24 agosto 2012

Senhores do governo :

Sei que não gostam dela
mas façam favor de ler


Isto só pode atirar
 para o lixo isto:

E mais três notas:
1. Com um governo sem escrúpulos como o que temos, creio que não se pode excluir  totalmente que este «cenário» possa  ter sido anunciado  para acalmar os operadores privados e, mera hipótese, apenas privatizar um canal gerando em cada um de nós o sentimento de que «afinal não foi mau assim». Não mordamos este anzol.
2. É completamente idiota neste caso a distinção que alguns andam a fazer entre «privatização» e «concessão». É que, sendo o espaço radioeléctrico um bem do domínio público, é claro que tecnicamente se trata de uma concessão que, nem por isso deixa de significar a utilização e gestão por privados por um determinado prazo de um ou vários canais de televisão até aqui integrados no serviço público. Para os muitos que parecem não o saber, esclareço que a SIC e a TVI não são proprietários de nenhuns canais de televisão, apenas receberam  alvarás de concessão (até a RTP, embora em modalidade diferente, actua na base de uma concessão).

3. Já deve faltar pouco  para ouvirmos o governo dizer que, assim como Natal é quando um homem quiser, serviço público de televisão é  o que ele (governo) muito bem entender, incluindo através da concessão aprivados.

23 agosto 2012

Uma humilhação para Relvas ou a sua cobardia !

O turvo casamento entre a estupidez,
a reaccionarice e o desplante



É claro que o mais grave está na substância estúpida, criminosa, insolente, provocatória  e vergonhosa desta solução agora adiantada e, por isso, importa dar toda a força ao Manifesto em Defesa do Serviço Público de Televisão aqui publicado.

Mas nem por isso deixa de ser um facto relevante que quem a adiantou publicamente e  pela primeira vez tenha sido, em entrevista à TVI, António Borges, o «famoso» conselheiro do governo para as privatizações.

Talvez o próprio esteja de férias e até prefira que seja assim mas objectivamente o que sobra desta cena é uma patente humilhação pública de Miguel Relvas que é o ministro que tutela esta área.
(reparar bem na última linha da imagem)

Ler aqui
o comunicado da
Comissão de Trabalhadores
 da RTP

E esta noite a guatemalteca

Gaby Moreno


Luz y Sombra aqui
Juegos y Medo aqui 

Banco de Portugal ou Bando de Provocadores ?

Querem esfolar-nos vivos ?



Os Republicanos, o senador Akin e «violação legítima»

Só perdem as que
caírem no chão !












Assessores é outra loiça

Poucos filhos, muitos enteados



Manchete do DN de hoje que, logo de seguida, explica e lembra - e bem - que também as férias dos trabalhadores da função pública foram «adquiridas e vencidas em 2011».

Os grandes economistas deste Governo ou...

... não somos vossos 
amigos mas bem os avisámos

No DN de hoje 

Olha que grande novidade ou surpresa! Até um leigo em economia percebia que, com recessão económica e quebra dos rendimentos dos trabalhadores e das famílias, a baixa da receita fiscal era coisa mais que garantida e só quem acreditasse em milagres podia esperar outra coisa.

22 agosto 2012

Fechando o dia com

Miho Wada em 
Seaside Love Walk



Um livro estrangeiro por semana

Days of Destruction,
Days of Revolt

Texto de Chris Hedges e ilustração de Joe Sacco, 18,42 $

Apresentação do editor: «Two years ago, Pulitzer Prize winner Chris Hedges and award-winning cartoonist and journalist Joe Sacco set out to take a look at the sacrifice zones, those areas in America that have been offered up for exploitation in the name of profit, progress, and technological advancement. They wanted to show in words and drawings what life looks like in places where the marketplace rules without constraints, where human beings and the natural world are used and then discarded to maximize profit. Days of Destruction, Days of Revolt is the searing account of their travels.

The book starts in the western plains, where Native Americans were sacrificed in the giddy race for land and empire. It moves to the old manufacturing centers and coal fields that fueled the industrial revolution, but now lie depleted and in decay. It follows the steady downward spiral of American labor into the nation's produce fields and ends in Zuccotti Park where a new generation revolts against a corporate state that has handed to the young an economic, political, cultural and environmental catastrophe».

È preciso dizer-lhes que...

... a privatização de um canal
da RTP não são favas contadas





(Texto integral e primeiros signatários aqui)


(...) Além do mais, neste quadro, uma eventual privatização de um canal, sobretudo se conjugada com o anunciado fim da publicidade comercial na RTP, não representaria nenhuma diminuição dos custos do serviço público, que, de resto e ao contrário do que tem sido frequentemente propalado, são dos mais baixos da Europa.

Bem pelo contrário, sobretudo no atual contexto de grave crise económica e financeira, a presença de um novo operador comercial, certamente com uma programação adequada à sua necessidade de maximizar receitas publicitárias, teria dramáticas consequências na viabilidade dos restantes operadores do sector, bem como em todas as outras empresas de comunicação social e da indústria audiovisual, empobrecendo drasticamente a qualidade e a diversidade dos media portugueses.

Por outro lado, essa privatização envolveria o fim de muitos dos atuais programas da RTP, quer os programas que legitimamente procuram dirigir-se a todos os portugueses, quer alguns dos que se destinam aos públicos minoritários, que não encontram conteúdos idênticos na restante oferta televisiva por não ser essa a vocação dos operadores comerciais - e que, por isso, devem ser assegurados por um canal alternativo -, conferindo legitimidade e um importante papel regulador ao operador público.

Por todas estas razões, os signatários apelam ao bom senso dos partidos do governo e da oposição para que travem uma medida que carece de clareza e de racionalidade e que não pode em caso nenhum ser enquadrada no plano de privatizações, até porque a sua dimensão financeira seria despicienda e totalmente desproporcionada relativamente aos efeitos brutais sobre a indústria dos média e a qualidade e a isenção da informação, da formação e do entretenimento a que os portugueses têm direito.»