17 novembro 2012

Debaixo do verniz, resquícios da peste «castanha»

Rui Ramos de novo ou só se
perderam as que caíram no chão !



Aqui chama-se oportunamente a atenção para a crónica de Rui Ramos hoje no Expresso que, na exacta medida em que não tem a coragem de tirar as devidas conclusões das premissas que expõe, é além do mais um arrazoado cobarde até mais não. O autor alinhava ideias como a de que «o regime [???] parece desesperado para acreditar que a esquerda revolucionária, sem o Muro de Berlim, é agora um clube de bons rapazes, ou que o PCP, através da CGTP, é um ministério da administração interna alternativo, que serve para manter a ordem na rua em época de protestos (...)». Acrescenta que « Os que toleram a intolerância julgam-se seguros. Tratam os insultos e ameaças como folclore, ou as violências de rua como descontrolos ocasionais, úteis para embaraçar o PCP.». E, sibilinamente ou talvez nem por isso, conclui que «deveriam os partidos do de Governo da nossa democracia provar que, contra o fascismo vermelho, existe uma frente democrática, que não tem apenas o euro, mas também a liberdade como causa comum».

Tudo isto fala por si só como um livro aberto, o que me dispensa de extensos comentários. Salvo dois:

- um é que, retroactivamente, me permito afirmar que, quanto a Rui Ramos e a uma polémica recente, só se perderam as que caíram no chão;

- o outro  é que Rui Ramos até pode não ser fascista mas simplesmente um grandessíssimo reaccionário mas atrevo-me a pressentir que, se tivesse nascido a tempo, teria sido gostosamente fascista no tempo do fascismo.

Equívocos e fantasias

O que Henrique Monteiro
finge não perceber ou não saber
Em crónica na última página do Expresso, Henrique Monteiro anota o seguinte: «Há uma forma errada de analisar os acontecimentos em S. Bento, após o final da jornada da CGTP: dizer que foi tudo devido a apenas 20 ou 30 provocadores. Não por ser falso, mas porque omite o essencial: o apoio que esses agitadores têm junto de tanta gente no nosso país. Os 20 ou 230 apedrejadores estiveram durante hora e meia a provocar a polícia. É certo que alguns cidadãos mais lúcidos (e corajosos) tentaram interpor-se e acabar com aquilo. Mas não foram capazes. E não foram capazes porque a retaguarda, a grande massa ficou indiferente. Ora isto tem um significado. Tem de ter um significado !»

Sobre isto, duas observações principais:

- a primeira é que Henrique Monteiro não se detém o suficiente no facto de as provocações e apedrejamentos só terem começado após o final da manifestação da CGTP e, consequentemente, não tira as ilações que esse facto indubitavelmente comporta;

- a segunda é que é absolutamente romântico e irrealista aspirar a que, numa concentração que deixou de ter responsáveis, organização e direcção, os manifestantes que ficaram tivessem alguma capacidade de se auto-organizarem para porem os provocadores na ordem. Eram evidentemente milhares mas, objectivamente, naqueles momentos, já eram apenas um aglomerado físico de vontades e atitudes atomizadas. 

- a terceira é que seria de uma infinita mas merecida crueldade se eu viesse aqui recapitular o que, em certos blogues, em épocas passadas, de difamatório e hostil se escreveu sobre os chamados «serviços de ordem» das manifestações da CGTP.

Em tempo :



Dito isto, e com o devido distanciamento, quero deixar clara uma veemente condenação de todos os tipos de provocação e apedrejamentos contra a polícia e de todos os tontos que, em diversos blogues, vêem nestas atitudes sinais da «insurgência de massas».
Quero também deixar claro que me pareceu inteiramente possível e desejável que os comandos da polícia tivesse ordenado, logo ao principio, uma expedição punitiva sobre os apedrejadores, o que certamente teria evitado a violenta carga policial generalizada sobre os manifestantes que permaneceram no local, com as condenáveis consequências que muitas imagens ilustram.
Quero também sublinhar que, para quem conheça alguma coisa sobre o que é «a voz do sangue a ferver», se torna evidente que o Ministro da Administração Interna e os seus subordinados policiais não podiam deixar de saber que exporem os seus homens a uma hora de pedradas (não eram "calhaus" como alguém disse, eram cubos de calcário retirados do passeio) era criar todas as condições para que, quando arrancassem sobre os manifestantes, fosse tudo a eito.


Sobretaxa, encenações e bailes de máscaras

Desce de 4 para 3,5% ?
Então, fora o resto, continua
a haver 3,5% que estão mais !





 Ora aqui é que bate o ponto:

PCP apresenta propostas 
para um Orçamento Anti-Troika

Porque hoje é sábado (299)

Leyanis López

A sugestão musical de hoje é dedicada
à cantora cubana Leyanis López.





16 novembro 2012

A quem interessar

Para perceber melhor a América

a ler aqui

a ler aqui
Nota tardia:
Não consegui ler na imprensa portuguesa
nenhuma referência ao facto, para que aqui
chamei a atenção, de que cerca de 100 
milhões de americanos com direito a voto
não exerceriam, como se verificou,
esse direito.
Se fosse na Venezuela, ai Jesus !

15 novembro 2012

Não vão ao médico, não

Coelhone à cabeça da oposição !

 

No Público online

Este seria um bom sítio para a estátua a
Passos Coelho mas não creio que a Igreja
Católica esteja pelos ajustes.

Três exemplos de 1ªs páginas...

... lá de fora 




e agora, no dia a seguir a mais de 120
manifestações em França, esta tão «histórica»
quanto vergonhosa 1ª página do Libération

Glórias do jornalismo «de referência»

Um título especialmente idiota



O Público (que até cita correctamente Arménio Carlos: «esta não foi só uma greve de protesto, foi uma greve de propostas») conseguiu achar que a greve geral e as concentrações promovidas pela CGTP      não representavam também  um «dia de protestos». Magnífico também aquele «recebeu»!. Santo Deus, porque é que a indústria farmacêutica não investe numas drageias para a inteligência e o bom senso ?