24 janeiro 2013

E hoje, 45 minutos com a cantora do Mali

Fatoumata Diawara


Trabalhos do português em Ipad

Jorge Colombo assina
próxima capa da The New Yorker




Diz Jorge Colombo no seu blogue: There’s always a lot of us proposing art for The New Yorker, and even the accepted pictures may take some time to appear on the cover. Such was the case with my piece on this week’s issue. Read about it in the magazine’s blog entry by Françoise Mouly and Mina Kaneko.

"Post" em violação dos direitos do «Público»

Luís Afonso, uma águia
política no mundo dos cartoons




Obama, a pobreza e os pontos nos is

As mesmas oportunidades ?


No seu discurso de posse, Obama afirmou :
«We are true to our creed when a little girl born into the bleakest poverty knows that she has the same chance to succeed as anybody else because she is an American, she is free, and she is equal not just in the eyes of God but also in our own.”


What Obama's Inaugural
 Address Got Wrong About Poverty

23 janeiro 2013

Uma banda norte-americana com um nome extraordinário

Communist Daughter






Fazia cá falta o Sttau e a sua Guidinha

Milonga triste sobre um dia
que alguém chamará de «histórico»



Era o dia 23 de Janeiro de 2013 e, por força dos telejornais e dos títulos da imprensa, lidos na mão ou nas bancas, no país não se falou mais  nem dos efeitos do vendaval nem do milagre de Alfarelos, o «regresso aos mercados» acariciou a pele, lavou os olhos e ocupou e adoçou o pensamento de toda a gente, a viúva pensionista que costuma contar os cêntimos para escolher os remédios que levava disse à empregada da farmácia «olhe nenina, escolha aqui na minha carteira, amanhã é outro dia, melhor pela certa», o dono do restaurante que estava para encerrar definitivamente arrancou o cartaz contra o IVA a 23%  e suspirou «talvez regressem os clientes», o casal de desempregados sem subsídio trocou à mesa um olhar com brilho e esperança, o jovem licenciado que ia emigrar saiu em Vilar Formoso e perguntou qual era o próximo combóio para regressar a Lisboa, o estudante sem dinheiro para as propinas pediu um bejeca e fez um brinde ao acontecimento, os gráficos dos indicadores ficaram de pernas para o ar a dar os resultados contrários, enfim, em toda a parte onde até hoje gritava a dor, o sofrimento e angústia pelos mais variados e justificados motivos, uma luz de confiança e um sopro de optimismo se afirmaram. E, no meio deste cenário feito de papel e de frames televisivos, só destoou um blogger quase septuagenário que, de rosto fechado e testa franzida e, por código genético, impenitente velho do Restelo, desabafou na sua imensa e amargurada solidão :«grande festa, bela perspectiva : fazer  mais dívida para pagar os juros da dívida, vamos bem».

É fartar vilanagem !

Tanto paleio contra o Estado e afinal...


Em boa verdade, o que esta notícia nos diz é que, suprema inovação e desarrincanço, os nossos impostos vão servir pagar indemnizações aos trabalhadores despedidos pelas empresas, com o aplauso das confederações patronais que, de repente, se esqueceram que têm passado a vida a clamar contra a excessiva interferência do Estado na economia e na vida das empresas.

"Fait-divers" ou talvez não

Uma coisa é ouvir dizer,
outra é ver uma imagem indiscutível

Sim, talvez desde os primeiros anos de liceu que sabia disto por transmissão oral de pessoas mais velhas mas outra coisa é encontrar agora uma imagem e um texto que confirmam plenamente a «história».

Com efeito, na pág. 370 de A Vida Privada em Portugal - Época Contemporânea (dirigida por José Mattoso e editada pela Temas e Debates - Círculo dos Leitores), é possível encontrar a imagem acima da capa do Notícias Ilustrado de 27 de Agosto de 1933 e o seguinte texto de Irene Vaquinhas: «É geralmente sob a designação de «duelos» que os desafios desportivos são encarados, seja no ciclismo entre José Maria Nicolau e Trindade (este último e César Luís),  ou no futebol entre «verdes e vermelhos» ou «Sporting e Benfica» (...). Esclareça-se que a designação «vermelhos» será substituída por «encarnados a partir de 1936, como forma de evitar conotações com o lado comunista ("rojos") que combatia na Guerra Civil de Espanha (1936-1939).»

22 janeiro 2013

Ó tempo volta pra trás

Mudança de papéis


Embora sabendo que o assunto não se esgota aqui e que isto é um detalhe dentra da desastrada orientação geral do governo, apetece-me fazer minhas as palavras de Coelho, Gaspar, Portas & Economistas Associados há um ano ou mais, salientando que estamos perante uma iniciativa absolutamente «radical» e «irresponsável» que expõe perigosamente o país à fúria dos «mercados» fornecendo aos nossos credores acrescidos motivos de desconfiança.

Paulo Rangel ou...

... um adjectivo para servir
uma pobre vingança reaccionária


Em artigo hoje no Público, Paulo Rangel, deputado do PSD no Parlamento Europeu, em vez de brindar a CGTP com os epítetos que a direita classicamente lhe dedica, resolveu inovar chamando-lhe, com manifesto intuito depreciativo, «a velha CGTP-Intersindical». É possível que  o adjectivo tenha sido escolhido para caracterizar as posições, orientação ou propostas da CGTP mas, nessa hipótese, só cabe dizer quão modernas estão a ser as propostas e medidas oitocentistas do partido do dr. Rangel e do seu governo. Mas se, entretanto, a escolha do adjectivo «velha» foi ditada por critérios de idade, então será caso para dizer que Paulo Rangel (n. 1968) é mais velho  dois anos que a CGTP (n.  1970) e que se a CGTP é de facto quatro anos mais velha que o PSD isso só quer dizer que não precisou de esperar pelo 25 de Abril de 1974 para dizer «presente !» na luta em defesa dos trabalhadores e pela conquista da democracia.