manifestando o meu activo repúdio de qualquer tentação de chamar fascistas a energúmenos que são "apenas" reaccionários e talassas de alto coturno que, se tivessem tido oportunidade, teriam convivido e colaborado harmoniosamente com o fascismo.
18 agosto 2013
17 agosto 2013
Porque hoje é sábado (338)
Maite Hontelé
A sugestão musical de hoje vai para
Maite Hontelé, a trompetista de salsa
nascida na Holanda e radicada na Colômbia.
Que Bonito, com Oscar Leon
Há séculos que não há
No dia 9 de Setembro,
também quero nas 1ªs páginas
uma foto do comício da Festa
do Avante! tirada do palco
também quero nas 1ªs páginas
uma foto do comício da Festa
do Avante! tirada do palco
DN
JN
Não desespere
Se não percebeu de que
país e de que povo ele falou,
a imagem explica tudo
- e outra ainda, para sublinhar que está
tudo dito quando um primeiro-ministro,
voltando a «ameaçar» o TC,
vem falar de «riscos» e «barreiras
constitucionais» que cidadãos decentes
só podem ver como respeito da legalidade
e garantia de direitos e princípios constitucionais.
país e de que povo ele falou,
a imagem explica tudo
Portugal na vanguarda da revolução científica:
já temos teletransporte !
já temos teletransporte !
Tirando isto, só três notas:
-uma, para lembrar outra vez o título do
recente comunicado do INE:
recente comunicado do INE:
- outra, para referir que Passos Coelho
disse que "há dois anos os portugueses
votaram sabendo o que os esperava";
fica então outra vez aí o vídeo do
que ele disse em pré-campanha
e em campanha;
disse que "há dois anos os portugueses
votaram sabendo o que os esperava";
fica então outra vez aí o vídeo do
que ele disse em pré-campanha
e em campanha;
- e outra ainda, para sublinhar que está
tudo dito quando um primeiro-ministro,
voltando a «ameaçar» o TC,
vem falar de «riscos» e «barreiras
constitucionais» que cidadãos decentes
só podem ver como respeito da legalidade
e garantia de direitos e princípios constitucionais.
16 agosto 2013
Hoje à noite, mau «teatro» a Sul
a base do PSD mas de que não
se falará logo no Pontal
manchete do «i»
Entretanto um jornal fez-nos a favor de lembrar o que Passos Coelho afirmou há um ano no Pontal:
E agora só falta saber se hoje levará o descaramento ao ponto de dizer que os dados do 2º trimestre, que em nada desmentem a probabilidade de a recessão neste ano se ficar pelos -2%, só mostram que há um ano ele viu longe !
Subscrever:
Mensagens (Atom)