Sinal dos tempos, ao escrever e desenhar esta manchete o JN sabe que não há nenhum perigo de, lendo só as gordas, alguém pensar que milhares de estudantes foram isentos de pagar propinas, sendo absolutamente certo que os seus leitores lerão intuitivamente «milhares de estudantes deixam de poder pagar propinas».
17 janeiro 2013
Viagem a um continente de poesia
a ler aqui
Día de San José
(poema da venezuelana
Erika Reginato (n.1977)
Padre
estoy en el país de tu infancia,
en el frío,
en el idioma de tu niebla
con el vapor de las ráfagas de los trenes.
Camino con las manos arrugadas
sobre el río.
Te escucho
correr en las calles
entre cimientos de oro,
navegar sobre el arroyo,
apartar la nieve de la cima.
Si sólo me pudieras
acompañar en el sofá,
tocar los hombros,
dar una lámpara
para iluminar los rieles de regreso.
Entonces podría cerrar los puños,
y caminar más rápido
hasta entrar en la estación.
Padre
dame un poco de tu trigo
déjame ver tus pies.
16 janeiro 2013
Sobre "canalhas" e "colaboracionistas" ou...
.... como elas se fazem
«(...) Afirma o relatório [do F.M.I.] (p. 61) que é evidente que o custo por aluno nas escolas privadas é inferior ao das públicas. Cita os dois estudos recentemente divulgados, o do Tribunal de Contas e o do grupo de trabalho designado pelo MEC. Mas só utiliza as conclusões do primeiro, aliás com validade condicionada pela própria autoria. Diligentemente, manhosamente, como se os colonizados fossem estúpidos e não simples vítimas de meliantes da mesma ideologia, o relatório escamoteia as conclusões do segundo. Porquê ? Porque essas conclusões dizem que 80% das turmas financiadas pelo Estado ao privado têm um custo superior às públicas. de cerca de 15 mil euros».
«(...) Recomenda o relatório (p.63) o aumento das propinas no ensino superior: Mas mostra a realidade que os valores cobrados são já dos mais elevados da Europa, apesar de termos um rendimento per capita dos mais baixos e a carga de impostos mais alta. »
«(...) Porém, quando intencionalmente distorcemos a realidade e por via da manipulação dos números, ocultando aqui, distorcendo ali, pretendemos modificar a percepção que os outros têm dela,resvalamos para o campo da canalhice. Em tempo de protectorado humilhante, importa redobrar a atenção cívica aos canalhas e aos colaboracionistas».
Santana Castilho,
em artigo hoje no Público
15 janeiro 2013
Como começo a estar perdido...
Trabalho de casa
para o dr. Paulo Rangel
para o dr. Paulo Rangel
Remetendo os leitores para o ponto 3. deste post e pedindo-lhes que neste post onde se lê o «o artigo moribundo» leiam o «o artigo revogado sem nós sabermos», a todos informo que, em artigo hoje no Público todo ele destinado a vender-nos a tese da integração da «realidade» (seja lá o que isso for nestas meninges) nas apreciações de constitucionalidade, o douto dr. Paulo Rangel, do alto de uma sabedoria jurídica que, como todos sabemos, é imune a orientações políticas e ideológicas, vem ensinar-nos que «há matérias constitucionais reguladas fora da Constituição», «por exemplo, é evidente que os príncipios constitucionais em sede económica são hoje os constantes dos tratados europeus (e não propriamente os artigos respectivos inseridos na nossa lei fundamental)».
Perfeita e completamente arrasado com a argumentação e já conhecendo de gingeira esta coisa de haver juristas que tão depressa são «positivistas» como «jusnaturalistas» ( é apenas uma questão de momento ou de conveniência), só venho pedir ao dr. Paulo Rangel que aproveite as próximas férias da Páscoa para elaborar uma edição da Constituição em que anote que artigos seus já foram revogados ou subordinados aos tratados europeus. É que estes, no seu conjunto, têm uma extensão maior que a tão criticada extensão da Constituição Portuguesa e eu assim francamente não me consigo orientar. Agradecido.
Branco é, galinha o põe ou...
... tal como a pescada
Não, prezados leitores, ao contrário do que terá acontecido com outros bloggers, para mim não tem surpresa que, nesta notícia de primeira página de hoje, o DN consiga prever o que a OCDE recomendará a Portugal «dentro de alguns meses». De facto, tirando a utilidade dos seus estudos estatísticos, em matéria de orientações sociais e económicas, a OCDE, onde Portugal tem há décadas embaixadores que nunca vimos abrir o bico, é como a pescada, ou seja, antes de o ser já o era.
Desigualdade
O congelamento quando
nasce não é para tudo
nasce não é para tudo
manchete do Público
Bem podemos esperar e morrer sentados até vermos manchetes que nos digam que foram congelados os preços dos produtos alimentares mais importantes, da luz, da água, dos transportes, das rendas de casa, das propinas, das taxas moderadoras, das taxas de IMI e de IRS and so on. Bons e velhos tempos aqueles em que ao menos se admitia como mínimo que os salários acompanhassem a taxa de inflação ( a oficial porque, quanto à real, estamos conversados),
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