28 dezembro 2012

Nada de populismos !

Vá lá, não sejam invejosos

Sim, por favor estimados leitores, face a esta manchete do DN, não cedam à onda populista soprada pela esquerda arqueológica e demagógica sempre pronta a promover sentimentos colectivos de inveja em relação aos que não só têm incomparável mérito pessoal como, em boa verdade, são as principais alavancas da criação de riqueza nacional e portanto beneficiam todos os portugueses.
E, também por favor, não se fixem nos elevados milhões auferidos porque, como todos sabemos ou podemos calcular, para cada nível de rendimentos cada nível de despesas ou encargos ( (no caso, três carros, casa própria na cidade e na praia e ainda um monte alentejano, filhos  a estudar nos EUA, férias nas Maldivas e em Aspen, etc., etc.).
Reparem sim que estes esforçados gestores apenas tiveram um miserável aumento de 4% enquanto pensionistas, reformados, trabalhadores do sector privado e do público tiveram em 2012 aumentos salariais médios de 10%.
E, outra vez por favor, nunca esqueçam que a harmonia entre as classes sociais é um pilar fundamental da nossa sociedade.

27 dezembro 2012

Lá como cá

O papel e o teleponto aguentam tudo

No El País de 26, lá vinha naturalmente uma página inteira dedicada ao discurso de Natal do Rei de Espanha, Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias.  O jornal regista como lhe compete o cuidado look que «a poderosa equipa de comunicação» da Casa Real aplicou a esta comunicação: o rei encostado à frente da secretária, fotos (a da caçada do Botswana não) e livros cuidadosamente escolhidos (a Constituição, of course). E eu, pelas largas citações do jornal espanhol, registei, a qualidade literária e criativa do discurso (chapeau, senhores ghost writers), mesmo que lá estivessem a cansadíssima milonga de que «a austeridade e crescimento devem ser compatíveis» (digam-se uma caso nas últimas décadas) e a agora muito moderna reivindicação do regresso da «grande política» (como se a economia e as finanças que temos não fossem as expressões de uma certa política).

Entretanto, acontece que, segundo o El País, preferiu «falta de trabalho» a «desemprego», e, entre muito mais coisas, não falou dos desepejos nem da Catalunha. O que, embora a anos-luz do brilho dos redactores do dircurso do Rei, me leva a inventar uma nova máxima: «diz-me do que não falas ou não falas suficientemente e dir-te-ei com o que me pretendes anestesiar e endrominar.»

E, para fechar, fiquem com a crónica de Maruja Torres no El País de hoje dedicada precisamente aos «discursos»:

Las Felices Fiestas suelen presentar territorios peligrosos, minados por polvorones y parientes no deseados, así como por la modalidad discurso de racimo, arma tediosamente letal que multiplica sus efectos soporíferos cuando, después, los medios dan en destripar, desde cualquier ángulo, la redundante palabrería. Los discursos son jerárquicos, de tal modo que el señor Rajoy, respetuoso con el Rey y el Papa, ha tenido el detalle de colocar su deposición el Día de los Inocentes, lo cual me parece de lo más propio pues, cuando incumpla lo que prometerá en tal fecha —si es que resulta inteligible que promete algo— podrá aducir que se trataba de la típica inocentada, como cuanto lleva dicho en su año de mandato.

Siempre que se produce un evento de este tipo y, en especial, cuando el orador es del más alto fuste, viene a mi mente esa biblia laica de consulta permanente —debería hallarse en todas las mesitas de noche y emitirse en todos los colegios, desde la enseñanza primaria— titulada La vida de Brian. Creo que tanto el Rey como el Pontífice y el presidente del Gobierno, y asimismo los mandatarios autonómicos, los alcaldes y el caso Botella, deberían visionar la secuencia del Sermón de la Montaña, en versión Monty Python, antes de currarse los ensayos.
¿Que dice qué? ¿Qué panes? ¿Qué peces? ¡Más claro, que no se entiende! Tales podrían ser las quejas de nosotros los ciudadanos —o quizá súbditos— cuando ejercemos de Brian y su madre. Confieso que la mayoría de las veces, como ellos, al final prefiero la lapidación. Es más honrada. Que te turren a retórica con lo que tenemos encima me parece una muestra de impotencia, y de querer salvar el cuello, patética y lamentable.
Me horroriza pensar que no solo ya no quedan actores como antes. Además, han muerto los guionistas.

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P.S.: Os defensores da política do governo andam radiantes com o chamado caso «Baptista da Silva.» Eu não posso ter simpatia por aldabrões (mesmo que também digam coisas certas) mas quero declarar para a acta que, desculpem lá, há em Portugal aldrabões que fazem um milhão de vezes pior ao país do que Artur Baptista da Silva.

26 dezembro 2012

Armas nos EUA

Depois dos «maus», 
é tempo de falar dos «bons»



aqui

Depois de, a respeito do massacre de Newton, ter «atirado» sobre a National Rifle Association, é justo chamar agora a atenção para o Brady Center to Prevent Gun Violence, organização  que acaba de lembrar a toda a gente quantas pessoas já morreram vítimas do uso de armas depois de Newton.


aqui

25 dezembro 2012

Ofensa à cristandade

Transformar o dia
de Natal no 1 de Abril





Relembrando apenas  o último parágrafo deste post, basta-me escrever que, quando o abismo entre as palavras e a realidade é tão chocante, manifesto e escandaloso, uma pessoa até pode dispensar qualquer comentário.

Mais duas canções de Natal agora por

Florence and
The Machine 
e Neko Case




24 dezembro 2012

Canções de Natal por

Harry Belafonte 
e The Beach Boys







Mary’s Boy Child





Little Saint Nick

Nobel da Economia 2013 ?

Grandes águias: aumentar os impostos
e conseguir baixar as receitas fiscais !

Gaspar, (não, o gato do Honório Novo está inocente), bem podes rasgar o canudo !

23 dezembro 2012

Hoje o punk rock dos

Metz




O cronista clown (sem ofensa para a profissão)

Mais uma do eremita rezingão


Na sua crónica de ontem no blico, a propósito da Constituição e das condições em que foi elaborada, entre outras «tropelias» do PREC, Vasco Pulido Valente citava «o cerco ao Parlamento» e eu estoicamente resisti à tentação de perguntar pela 224ª vez se alguém me encontra nas fotos da época algum pano ou cartaz da manifestação dos trabalhadores  da construção civil que seja relativo à elaboração da Constituição ou se alguém me mostra um recorte da época onde sejam relatadas as reivindicações que esses trabalhadores dirigiram ao Presidente da Assembleia Constituinte ou aos seus deputados.

Hoje, na sua crónica, o eremita rezingão de Benfica dedica-se à cultura e sentencia, sem apelo nem agravo que «durante trinta anos de absoluta liberdade,  não apareceram "actividades culturais" de qualidade e consequência» e que «em 2012, continua a não haver cinema, teatro, dança, ballet e tudo o resto», além do mais assim ofendendo não apenas a verdade mas insultando centenas e centenas de animadores e criadores culturais e artistas das mais diversas áreas.

É claro que VPV é mais antigo mas não sei se os leitores se lembram que há uns anos esteve na moda um economista chamado Arroja que conseguia ser lido precisamente pelo seu soberbo espectáculo de parvoíce e reaccionarismo. Pois VPV é uma espécie de Arroja para todos os assuntos. É certo que continua a ser muito lido mas, como eu, desconfio que muitos já o lêem como uma espécie de clown da crónica de imprensa.

Generoso por feição, tendo sempre a pensar que Vasco Pulido Valente é daqueles cidadãos que, desde muito cedo, criaram um personagem e depois ficaram para todo o sempre prisioneiras dele.

22 dezembro 2012

Porque hoje é sábado ( 304 )

Blouse

A sugestão musical de hoje destaca
a banda norte-americana Blouse