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22 julho 2012
21 julho 2012
Hoje só me apetece...
... desconversar com
o venerando Chefe de Estado
o venerando Chefe de Estado
Esta manchete do Sol sobre uma entrevista ao Presidente da República não me desperta nenhuma vontade de alinhar conhecidos argumentos económicos, alguns dos quais de natureza óbvia.
Assim, quanto ao «recuperámos o crédito», só acho que o venerando Presidente da República devia ser mais cuidadoso nas palavras ou termos não vá alguém, cá dentro ou lá fora, pensar que, depois de amanhã, Portugal vai já regressar aos «mercados».
Quanto à presidencial pergunta «mais tempo para quê ?» decido igualmente não responder com aquilo que se mete pelos olhos adentro. Prefiro antes salientar que, com mais tempo ( e outras diferentes condições) para atingir metas de défice e outras impostas externamente ao país com vastas colaborações e conivências internas, ficaria o PR vantajosamente liberto de tanta necessidade de, de vez em quando, se desunhar em fingidas preocupações com os níveis e consequências da austeridade ou de arengar tão cinicamente sobre a necessidade do impossível casamento entre austeridade e crescimento económico e emprego.
Porque hoje é sábado (281)
Shawn Colvy
A sugestão musical deste sábado é
dedicada à cantora e songwriter
norte-americana Shawn Colvy, cujo último
álbum se intitula All Fall Down.
norte-americana Shawn Colvy, cujo último
álbum se intitula All Fall Down.
19 julho 2012
Um bando de garotos ou coisa pior
E se parássem de gozar connosco ?
Podia falar de como seria simpático os mais próximos na fila do supermercado olharem-nos de sobrolho cerrado por causa da demora no pagamento provocada pelo ditar do NIF à empregada, podia falar de como seria prático, por cada imperial ou café bebidos, sacar do cartão de cidadão ou do cartão de contribuinte, podia falar das malditas máquinas automáticas que muitas vezes nos comem as moedas mas talão nunca dão.E também podia falar da aconselhável visita a uma loja de 300 para comprar umas boas caixas de cartão capazes de guardar as facturas correspondentes a despesas de 21.750 euros anuais. Poder podia mas não falo. Fico-me apenas pela imensa quantidade de agregados familiares cujos rendimentos mensais nem sequer chegam tristemente aos 1750 euros. E fico-me também pela observação de João Ramos de Almeida no Público de hoje segundo a qual «pelas estatísticas de IRS de 2010, a despesa exigida é muito superior ao próprio rendimento médio dos consumidores, de 16 mil euros anuais».
E se estes magníficos cérebros que nos (des)governam fossem antes brincar às casinhas ou, muito melhor, se ralassem a sério com este dado terrível ?.
18 julho 2012
Coitado do Madoff !
Aposto singelo contra dobrado
que ninguém vai para a cadeia
que ninguém vai para a cadeia
Até há pouco, um pouco cansado destas notícias, julgava eu que o caso "Barclays (e outros) - fixação de taxas interbancárias" era coisa recente. Só agora percebi que realmente o escândalo da Libor é de 2008 mas só eclodiu a 27 de Junho passado, quando o Barclays revelou
que ia pagar cerca de 360 milhões de euros para pôr fim a dois
inquéritos dos reguladores britânico e norte-americano no âmbito de uma
investigação sobre manipulação das taxas interbancárias britânica, a
Libor, e europeia, a Euribor, entre 2005 e 2009. No Le Monde de 17/7 e aqui o economista e antropólogo Paul Jourion explica porque é que em 2008 quase ninguém falou e agora toda a gente fala. E conclui assim : «Sous le nouvel éclairage, la fraude à la petite semaine chez Barclays, révélée dans les attendus du FSA (Financial Services Authority), le régulateur britannique, cessait d’être de la malhonnêteté ordinaire, pour apparaître comme l’un des révélateurs parmi d’autres d’une classe dirigeante arrogante, ne s’embarrassant pas de règles et arrangeant les affaires selon son bon plaisir, tout en ne maintenant que le minimum d’apparences nécessaires.
L’affaire du LIBOR, c’est l’histoire du dévot qui a toujours accepté comme parole d’évangile les prêches de son prêtre, mais qui cesse soudainement de croire à tout ce qu’il a entendu parce qu’il découvre accidentellement que la barbe que celui-ci porte est fausse.
La question qui se pose maintenant est celle-ci : si la chute de la moins coupable des banques responsables du LIBOR a déjà provoqué un tel effondrement, à quoi faut-il s’attendre quand sera révélé le châtiment qui est promis aux autres ?»
17 julho 2012
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