08 abril 2012

As palavras e os actos

Como eles trabalham para a
«sustentabilidade» da segurança social




No Público de hoje, num interessante
trabalho de João Ramos de Almeida

Para o seu domingo

Ry Cooder e Devendra Banhart




 
Chinito, Chinito

I Feel Just Like a Child

A velha Espanha


Teatro perde o nome
de Rafael Alberti




«Es como si a Rafael Alberti, después de muerto, se le sometiera a un nuevo exilio. La noticia ha caído como un mazazo en el mundo de la cultura. Mucho más difícil de calibrar es cómo habrá caído en el mundo de la política, y precisamente ha sido desde ese universo de donde ha salido la decisión de quitar el nombre de Rafael Alberti, al teatro de de Huércal-Overa, porque Domingo Férnandez, el alcalde del PP de esa localidad almeriense, cree que el poeta Rafael Alberti “no vende” y el pleno del Ayuntamiento decidió la semana pasada retirar del teatro municipal el nombre del más grande poeta de la generación del 27, junto con Federico García Lorca.
El 15 de enero de 1996 el entonces presidente de Gobierno, José María Aznar, visitó en Ora marina, la casa de Rafael Alberti en El Puerto de Santa María, al poeta al que calificó como “uno de los más brillantes poetas de España”. Aznar también dijo “ha sido un día muy feliz, un grandísimo honor para mí", algo que afirmó tras permanecer con Alberti 40 minutos, acompañado por el candidato popular a la presidencia de la Junta de Andalucía, Javier Arenas, y por la alcaldesa de Cádiz, Teófila Martínez

(...)
La moda de diversos gobiernos locales del PP de cambiar el nombre a calles con nombres como Pablo Iglesias, Pablo Neruda, Enrique Tierno Galván, Dolores Ibarruri o Pilar Bardem, parece ser que ha llegado a los teatros, espacio para consumo cultural.»

(aqui no El País)

07 abril 2012

Louçã, o "Público" e o comício grego


Uma vingança tola do Público


Juro por todos os santinhos que não me passou nada ao lado a notícia acima ilustrada do Público de 3 de Abril em que este jornal nos contava com algum desenvolvimento o que Francisco Louçã iria dizer na noite desse dia num comício do Syrisa em Atenas.
Com efeito, pensei para comigo próprio que «isto está tudo muito mudado». Na verdade, lembrei-me que se, por absurdo, ao longo dos muitos anos em que fui responsável pelas relações do PCP com a comunicação social, eu alguma vez tivesse pedido a algum jornal que noticiasse numa manhã o que Álvaro Cunhal iria dizer à noite em Portugal ou no estrangeiro, a resposta que certamente teria ouvido seria a de «meu caro Vítor Dias, nós aqui noticiamos o que foi dito, não anunciamos previamente o que vai ser dito».
Acontece que uma crónica hoje  assinada no Público por N.S.L. e M.J.O., num quadro e tom geral de gozo, nos conta que Louçã, devido a uma greve de controladores aéreos, não conseguiu chegar a Atenas e o seu discurso teve de ser lido por um dirigente do Syrisa.
Ora, mais valia estarem caladinhos e deixarem-se de pequenas vinganças tolas pois os serviços de imprensa do BE podem ter pedido a divulgação antecipada do discurso mas quem a consentiu e concretizou foi o Público.

Dois títulos hoje

Santa Páscoa ou reina a paz nas
consciências e a ordem nas ruas



CM

DN

Porque hoje é sábado ( )


Georgia Anne Muldrow


A sugestão musical de hoje destaca
 a cantora norte-americana
Georgia Anne Muldrow,
cujo último álbum se intitula
Seeds

 Best  Love

Break You Down

06 abril 2012

30 anos depois do fim dos "Jam"

Mais um disco de Paul Weller



a ouvir aqui 

Sobre uma foto na Revista do Expresso

Melhorando a legenda


Assinalando os 40 anos do jornal, a revista do Expresso é hoje dedicada à década (?) 1973-1982 e inclui naturalmente um vasto conjunto de fotos (quanto aos textos falarei talvez noutra altura) que são de êxito e sensibilidade seguras para uma certa geração. Uma das fotos publicadas é a de presos políticos falando na manhã de dia 26 de Abril em Caxias com um militar. Ora a legenda da foto acima reza o seguinte : «Alguns dos detidos pertenciam à Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR), como Hermínio da Palma Inácio (líder da organização, o primeiro à esquerda)- Seguem-se - numa identificação feita por ex-membros da organização - José Casimiro Ribeiro (também da LUAR), Eugénio Manuel Ruivo (PCP), desconhecido, desconhecido (este meio encoberto),  e Ramiro Raimundo (da LUAR, de bigode). A última pessoa identificada é António Vieira Pinto (segundo à direita, da LUAR).».
Tivesse ao menos o Expresso perguntado ao José Pedro Castanheira e poderia então ter dito que o «desconhecido» [que eu assinalo com um quadrado branco] é o meu querido amigo e camarada, o jornalista Fernando Correia (por detrás dele,   ajudou-me o José Araújo, está o também amigo, camarada e jornalista Albano Lima).


P.S: É claro que ninguém é perfeito mas, tendo em conta que o Expresso começou a 6 de Janeiro de 1973, não compreendo que a primeira entrada fotográfica sobre a Oposição Democrática seja a farsa eleitoral de Outubro de 1973, com omissão do 3º Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro no início de Abril de 1973.

Os portugueses e a UE

Sempre no pelotão da frente !



Esta interessante sondagem da Comissão Europeia inclui o seguinte quadro sobre a percentagem de inquiridos que, em cada país, se considera bem informado sobre as questões europeias:


05 abril 2012

Fim da reformas antecipadas até acabar "ajustamento"

Um governo que aprova
clandestinamente 
um decreto
e um PR que o promulga servilmente





Pois é, por íncrível que ainda pareça, chegámos a este ponto. Não há palavras para descrever a baixeza política de tudo isto, a evidência de que para o governo a concertação social é um cenário só para as câmaras de televisão e que, para atingir os trabalhadores, vale tudo incluindo tirar olhos. Por fim, é bom não esquecer que as reformas antecipadas já estavam sujeitas a duríssimas penalizações.