23 março 2013

Aqui estão elas

A inolvidável "ruptura"
e a potente 
afirmação
de soberania nacional


na 1ª página do Expresso de hoje


Impressionante: António José Seguro tem medo que o FMI, o BCE, a UE e a Embaixada dos EUA (!!!!!) não leiam a imprensa portuguesa e vai daí  escreve cartas a tranquilizar os «protectores» do «protectorado». Pior talvez: uma coisa é saber-se que uma moção de censura não vai ser aprovada dada a maioria parlamentar existente; outra, é apresentar uma moção uma moção de censura e declarar em simultâneo que «eleições não são prioridade». Dizer isto é exactamente o mesmo que confessar que, se a moção de censura pudesse ser aprovada, nunca o PS a teria apresentado. Como se vê, estamos bem servidos.

Porque hoje é sábado (318)

Aidan John Moffat

A sugestão musical de hoje vai para
 o cantor escocês Aidan John Moffat.





City of Love

22 março 2013

Voltando sempre a

June Tabor


Óscar Lopes e João Honrado ou ...

... na morte de dois
queridos camaradas

No mesmo dia, chega a notícia, triste como sempre, da morte de Óscar Lopes e de João Honrado, dois homens verticais e corajosos que, com formações, personalidades e percursos diferenciados, tinham em comum a pertença por muitas e muitas décadas à vida, à história e à intervenção do PCP na sociedade portuguesa. Porque João Honrado, antigo empregado de escritório, alentejano de quatro costados, e funcionário clandestino e depois legal do PCP, por sinal também dado às letras , compreendia perfeitamente a importância  e o papel de um grande intelectual e destacado vulto da cultura nacional como Óscar Lopes (que, ainda adolescente, comecei a ler no suplemento cultural de «o Comércio do Porto») e porque Óscar Lopes compreendia a importância e valor de combatentes menos conhecidos como o João Honrado é que me sinto à vontade para os juntar aqui nestas pobres mas doridas palavras de despedida.

A moção de censura do PS

Lá teve de ser, não é ?


Para falar com inteira franqueza e genuina convicção, terei de dizer que esta moção de censura do PS é uma iniciativa de cuja sinceridade é legítimo duvidar tendo em conta que o PS não votou as anteriores apresentadas pelo PCP e pelo BE e tendo em conta o indecente comportamento do PS ontem no debate do projecto de resolução apresentado pelo PCP a favor da demissão do governo.

P.S.: Já quanto à «gritaria» do PS sobre o aumento do salário mínimo nacional, peço desculpa por me recusar a fazer política sem memória. Por isso, volto a lembrar que há apenas dois meses e meio as coisas eram assim.

21 março 2013

O PCP hoje na AR

Não é um simples grito de alma,
é uma
inadiável exigência popular



"É preciso acabar com este governo
e com esta política,
antes que acabem com o País."

Francisco Lopes, hoje na AR
(Aqui, projecto de Resolução do PCP
 discutido hoje na AR)




Bernardino Soares, hoje na AR
(ou aqui)

Grande jogada

Ó (r)Elvas, Ó (r)Elvas, perdão,
ó Seguro, ó Seguro, Sócrates à vista


Declarações politicamente correctas:

António José Seguro : «Ter sido primeiro-ministro não se pode converter numa capitis diminutio de um cidadão no exercício dos seus direitos de intervenção no espaço público e na intervenção política. Estou certo que o meu camarada José Socrates virá enriquecer e dar mais diversidade ao panorama do comentário político em Portugal».

Miguel Relvas: « Não fui previamente informado ou consultado sobre esta escolha que pertence exclusivamente aos órgaos da RTP com competência nesta matérias. Jamais interferi e jamais interferirei  na autonomia da RTOP em matéria de informação e programação».

José Sócrates: « Não percebo o espanto por eu não ir ter qualquer remuneração pelos comentários que passarei a fazer na RTP. Julgava eu que, num tempo em que se procura diminuir e achincalhar todos os políticos, se entendesse que, desta forma, procuro sinalizar que há quem seja capaz de se mover apenas pelo gosto de contribuir para a reflexão colectiva sobre os problemas do país.»

Desabafo de um telespectador
"comum" após o primeiro programa
« Não fixei nada do que ele disse,
só sei que voltou !»


20 março 2013

Há 10 anos, começava a guerra contra o Iraque

Um texto que vale a pena ler


A primeira página do Avante!  dedicada à grande manifestação de 15 de Fevereiro realizada em Lisboa e em cuja primeira fila desfilaram Carlos Carvalhas, Mário Soares, Maria de Lurdes Pintasilgo e Francisco Louçã. Ferro Rodrigues não compareceu porque à mesma hora teve um encontro com Durão Barroso, então primeiro-ministro.

Juan Diego Botto*
Se cumplen diez años de la invasión de Irak. Diez años de aquel acto ignominioso que produjo cientos de miles de muertos y millones de desplazados, aquella guerra que destrozó todas las estructuras sociales que sostienen un país. En su momento, la invasión fue descrita como un golpe de Estado internacional. EE UU y sus escasos aliados se enfrentaban al mayor rechazo jamás organizado contra una guerra, muy por encima incluso del que en su día se vivió contra la intervención norteamericana en Vietnam. Quizá por ello pusieron todo su poderío propagandístico, político, diplomático y militar encima de la mesa para ganar una batalla que para ellos tenía tanto valor estratégico y económico como simbólico. Torcieron la ley internacional con mentiras de corto recorrido para entrar a sangre y fuego en el país donde, entre el Tigris y el Éufrates, nació nuestra civilización.
No creo estar exagerando. Las armas de destrucción masiva que justificaban la intervención, aquellas armas que nuestro presidente de entonces nos juró que existían, aquellas que iban a ser usadas de forma inminente contra la humanidad, nunca fueron halladas. No existían. Después llegaron los crímenes de guerra, el asesinato de periodistas, protegidos por las leyes internacionales que rigen las guerras, los casos de torturas y los asesinatos indiscriminados de civiles por parte de tropas regulares o de mercenarios. Y después, cuando todo se derrumbó, los conflictos sectarios.
“No queda nada, casi todos mis amigos están muertos o se han ido, no hay nadie al otro lado del teléfono cuando marcas números de Irak, ya nadie deja las puertas de las casas abiertas, los teatros están vacíos, no hay música, solo hay miedo”. Así me hablaba hace unos años Jamal, un amigo bagdadí que ahora reside en Noruega. Jamal pasó por la cárcel de Abu Ghraib, sufrió en sus carnes la tortura y le ha costado mucho esfuerzo enterrar sus lágrimas para seguir adelante, para no derrumbarse cada día al recordar una vida que ya no volverá en un país que ya no existe. No era él un hombre afín al régimen, de hecho no se libró de las cárceles de Sadam, pero desde el primer momento se opuso a la entrada de tropas invasoras en su país. Hoy, en la distancia, Jamal trata de educar a sus dos hijos en el amor a un pueblo que ellos casi no recuerdan.
Han pasado diez años de la guerra de Irak, diez años del NO A LA GUERRA. Una redactora de EL PAÍS me ha pedido que hable de lo que supuso el activismo de aquellos años, qué relevancia tuvo la protesta que tantos ciudadanos llevamos a cabo en España. Pero me da pudor hablar de nosotros, no puedo evitarlo, no puedo dejar de pensar en ellos, que lo perdieron todo y que lo entregaron todo. En ellos, por quienes nos manifestábamos.
Con respecto a nosotros, solo puedo decir que mereció la pena. Una y mil veces mereció la pena. Uno no lucha por la justicia solo porque crea que tiene opciones de triunfar, sino precisamente porque cree que los motivos de la movilización son merecedores de esa lucha. Ganar no es la medida de lo digno, de lo noble, de lo justo. Solo diré que vencimos en dignidad, en dejar claro que el pueblo español, de forma mayoritaria, rechazaba la guerra.
Aquello permitió que hoy podamos mirarnos a la cara sabiendo que hicimos todo lo posible. Aquello tejió redes de solidaridad y de activismo que se mantienen a día de hoy, y supuso la mayor implicación en la vida pública de toda una generación, así como su despertar a la política. Y cuando digo política me refiero a la política, a la actitud que se preocupa por lo colectivo no en sentido partidista.
Aquello permitió a toda una generación aprender algo que hoy es más importante que nunca: la realidad la debemos configurar nosotros y no delegarla en otros cuyos intereses son muy distintos a los nuestros. La historia es lo que nosotros, con nuestra implicación y lucha, hacemos de ella y depende de nosotros cambiar las cosas. Si creen que estoy exagerando, simplemente háganse esta pregunta: ¿Qué pensarías de ti mismo si nunca hubieras gritado NO A LA GUERRA?
*Juan Diego Botto, actor, participó activamente en las movilizaciones contra la guerra de Irak.
No El País de hoje.

Mais do que um nome, uma vida de combate

Salut Angela !




entrevista aqui

Rima e é verdade

Vale a pena dizer não,
coisa que Passos e Gaspar
nunca aprenderão




A notícia não o diz mas, entre os 36 votos contra, estiveram os 28 votos do AKEL, o partido comunista de Chipre.