e meia de atraso !
É claro que sempre se pode dizer, à moda de pobre consolação, que mais vale tarde do que nunca mas é de facto extraordinário e sintomático que só agora, por causa do caso Pingo Doce, tantos órgãos de comunicação social e opinion makers tenham descoberto o absurdo e ditatorial poder (em boa verdade, praticamente um poder de vida ou de morte) que as grandes superfícies de distribuição têm sobre os seus fornecedores, sejam eles agrícolas ou de qualquer outra coisa (desde as bolachas e os refrigerantes até aos livros, and so on).
Como tem acontecido com tantas outras questões, prestassem mais atenção ao que o PCP diz ou escreve há imenso tempo (em vez de lhe chamarem cassete) e não dariam este triste espectáculo de longa distracção e de notável atraso de informação e de consciência.