Kíla e a sua banda
02 setembro 2012
Belmiro, aguenta !
Uma coisa eu sei que ele pensa
capa do Público de hoje
Sim, entre outras coisas, eu sei que ele pensa que é legítimo distribuir dividendos relativos ao ano económico de 2010 logo no final de 2010 só para fugir ao agravamento fiscal constante do Orçamento para 2011 e a produzir efeitos no dia 1 de Janeiro desse ano. Com amigos dedicados, como na época assim assinalei :
Também há outra coisa que sei: é que vou morrer e nunca verei uma capa de jornal sobre o que pensa o homem mais pobre de Portugal.
Quem constrói o quê
Fotos de trabalho
A Slate.com «responde» ao "We Built It" da Convenção Republicana como um slideshow de fotos de trabalho da Magnum.
NEW YORK—A woman working in an
aircraft factory on Long Island, 1952.
aircraft factory on Long Island, 1952.
Foto de Eve Arnold / Magnum
[uma exposição de fotos sobre o
trabalho de autores nacionais
esperará por si no Pavilhão Central
da Festa do Avante!]
[uma exposição de fotos sobre o
trabalho de autores nacionais
esperará por si no Pavilhão Central
da Festa do Avante!]
01 setembro 2012
Polémica Manuel Loff- Rui Ramos ou...
... quando o assunto
chega a Filomena Mónica
Mas, para a douta Maria Filomena Mónica, estará tudo bem assim e não poderia ser de outra maneira, como diria o ditador de Santa Comba.
chega a Filomena Mónica
Ao coro direitista e anexos que se tem juntado em defesa de Rui Ramos contra os justas observaões de Manuel Loff. chegou hoje a vez, através de artigo no Público da historiadora ( e fala-barato) Maria Filoménica Mónica. Como era de prever, aos quesitos essenciais em debate , a senhora nada tem para dizer de novo, mas diz algo muito de greve e que não pode passar em claro. Afirma, por exemplo. que «dada a sua reputação, espanta-me que a direcção do do Público tenha dado voz a alguém como Manuel Loff, que assina-se, note-se. como historiador, . Melhor seria ter usado a palavra militante , pois os textos que aqui publicou, revelam uma fanatismo que eu julgava ultrrapassado na disciplina».
Neste ponto, obviamente que Maria Filomena Mónica se esquece que Rui Ramos também assina como historiador e nem por isso deixa de espalhar por diversos meios de comunicação as suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e que ela própria, apresentada como socióloga ou como historiadora, nem por isso deixou de opinar no DN sobre o relevantíssimo tema dos penteados de Passos Coelho e de Vítor Gaspar.
Acrescenta Filomena Mónica que «nunca ouvira falar de Manuel Loff e teria vivido bem sem com ele me ter cruzado nas páginas deste jornal. Suponho que a direcção do jornal não o chama à pedra devido ao medo de ser acusada de censura». Pena, para a matéria em apreço. que Mónica não tenha lido o essencial ensaio de Manuel Loff intitulado «O Nosso Século é Fascista - o Mundo Visto por Salazar e Franco (1936-1945)».
E Filomena Mónica ainda conclui a sua crónica sentenciando que «só tenho pena que o meu jornal tivesse sido o veículo através do qual um «historiador» tenha podido mentir com impunidade», o que constitui um indisfarçável apelo ao saneamento de Manuel Loff como colunista do Público.
Ora, a este respeito, convém lembrar que, uma vez em entrevista José
Manuel Fernandes anunciou com todas as letras que o jornal previligiava
as opiniões de pessoas do «bloco central», que salvo outras colaborações esporádicas, Manuel Loff é o único colunista de esquerda e quinzenal ( Paulo Rangel, Correia de Campos, Francisco Assis e Pacheco Pereira são semanais) e que, em pouco mais de 20 anos de existência, o Público só teve dois colunistas semanais comunistas - o Luís Sá e eu eu proṕrio, cerca de um ano cada um.
Mas, para a douta Maria Filomena Mónica, estará tudo bem assim e não poderia ser de outra maneira, como diria o ditador de Santa Comba.
Porque hoje é sábado (288)
The Bewitched Hands
A sugestão musical deste sábado propõe-vos
a banda francesa de rock
The Bewitched Hands.
a banda francesa de rock
The Bewitched Hands.
30 agosto 2012
Há 22 anos também com o PSD
O primeiro golpe
Dado que alguns exaltados apoiantes da dementada política governamental que está em marcha, como é caso do director do «Público», até fazem gala de demonstrar a sua coerência exibindo citações do que escreveram ao longo de anos, também nós queremos lembrar um outro tipo de coerência e a pertinência de avisos oportunamente feitos.
De facto, no dia 3 de Janeiro de 1991, houve em Portugal alguém que disse, em conferência de imprensa, que aquela decisão «vem afinal viabilizar a existência de televisões à custa de vultuosos investimentos públicos e da alienação sem contrapartidas conhecidas de bens e recursos próprios da RTP» com «o risco (conhecida a prática do Governo do PSD nestas matérias) de evolução para o controlo privado de um bem de importância estratégica e que pertence inequivocamente ao domínio público do Estado».
Nesse dia, alguém disse que tal decisão «implica forçosamente a transferência por parte da RTP a favor da sociedade a criar de um vasto património constituído pela sua actual rede, em vias de alargamento e expansão à expensas da própria empresa» e advertiu que «não está salvaguardado» o «caracter efectivamente público» dessa nova sociedade. [Actualização: a transferência foi feita inicialmente para a TDP integrada na PT, que logo depois seriam privatizadas, pelo que durante 20 anos a existência em Portugal da infra-estrutura técnica que garantia a emissão em sinal analógico passou a estar absurdamente nas mãos de privados].
privatizador na RTP
Os anos passam e as gerações sucedem-se e, por isso, deve hoje haver centenas de milhar de cidadãos portugueses que julgam que toda esta polémica em torno da privatização ou concessão da RTP surgiu quase do nada e não tem antecedentes. É pena que nenhum órgão de comunicação social resolva oferecer ao público uma história mais completa de toda esta, afinal velha, história, não deixando de mergulhar, como obrigatório seria, no imenso acervo de comunicados da Comissão de Trabalhadores da RTP ao longo destas décadas.
Na falta disso, o que está ao meu alcance é, por exemplo, relembrar o primeiro golpe privatizador na RTP ocorrido há 22 anos com um governo do PS e de Cavaco Silva e que há 10 anos evoquei retrospectivamente em crónica no Avante! de 23.5.2002.
«Alguém, há onze anos
No panorama das muitas abordagens e tomadas de posição que têm sido expressas em defesa do serviço público detelevisão, muitos
cidadãos terão encontrado, talvez pela primeira vez na vida,
alusões à retirada à RTP, decidida por um governo do PSD em 1990,
da propriedade e gestão da infra-estrutura técnica de transporte e
difusão de sinal televisivo bem como às consequências financeiras
dessa decisão.
Dado que alguns exaltados apoiantes da dementada política governamental que está em marcha, como é caso do director do «Público», até fazem gala de demonstrar a sua coerência exibindo citações do que escreveram ao longo de anos, também nós queremos lembrar um outro tipo de coerência e a pertinência de avisos oportunamente feitos.
De facto, no dia 3 de Janeiro de 1991, houve em Portugal alguém que disse, em conferência de imprensa, que aquela decisão «vem afinal viabilizar a existência de televisões à custa de vultuosos investimentos públicos e da alienação sem contrapartidas conhecidas de bens e recursos próprios da RTP» com «o risco (conhecida a prática do Governo do PSD nestas matérias) de evolução para o controlo privado de um bem de importância estratégica e que pertence inequivocamente ao domínio público do Estado».
Nesse dia, alguém disse que tal decisão «implica forçosamente a transferência por parte da RTP a favor da sociedade a criar de um vasto património constituído pela sua actual rede, em vias de alargamento e expansão à expensas da própria empresa» e advertiu que «não está salvaguardado» o «caracter efectivamente público» dessa nova sociedade. [Actualização: a transferência foi feita inicialmente para a TDP integrada na PT, que logo depois seriam privatizadas, pelo que durante 20 anos a existência em Portugal da infra-estrutura técnica que garantia a emissão em sinal analógico passou a estar absurdamente nas mãos de privados].
Nesse
dia, alguém disse que a RTP «vai
ser forçada a enfrentar uma situação de concorrência em condições
de grande fragilidade: não foram asseguradas contrapartidas face ao
natural desaparecimento das receitas provenientes das taxas; não
estão a ser pagas as indemnizações compensatórias devidas pela
transmissão para as Regiões Autónomas; não está a ser feita a
justa avaliação da parte do seu património em risco de ser
transferido para outras entidades (...) a apresenta-se como
inevitável uma sensível redução das receitas de publicidade. Tudo
isto sem que da parte do Governo haja o compromisso solene de que o
serviço público de televisão possa enfrentar em condições de
igualdade a concorrência das televisões privadas».
Nesse
dia, alguém disse premonitoriamente que «uma
política que sacrifique o serviço público de televisão em nome da
viabilização de quaisquer canais privados é condenável e é
contrária aos interesses dos próprios telespectadores».
Esse
alguém falava contra a política do PSD e dos Morais Sarmentos da
época que então se davam pelo nome de Marques Mendes (sim, é o
mesmo!). Esse alguém era o PCP. »
Uma opinião no insuspeito "Bloomberg"
Louvor e genética do
sistema político americano
sistema político americano
By Josh Barro Aug 30, 2012 4:12 AM
GMT+0100
Paul Ryan forcefully attacked the Obama Administration tonight. But many of the
criticisms he leveled against Barack Obama apply equally to his and Mitt
Romney’s own records.
Ryan attacked Obama’s Patient Protection Affordable Care Act for being laden
with “mandates, taxes, fees and fines that have no place in a free country.” He
was talking about mandates such as the one Mitt Romney imposed in Massachusetts.
Ryan decried “$716 billion funneled out of Medicare by President Obama. An
obligation we have to our parents and grandparents is being sacrificed, all to
pay for a new entitlement we didn’t even ask for.” But the budget House
Republicans passed this year, which Paul Ryan wrote, keeps Barack
Obama’s Medicare cuts and adds another $205 billion on top.
It's true the Republican budget repeals PPACA, so it doesn’t use the Medicare
savings “to pay for a new entitlement.” But if Medicare cuts constitute the
abrogation of “an obligation we have to our parents and grandparents,”
presumably they’re not OK even if they aren’t used to pay for Medicaid
expansion.
Ryan criticized Obama for ignoring his own debt commission. “They came back
with an urgent report. He thanked them, sent them on their way, and then did
exactly nothing.” That urgent report? Technically, it wasn’t a report from the
debt commission. Too many of its members dissented from the report for it to be
adopted as the commission’s official report. One of those dissenters was Paul
Ryan.
The central attack in the speech is one that I agree with: The Obama
administration is out of ideas and adrift on economic policies. “They have run
out of ideas. Their moment came and went. Fear and division is all they’ve got
left.” But the speech did not make the case that Romney and Ryan would succeed
where Obama has failed.
Ryan criticized the president for not addressing the housing crisis. But
neither Ryan nor Romney have said what they would do about the housing
crisis.
Ryan criticized the president for failing to foster small business and job
creation. But the speech contained no concrete ideas to this end other than “tax
fairness and regulatory reform,” which is terminally vague.
Ryan criticized the president for shying away from plans to fix the long-term
budget gap. But Romney and Ryan do not have a viable plan for making the budget
sustainable, and have made several irresponsible promises that will make it hard
for them to balance the budget.
Romney and Ryan have promised not to raise taxes, called for a 20 percent cut
in income tax rates, pledged to outspend the president by hundreds of billions
of dollars on Medicare (reversing Ryan’s former position to the president’s
right), and urged big increases in defense spending. How does that constitute
being more responsible than Obama on the federal budget?
Ryan is right that Barack Obama has been, in many ways, an underwhelming
leader. But he failed to make a case that he and Mitt Romney
would do any better.
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