... desconversar com
o venerando Chefe de Estado
o venerando Chefe de Estado
Esta manchete do Sol sobre uma entrevista ao Presidente da República não me desperta nenhuma vontade de alinhar conhecidos argumentos económicos, alguns dos quais de natureza óbvia.
Assim, quanto ao «recuperámos o crédito», só acho que o venerando Presidente da República devia ser mais cuidadoso nas palavras ou termos não vá alguém, cá dentro ou lá fora, pensar que, depois de amanhã, Portugal vai já regressar aos «mercados».
Quanto à presidencial pergunta «mais tempo para quê ?» decido igualmente não responder com aquilo que se mete pelos olhos adentro. Prefiro antes salientar que, com mais tempo ( e outras diferentes condições) para atingir metas de défice e outras impostas externamente ao país com vastas colaborações e conivências internas, ficaria o PR vantajosamente liberto de tanta necessidade de, de vez em quando, se desunhar em fingidas preocupações com os níveis e consequências da austeridade ou de arengar tão cinicamente sobre a necessidade do impossível casamento entre austeridade e crescimento económico e emprego.