Título na 2ª página do Público ilustrando um trabalho de João Ramos de Almeida.Não percebi se os 600 euros são ilíquidos ou líquidos. Se forem ilíquidos e se também abrangerem os elevados descontos para a segurança social de trabalhadores independentes, então estão à beira da miséria.
27 abril 2012
26 abril 2012
A grande e cavacal panaceia
A imagem externa
(e o inferno interno) de Portugal
(e o inferno interno) de Portugal
Escolhendo o tema em título (sem o parêntesis) como a grande tónica do seu discurso na AR, o Presidente da República ofereceu como se calcula um grande suplemento de esperança às centenas de milhar de desempregados, às pequenas e médias empresas afogadas em dificuldades e em dívidas, às centenas de milhar de reformados agredidos brutalmente, à generalidade dos trabalhadores com direitos. salários e regalias mutilados.
Em vez deste triste espectáculo de um PR na estratosfera, preferia de longe que o governo comprasse mais páginas favoráveis no Financial Times ou no Economist (Salazar comprava páginas no Aurore) ou mesmo que Cavaco Silva anunciasse uma digressão contínua de um ano por esse mundo fora. Já chega de gozo.
25 abril 2012
25 de Abril
CHOVE!
Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui
abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de
silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove...
Mas é do
destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.
José Gomes Ferreira
Verdes Anos de Carlos Paredes
24 abril 2012
Triste e dorida notícia
Adeus, Miguel
Confirmando de forma demasiado rápida o mau pressentimento que algumas das suas palavras numa recente entrevista na televisão me tinham criado, chega a notícia cortante e gélida da morte de Miguel Portas, aos 53 anos de idade. Tinhamo-nos encontrado e falado na manifestação da CGTP no Terreiro do Paço e foi a última vez. E hoje, a propósito da sua morte, não me apetece escrever nada de elaborado. Conhecíamo-nos há imenso tempo e sabe-se dos percursos de cada um. Acho que éramos amigos sólidos embora distantes, o que não é nada incompatível com o facto de, nos últimos 20 anos, muito termos lealmente espadeirado sobre as concepções ou afirmações de um e outro. Para mim, ele foi sempre, sem mais, o Miguel.
Alecrim e manjerona
«Agarrem-me,
se não eu mato-o !»
se não eu mato-o !»
Definitivamente, o choradinho da UGT sobre o incumprimento do acordo quanto a crescimento económico e emprego é tal e qual o adicional ao tratado europeu defendido pelo PS: primeiro aprovam todas as medidas ostensivamente conducentes à recessão e ao desemprego e depois, grandes artistas, queixam-se que está a fazer sol no nabal e a chover na eira.
Simplismos envenenados
E que tal uma volta ao
bilhar grande, senhora politóloga ?
bilhar grande, senhora politóloga ?
Ouvida pelo Público a respeito do Manifesto da Associação 25 de Abril, a politóloga Marina Costa Lobo resolveu adiantar que (sublinhado meu) «não se pode dizer que a democracia esteja suspensa como parece ser a mensagem do manifesto da Associação. Porque o acordo [com a troika] foi legitimado nas urnas e essa verdade não pode ser esquecida.»
Lamento escrevê-lo a respeito de Marina Costa Lobo mas a verdade é que um politólogo ou académico escrupuloso, sensato e sério não pode falar assim com tamanho simplismo, transportando para um voto em legislativas tudo o que lhe apetecer ou convier a outros. Recomendo a Marina Costa Lobo que rebobine o filme das últimas legislativas passando em revista as tónicas de campanha e os discursos de Passos Coelho e Portas e que, no fim, nos venha honestamente contar quanto de gravoso, agressivo e insuportável não entrou nos apelos ao voto do PSD e do CDS.
Subscrever:
Mensagens (Atom)