Também neste assunto, é
preciso um no pasaran !
Não sei se é a velha Espanha sempre a espernear, não sei se é uma nova demonstração do poder da incrivelmente reaccionária Igreja Católica de Espanha e também não sei se o governo de Rajoy e do PP terá pensado que, com a opinião pública mobilizada contra as terríveis agressões socioeconómicas em curso, seria mais fácil concretizar o projecto já anunciado de retirar as malformações congénitas dos fetos (já contempladas na primeira lei portuguesa) das justificações para a legal interrupção voluntária da gravidez, o que tornaria o país vizinho num dos países europeus com uma legislação mais restritiva, à frente da própria Polónia.
A imensa maioria dos leitores deste blogue não precisa, mas andou bem o neurocirurgião infantil Javier Esparza ao publicar no El País esta devastadora carta aberta ao ministro da Justiça Alberto Gallardon, cuja fronha figura merecidamente lá em cima.
Por fim, creio bem que não será nem cedo nem tarde para começarmos a retribuir às organizações e movimentos de mulheres em Espanha a forte solidariedade que nos prestaram na nossa longa e áspera luta pela despenalização, em termos avançados, da interrupção voluntária da gravidez.
Não seria justo que o chefe ficasse de fora