Neste post aqui (reprodução de artigo no i) do estimável e inteligente José Neves, datado de 27/9, consta o seguinte parágrafo (atenção à parte sublinhada):
Mais coisa menos coisa, na respectiva caixa de comentários, respondi-lhe assim (tendo-me então esquecido de explicar que, no corpo das manifestações, nunca vejo quadrados [*] nenhuns):
«Lamento que José Neves tenha caído no acinte e na difamação política ao escrever que «o partido parece cada vez menos capaz de sair do quadrado em que, nas manifestações, os seus próprios serviços de ordem tendem a encerrar os próprios militantes comunistas».
Embora com graus de certeza diferente (num caso, falo de outros, noutro falo de mim), há duas coisas que lhe posso garantir:
- a primeira é que, nas manifestações, os militantes comunistas não se sentem encerrados por coisa nenhuma e tudo o que nelas fazem é o que corresponde à sua cultura política e à sua vontade;
- a segunda é que, em 38 anos de manifestações, com excepção de um 1º de Maio em que fiz parte da delegação oficial do PCP, mesmo nos 14 anos em fui membro da Comissão Política, sempre andei pelas manifestações como mais me apeteceu, para baixo, para cima, para o lado and so on.
Decididamente, um pouco menos de ligeireza era bonito e ficava-lhe bem.»
[*] Talvez seja de lembrar que, na manifestação contra a Nato, quem queria um «quadrado» próprio era um certo grupo então muito apoiado por José Neves.
[*] Talvez seja de lembrar que, na manifestação contra a Nato, quem queria um «quadrado» próprio era um certo grupo então muito apoiado por José Neves.