... tudo tão próximo
(...)
16 julho 2012
15 julho 2012
O «Público» e António Borges
Quatro páginas quatro !
É certo que o homem tem no forro dos casacos as etiquetas retroactivas do FMI e sobretudo da famosa e poderosa Goldman Sachs. Mas, de qualquer forma, não é primeiro-ministro, não é ministro, não é secretário de Estado, não é líder ou destacado dirigente partidário, não é deputado. Chama-se António Borges e, além de executivo da Jerónimo Martins, é apenas (?) consultor (?) do governo para as futuras privatizações.
Isto tudo não impediu o «Público» de, em dia do Senhor, nos impingir uma entrevista com o senhor ao longo de quatro páginas quatro !
Não vou perder tempo com o sentido geral da entrevista que fica dado pelo seu título «Os resultados vão começar a chegar mais cedo do que se esperava» [eu até acho que já chegaram há muito !] e pelo lead da entrevista onde se pode ler que «o consultor do governo para as privatizações, banca, revisão das PPP, diz que os problemas da poupança e do défice externo estão em vias de resolver-se. Só falta regressar ao crescimento». Ou seja, acrescento eu malevolamente, só falta essa coisinha de nada que só ela pode permitir diminuir o desemprego, criar riqueza, aumentar as receitas fiscais e pagar dívidas.
Por mim e por ora, basta-me sim registar que este grande craque da economia afirma nesta entrevista que «convém lembrar que, em Portugal, nos últimos anos, subiram-se os ordenados da função pública muito mais do que no privado».
Acontece apenas que é do domínio público que, desde 2000, os trabalhadores da função pública têm vindo sucessivamente a perder salário em termos reais, cabendo a António Borges demonstrar que idêntica ou superior perda se verificou no sector privado (e, mesmo em tal caso, reconhecer então que o verbo «subir» só entra na sua entrevista a despropósito).
Justiça seja feita
Finalmente, um luminoso
horizonte de esperança
horizonte de esperança
Como se calculará, esta chafarica não nasceu para ser, nem mesmo parcialmente, uma espécie de hollywoodesco Passeio da Fama para os pensamentos mais cintilantes e deslumbrantes de outros blogues. Mas há sempre uma vez em que se justifica uma excepção: é o que faço com a citação integral de um «post» no «vias de facto» porque não é todos os dias que, em poucas linhas, um blogger não só me resolve todas as mais vivas preocupações sobre o presente como responde a todas as minhas interpelações e inquietações sobre a perspectiva. Bem haja o autor que bem merece a minha eterna gratidão.
Para o seu domingo
Dirty Projectors
A banda cujo último álbum, segundo Le Monde, tem raízes em Mahler e nos quartetos de cordas de Shostakovitch.
14 julho 2012
Porque hoje é sábado (280)
Bett Butler
A sugestão musical de hoje destaca
a cantora, pianista e songwriter
norte-americana Bett Butler,
cujo último álbum se intitula
American Sampler.
a cantora, pianista e songwriter
norte-americana Bett Butler,
cujo último álbum se intitula
American Sampler.
Bett numa das mais célebres canções
da Grande Depressão-
Brother, Can You Spare a Dime ?
13 julho 2012
E pronto
Reina a ordem
e a felicidade no casulo
e a felicidade no casulo
A notícia do Público não explica se os que não bateram palmas fizeram fisgas atrás das costas.
12 julho 2012
Ainda o último «caso Relvas»
Eu teria dito: «Porra, sejam
mais sóbrios e menos exagerados»
mais sóbrios e menos exagerados»
O homem é de direita, embora sofisticada, mas não posso deixar de opinar que, com a sua crónica (sem link) de hoje no Público, Pedro Lomba terá porventura escrito o melhor texto sobre «o caso Relvas- curso acelerado na Lusófona».
De facto, o cronista passa em revista, com as devidas citações, o paleio do parecer justificativo das equivalências em função do curriculo de Relvas. O que, só um exemplo, dá coisas como esta de que Miguel Relvas, «para além das competências básicas ao nível da compreensão das organizações» tem a qualidade [de que, por sinal e por más razões, não duvido] de «percepcionar o entrecruzamento, hoje inevitável, entre a esfera empresarial e a esfera político-partidária». Isto para já não falar das suas «competências transversais de compreensão do papel das diversas classes sociais e elites na modelização da sociedade onde essas organizações actuam e se desenvolvem».
Se eu tivesse estado no lugar do Relvas e tivesse tido conhecimento do projecto de parecer sobre as equivalências, ai juro que teria dito aos seus autores: «porra, meus amigos, por favor, sejam mais mais sóbrios e menos exagerados porque assim só me prejudicam com as gargalhadas que isto vai provocar».
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